quarta-feira, 2 de março de 2022

Acolhida dos refugiados

 

Foto Pixabay

Na edição de hoje, a reportagem da Folha da Região dá destaque a uma iniciativa da Prefeitura de Araçatuba de criar um comitê para cuidar dos refugiados, apátridas e imigrantes. Servidores que já estão em outras funções vão acumular também esta bela missão. Quem anda pelo centro da cidade sempre se depara com a imagem de pais com suas crianças pedindo ajuda. E agora a cidade terá melhores condições de acolher estas pessoas. Já havia um trabalho por meio dos equipamentos da assistência social, mas agora haverá uma ampliação de conceito que ajudará muito na qualidade de acolhida.

 Lidar com fluxo imigratório tem sido um desafio para humanidade. Há anos, na América, venezuelanos e bolivianos têm saído de seus países. E o Brasil ainda recebe muitos africanos, que acabam se concentrando nos grandes centros.

 Em 2020, foram registrados 26.653 e em 2021, 3.093 refugiados no Brasil. Ao todo 54.004 refugiados foram reconhecidos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e cerca de 21 mil tiveram registros indeferidos. Até o momento, o país tem refugiados de 77 nacionalidades, com a Venezuela em primeiro lugar, representando 90,82% dos casos totais. Já a Síria ocupa o segundo lugar com 3,91% e a República Democrática do Congo, o terceiro, com 1,22%.

“Acolher a quem precisa tem que ser um esforço de todos. É um dever humanitário. E a questão dos refugiados merece muita atenção.”

O Governo Federal regularizou mais de 287 mil migrantes e refugiados venezuelanos através da Operação Acolhida. Foram mais de 64 mil pessoas interiorizadas em 778 municípios espalhados por todo o Brasil. De acordo com a Casa Civil, mais de 1,7 milhão de atendimentos foram realizados na fronteira do Brasil na com a Venezuela.

Na Europa, já havia dificuldade para acolher os refugiados da Ásia e da África. Agora, com a guerra provocada pela Rússia, meio milhão de ucranianos fugiram para países vizinhos desde o início da ofensiva militar na última quinta-feira. De acordo com as Nações Unidas, 499.412 refugiados já foram registrados —mais da metade, 281 mil, apenas na Polônia. Homens em idade de lutar não têm o direito de deixar a Ucrânia. O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (28) que o Brasil vai fazer uma portaria para garantir o acesso de ucranianos ao passaporte humanitário brasileiro.

Segundo Bolsonaro, a portaria que vai regulamentar a entrada de ucranianos por meio do passaporte humanitário deverá ser publicada nos próximos dias. O presidente disse que o Brasil vai continuar com a postura neutra em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia que teve início na última semana. Nos últimos dias, o presidente já havia falado sobre o assunto, quando destacou que o Brasil tem sido claro sobre sua posição “em defesa da soberania, da autodeterminação e da integridade territorial dos Estados”. Acolher a quem precisa tem que ser um esforço de todos. É um dever humanitário.

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