Ministério do Trabalho e Emprego
realiza operação no sul do Estado
Plantio e colheita de
fumo e batata estão no foco da fiscalização do Ministério do Trabalho no sul de
Santa Catarina. Irregularidades no vínculo da mão de obra e até casos de
trabalho escravo foram flagrados.
"Havia dez trabalhadores alojados em um casa sem qualquer condição
no bairro Sangão, em Criciúma. Localizamos o primeiro empregador, esperamos os
demais, há aliciadores também, mas o empregador tem que estar ciente de que, no
momento em que admitiu na sua roça, a responsabilidade é dele", explicou a
auditora fiscal do MTE, Lilian Carlota Rezende, que visitou o estúdio do Manhã
Eldorado nesta quinta-feira.
"Esses casos estão sendo repassados para o Ministério Público
Federal, não somente sobre o produtor que manteve o trabalhador em condição
desumana mas também o aliciador", relatou. A casa onde os trabalhadores
estavam alojados fica na Rodovia Jorge Lacerda, em uma propriedade rural onde
eles colhiam batatas. Os trabalhadores em regime escravo no Sangão eram
oriundos do Rio Grande do Sul, Paraná e Maranhão.
FUMO
Outro caso flagrado foi em Sombrio, onde o produtor rural mantinha 22
trabalhadores paraguaios. "Visitamos 17 produtores de fumo, todos com
empregados sem vínculo formal, sem equipamentos nem estrutura adequada, e o
fumo transmite doença, então a luva é importante na hora de lidar na
roça", contou Lilian. Esta situação de Sombrio, que envolve um grande
produtor que já no ano passado havia também trazido trabalhadores paraguaios
irregulares, foi encaminhada à Polícia Federal.
Rádio Eldorado
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