quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mais de 4 mil morreram em migrações desde janeiro, diz OIM

Mais de 4 mil pessoas morreram desde janeiro, em todo o mundo, tentando migrar, por vias terrestres ou marítimas, a um país desenvolvido. Do total, quase 3 mil delas faleceram no Mar Mediterrâneo, afirmou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29). O estudo, que leva o título de "Fatal Journeys" ("Viagens Fatais", na tradução do inglês), foi publicado em Genebra pela Organização Mundial para as Migrações (OIM).
Neste ano, 4.077 migrantes morreram durante viagens, sendo 3.072 no Mar Mediterrâneo, 251 na África Oriental, 230 na fronteira entre Estados Unidos e México e 45 no Caribe.
As estatísticas referentes às mortes no Mediterrâneo em 2014 são quatro vezes maiores que as de 2013, "o que demonstra um dramático aumento no número de pessoas que tentam chegar à Europa", disse a OIM. "Este é o momento de agir, de fazer mais do que apenas contar o número de vítimas. É o momento de envolver o mundo todo para interromper a violência contra os migrantes", disse o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing. Desde o ano 2000, mais de 40 mil pessoas morreram em todo o mundo tentando mudar de país.
A Europa é considerada o destino mais perigoso para viagens migratórias irregulares, de acordo com a OIM, que calcula 22 mil mortos nos últimos 14 anos, contra 6 mil entre o México e os Estados Unidos. A entidade, porém, acredita que o número pode ser muito maior, já que não há dados de zonas isoladas. Especialistas da OIM estimam que, para cada um corpo encontrado, outros dois estariam sem localização. O estudo divulgado hoje, com mais de 200 páginas, foi iniciado após a tragédia ocorrida em outubro de 2013 na ilha de Lampedusa, ao sul da Itália, na qual 366 imigrantes morreram em um naufrágio.

Por estar no Mediterrâneo, Lampedusa é um dos principais destinos de embarcações como imigrantes que querem iniciar uma nova vida na Europa ou fogem de conflitos em seus países de origem. O governo italiano faz constantes apelos de ajuda para a União Europeia (UE) para criar políticas e mecanismos que possam conter os naufrágios e as mortes no Mediterrâneo.
O REPORTER

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