quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Depois de suspeita de ebola, Cascavel (PR) vai monitorar guineanos

A suspeita de que um paciente da Guiné que procurou uma unidade de saúde de Cascavel (a 498 km de Curitiba) tivesse o vírus ebola foi totalmente descartada nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Saúde. Mas, mesmo assim, a cidade vai monitorar nove guineanos que estão em busca de trabalho na região oeste do Paraná. Todos eles chegaram ao Brasil nas últimas três semanas.
O monitoramento, segundo a médica sanitarista Lilimar Mori, vai durar 21 dias, que é o período de incubação da doença.
No albergue André Luiz, continuam chegando imigrantes africanos. Foi lá que Soulyname Bah, 47, o paciente que teve a suspeita de infecção descartada, passou a maioria das noites desde que chegou a Cascavel.
No início da noite desta segunda-feira (13), estavam no local nove estrangeiros, sendo dois da Argentina e sete da Guiné. Outros dois guineanos dormem no local, mas ainda não haviam chegado.
A partir de agora, os funcionários do albergue estão trabalhando paramentados com aventais, máscaras, luvas, óculos e protetores para os pés.
Os itens de segurança foram enviados pela Secretaria de Saúde da cidade. "O que a gente quer é garantir que eles tenham um risco baixo de infecção e tranquilidade para exercer suas funções", diz a médica.
Os funcionários verificam ao menos duas vezes por dia a temperatura dos albergados. A psicóloga Fabiane Fauth Ferreira afirma que a rotina vai mudar no local. "A gente sempre teve cuidado com a higienização e agora vai ser maior ainda", afirma.
Segundo ela, o cuidado será redobrado com os estrangeiros vindos da Guiné, um dos três países mais afetados pela epidemia de ebola.
Segundo ela, a paramentação incomoda um pouco, mas é necessária. "Os africanos continuam chegando e a gente vai continuar os atendendo", diz.
O guineano Diallo Abdoulaye Telly, 28, foi um dos que verificaram a temperatura após tomar banho nesta noite. "Está tudo bem", afirmou antes de ir jantar com os colegas.
Folhapress


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