A suspeita de que um paciente da Guiné que procurou uma unidade de
saúde de Cascavel (a 498 km de Curitiba) tivesse o vírus ebola foi totalmente
descartada nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Saúde. Mas, mesmo assim,
a cidade vai monitorar nove guineanos que estão em busca de trabalho na região
oeste do Paraná. Todos eles chegaram ao Brasil nas últimas três semanas.
O monitoramento, segundo a médica sanitarista Lilimar Mori, vai
durar 21 dias, que é o período de incubação da doença.
No
albergue André Luiz, continuam chegando imigrantes africanos. Foi lá que
Soulyname Bah, 47, o paciente que teve a suspeita de infecção descartada,
passou a maioria das noites desde que chegou a Cascavel.
No
início da noite desta segunda-feira (13), estavam no local nove estrangeiros,
sendo dois da Argentina e sete da Guiné. Outros dois guineanos dormem no local,
mas ainda não haviam chegado.
A
partir de agora, os funcionários do albergue estão trabalhando paramentados com
aventais, máscaras, luvas, óculos e protetores para os pés.
Os
itens de segurança foram enviados pela Secretaria de Saúde da cidade. "O
que a gente quer é garantir que eles tenham um risco baixo de infecção e
tranquilidade para exercer suas funções", diz a médica.
Os
funcionários verificam ao menos duas vezes por dia a temperatura dos
albergados. A psicóloga Fabiane Fauth Ferreira afirma que a rotina vai mudar no
local. "A gente sempre teve cuidado com a higienização e agora vai ser
maior ainda", afirma.
Segundo
ela, o cuidado será redobrado com os estrangeiros vindos da Guiné, um dos três
países mais afetados pela epidemia de ebola.
Segundo
ela, a paramentação incomoda um pouco, mas é necessária. "Os africanos
continuam chegando e a gente vai continuar os atendendo", diz.
O
guineano Diallo Abdoulaye Telly, 28, foi um dos que verificaram a temperatura
após tomar banho nesta noite. "Está tudo bem", afirmou antes de ir
jantar com os colegas.
Folhapress
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