quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

UNESP e UEPA passam a integrar a Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR

 

Cerimônia de adesão da Universidade Estadual do Pará (UEPA) à Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR, em evento realizado na segunda-feira (26) em Belém/PA. Foto: Divulgação/UEPA

Manaus, 28 de fevereiro de 2024 – A Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Universidade Estadual do Pará (UEPA) firmaram convênio com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) neste mês, em eventos que contaram com autoridades acadêmicas, públicas e profissionais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

As duas universidades se somam a outras 40 instituições de ensino superior do Brasil que, articuladas com o ACNUR, promovem o ensino e capacitações sobre o tema das pessoas refugiadas e facilitam o ingresso dessas pessoas aos cursos de graduação e pós-graduação, propiciando continuidade aos seus estudos.

Além disso, as instituições vinculadas à CSVM têm também um papel fundamental para o fortalecimento de políticas públicas inclusivas e efetivas, fomentando pesquisas sobre a temática entre os diferentes cursos acadêmicos e implementando projetos de extensão universitária que atendem as pessoas refugiadas, como orientações jurídicas, apoio psicossocial, encaminhamento para oportunidades de renda e cursos de idiomas, por exemplo. 

“Contar com a estrutura, os saberes e os serviços prestados por universidades competentes em diversas localidades do Brasil em favor das pessoas refugiadas é um importante marco de parcerias para o ACNUR. Há mais de 20 anos, a Cátedra Sérgio Vieira de Mello é uma referência nas diversas atuações voltadas para o ensino e integração de pessoas que requerem proteção internacional no Brasil, atuando de forma alinhada com o ACNUR para que, juntos, possamos ampliar nossos trabalhos para que os refugiados possam contribuir para nosso desenvolvimento enquanto sociedade plural e diversa pelos conhecimentos que agregam”, afirma Davide Torzilli, Representante do ACNUR no Brasil. 

Cerimônia de adesão da Universidade Estadual Paulista (UNESP) à Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR, em evento realizado na quinta-feira (22), em São Paulo. Foto: Divulgação/UNESP

A cerimônia da UNESP ocorreu na última quinta-feira (22), no auditório da Escola Paulista de Magistratura, na cidade de São Paulo. O convênio firmado destaca as iniciativas que promovem o acesso e a permanência de pessoas em deslocamento forçado no ensino superior, a revalidação de diplomas e o ensino da língua portuguesa como elementos fundamentais do plano de trabalho a ser implementado.

Para o coordenador da Cátedra na UNESP, professor José Geraldo Poker, o convênio com o ACNUR implica em consolidar o trabalho que tem sido feito na universidade envolvendo refugiados e migrantes. “Por meio da criação da CSVM, será possível envolver muito mais cursos da UNESP na elaboração e execução de projetos que venham a atender demandas destas pessoas”, destacou.

“O fato de a UNESP estar presente em 22 cidades do interior do Estado, implica a possibilidade vantajosa de oferecer projetos de ensino, pesquisa e extensão que beneficiem diretamente refugiados e migrantes, além da oportunidade de os docentes da universidade poderem contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas e acolhimento e inclusão”, afirmou o coordenador.

Já o evento de inclusão da UEPA aconteceu na segunda-feira (26), no auditório da reitoria da Universidade, acompanhada pela representante do escritório do ACNUR em Belém, Janaína Galvão.

O reitor da UEPA, Clay Chagas, afirmou que, por meio da assinatura do termo de cooperação com a CSVM, a universidade assume um compromisso com a população refugiada na busca da garantia de seus direitos.

“Nós almejamos facilitar o processo para que essas pessoas identifiquem na universidade um ambiente acolhedor e propício à criação de conhecimento e de acesso aos serviços de extensão aqui presentes”, destacou o reitor.

“A UEPA é primeira instituição de ensino superior do Pará a integrar a Cátedra, trazendo para essa rede um projeto diferenciado que foca nas dinâmicas de mobilidade humana na Amazônia paraense e as necessidades específicas dos povos tradicionais, incluindo as centenas de indígenas refugiados e migrantes que residem no Estado”, afirma Janaína Galvão, chefe de escritório do ACNUR em Belém.

O convênio entre a CSVM e a UEPA viabilizará a promoção da educação, da pesquisa e da extensão acadêmica para as pessoas refugiadas, além do desenvolvimento de atividades que incorporem a temática dos refugiados na agenda acadêmica.

Essa cátedra contribuirá de maneira particularmente relevante para o ensino, pesquisa e extensão de atividades nas áreas da antropologia interétnica, educação e interculturalidade, ciências da religião e relações internacionais”, complementa Janaína.

 

Apoio à integração de pessoas refugiadas

O trabalho do ACNUR junto às instituições acadêmicas no Brasil agrega em seu plano de trabalho, além dos conceitos e referências trazidas pelos saberes universitários, ações efetivas de inclusão de pessoas refugiadas no ambiente acadêmico, a geração de pesquisas sobre a realidade de quem busca proteção internacional no Brasil e um serviço descentralizado e de excelência no atendimento aos anseios locais dessa população.

A atuação das instituições que fazem parte da CSVM dialoga com os respectivos contextos das regiões onde estão inseridas. Desta maneira, o ACNUR diversifica sua atuação por meio dos serviços prestados pelas universidades às pessoas refugiadas ao mesmo tempo em que responde, de forma conjunta e coordenada, as demandas existentes. Como resultado deste processo, consolida-se uma rede de apoio e assistência que promove na ponta a integração de refugiados e a coexistência pacífica desta população com a comunidade de acolhida.

 

Sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello

A relação institucional entre o ACNUR com as instituições de ensino superior no Brasil iniciou-se em 2003, por meio da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM). Trata-se de um acordo de cooperação em que o ACNUR estabelece um Termo de Referência com as universidades, estabelecendo responsabilidades e critérios para adesão à iniciativa dentro de quatro linhas de ação: ensino, pesquisa, extensão e formulação de políticas públicas.

Além de difundir o ensino universitário sobre temas relacionados ao deslocamento forçado de pessoas, a CSVM também visa promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes dentro desta temática. O trabalho direto com pessoas refugiadas em projetos de extensão também é definido como uma grande prioridade, assim como processo de ingresso e reingresso nas universidades por meio de editais específicos.

A Cátedra, como seu nome indica, é uma homenagem ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que dedicou grande parte da carreira profissional nas Nações Unidas ao trabalho com refugiados, como funcionário do ACNUR. Sérgio foi morto no Iraque, em 2003, em um atentado promovido contra o Quartel-General da ONU em Bagdá.

Onunews
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Órgãos recomendam à Feira de Santana políticas para migrantes e refugiados


Em atuação conjunta, o Ministério Público Federal (MPF) e as Defensorias Pública da Bahia (DPE/BA) e da União (DPU) recomendaram à Prefeitura de Feira de Santana (BA) que implemente medidas de acolhimento e de combate à discriminação, além de políticas públicas em favor de migrantes e refugiados, em especial indígenas Warao. O documento foi enviado nesta segunda-feira (26), após série de posicionamentos e de notícia no site oficial do Município acerca da "mendicância" e da suposta "hostilidade" do povo Warao com as equipes de abordagem da prefeitura.

Diante da situação de carência, risco de contágio por doenças como tuberculose, hanseníase e pneumonia, além de violações de direitos humanos, as três instituições recomendaram seis medidas protetivas em favor de migrantes e refugiados que estejam no território municipal.  Entre outros pontos, a recomendação reforça que a arrecadação de dinheiro, através de doações, é uma atividade lícita.

Para o procurador da República Ramiro Rockenbach, que assina o documento pelo MPF, todas as pessoas devem ser tratadas com respeito, dignidade e de forma humanitária. “Isso é ainda mais essencial quando envolve aqueles que, por não terem outra escolha, tiveram que deixar tudo para trás. Podemos e devemos acolhê-los com o melhor de nós!”, explica.

Os órgãos deram o prazo de 15 dias para que o Município informe quais medidas foram adotadas. As recomendações feitas à Prefeitura são:

1) Determinar que ninguém com vínculo com a Administração Municipal emita declarações, matérias, pronunciamentos ou referências em meios oficiais de comunicação que impliquem xenofobia, racismo ou quaisquer formas de discriminação;

2) Efetivar a inserção na rede socioassistencial e o acesso aos serviços e benefícios previstos no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), esclarecendo quaisquer dúvidas diretamente com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS);

3) Regularizar o fornecimento periódico de cestas básicas, em observância às diretrizes de política migratória;

4) Assegurar o atendimento médico de urgência e emergência, com especial atenção para crianças, gestantes e idosos. Realizar testes para a identificação de tuberculose latente, viabilizar a regularização da situação vacinal, fornecer medicamentos e dar encaminhamentos para atendimentos especializados no SUS;

5) Executar todas as medidas de saúde propostas na reunião conjunta, de 06 de fevereiro de 2024, realizada com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Defensoria Pública do Estado da Bahia, para combater e prevenir: desnutrição nas mais de 40 crianças residentes na Vila Warao, tuberculose, hanseníase, doença diarreica grave, pneumonia e doenças respiratórias graves;

6) Disponibilizar políticas públicas essenciais para fins de capacitação para o trabalho, respeitando seu especial modo de vida, viabilizando, por exemplo, a prática de artesanato.

Além disso, recomendou-se que todas estas medidas fossem tomadas com o apoio de profissionais especializados, aptos a se comunicarem com os indígenas e compreenderem as singularidades do povo Warao e o “modo de ser, viver e existir de migrantes e refugiados”.

O documento é assinado pelos defensores Maurício Martins Moitinho, que atua na área de Fazenda Pública em Feira de Santana (DPE/BA); pelo defensor público federal da Defensoria Regional de Direitos Humanos na Bahia, Gabriel Cesar dos Santos (DPU); e pelo procurador da República Ramiro Rockenbach (MPF), titular do ofício estadual para Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e Procurador Regional dos Direitos do Cidadão Adjunto.

trbn.com

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

TAIPU FIRMA CONVÊNIO COM A CÁRITAS PARA AJUDAR MIGRANTES, REFUGIADOS E VÍTIMAS DE TRÁFICO DE PESSOAS

 A Itaipu está investindo R$ 8.421.416,84 em um convênio com a Cáritas Brasileira Paranaense, com sede em Curitiba, para assegurar o atendimento emergencial de migrantes, refugiados e vítimas de tráfico de pessoas. O projeto Todos os Povos tem duração prevista de três anos e vai beneficiar as 399 cidades do Estado.

 
O trabalho da Cáritas é voltado para acolhimento, proteção, promoção e integração. Suas ações são estruturadas para garantir a proteção legal, a assistência social, a integração laboral e cultural e políticas públicas. A Cáritas desempenha um papel fundamental na promoção da ajuda humanitária, no desenvolvimento sustentável e na defesa dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade.
 
A secretária regional da Cáritas, Márcia Ponce, comemorou a parceria. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional.
 
Vinculada à Igreja Católica, a Cáritas no Paraná tem uma rede formada por 16 entidades-membro, nas arquidioceses de Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Palmas-Francisco Beltrão, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
 
Desde o início da atual gestão de Itaipu, a empresa assumiu o compromisso de ajudar o governo brasileiro a avançar na implantação de políticas públicas da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) com o cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela entidade, com uma atuação mais focada em ações sociais e ambientais.
 
"O Brasil sempre soube receber bem aqueles que fogem da crise, da guerra e da miséria em seus países, para buscar abrigo e novas oportunidades. E isso precisa ser reforçado sempre, porque o mundo está ficando mais uma vez muito difícil de se viver, o que não se imaginava que estaria acontecendo neste nosso século. Por isso, a Itaipu contribui com as políticas do nosso governo, para mostrarmos nosso senso de humanidade e que ajudar o migrante não é mera caridade, é um gesto de amor, de solidariedade e de responsabilidade social", afirma o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.
 
Ajuda aos vulneráveis
Para a gestora do convênio pela Itaipu, Camila Retcheski, da área de Responsabilidade Social, “o projeto Todos os Povos é o resultado do esforço da Itaipu para melhorar a vida das populações mais vulneráveis, de forma concreta, em especial na região de fronteira".
 
Crédito: Envato (Imagem ilustrativa). 
 
No evento de celebração de mais de R$ 111 milhões de repasses de recursos para a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), em Maringá, na última sexta-feira (16), a secretária regional da Cáritas, Márcia Ponce, comemorou a parceria. “É o início de um projeto de três anos em que nós vamos atender a população migrante e refugiada para que ela possa se integrar de fato no nosso Estado.” Para o primeiro ano do convênio, está previsto um desembolso de R$ 2.935.469,20. No segundo ano, outros R$ 2.773.399, 20. E no terceiro ano, mais R$ 2.712.548.80.
 
Na prática
O projeto Todos os Povos pretende atender 3 mil migrantes, refugiados e vítimas do tráfico de pessoas, por meio de acolhimento durante três meses em casas de passagem nas cidades de Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Cascavel, Paranaguá e Curitiba, com capacidade anual de atendimento de 300 pessoas cada. Nas demais cidades do Estado, o atendimento se dará por meio de hospedagem emergencial para até 100 famílias por ano.
 
Além do acolhimento institucional, essas famílias receberão cartões-alimentação de R$ 500. Outra linha de atuação é a regularização documentacional de 75% dos pedidos feitos na Polícia Federal, que acompanhará a migração estatal por meio da implantação de um sistema operacional que formará uma base de registros de dados consistente para que essas pessoas possam ter aulas nas escolas de língua portuguesa. O convênio prevê também três grandes eventos de conscientização e aprofundamento sobre o tema da migração, refúgio e tráfico de pessoas.
 

Crédito: Envato (Imagem ilustrativa). 
 
O foco principal do projeto é viabilizar o acolhimento institucional e alimentação para essa população, buscando prevenir o agravamento de situações de negligência, violência e ruptura de vínculos. O projeto Todos os Povos também prevê acompanhar o público migrante e refugiado promovendo o desenvolvimento e a integração social, para assegurar a autonomia dessas pessoas e o respeito às diversidades, por meio de visitas domiciliares, capacitação em língua portuguesa e atendimento socioassistencial e psicológico.
 
Também fazem parte da proposta do convênio organizar um seminário regional no primeiro e último ano do projeto, sobre Tráfico de Pessoas, em Foz do Iguaçu, promover um congresso internacional Cáritas sobre migração, refúgio e tráfico de pessoas, no segundo ano do projeto.
 
Atendimento em 2022
Em 2022, a Rede Cáritas Paraná conseguiu oficializar o registro de 5.292 cadastros de migrantes em situação de vulnerabilidade. De acordo com os dados, 52% são mulheres; ¼ são pessoas menores de 18 anos; 4% apresentam alguma doença crônica ou deficiência; 1% se identificou como pessoa LGBTQIAPN+; 0,5% são povos originários.
 

Crédito: Envato (Imagem ilustrativa). 
 
Os países de origem da maioria dos migrantes no Estado são Venezuela (67%) Haiti (14,3%), Colômbia (5,2%), Cuba (2,7%) e Brasil (2,5%).
 
De todos os cadastros feitos em 2022, 2.654 pessoas foram atendidas de forma direta e aproximadamente 10.600 foram beneficiadas indiretamente.

taipu.gov.br/sala-de-imprensa/noticia/itaipu

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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

"Deus caminha com o seu povo" é o tema do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2024

Tema da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2024

O tema da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2024 é: “Deus caminha junto a Seu povo”.

O 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado será no domingo, 29 de setembro de 2024.

A Mensagem do Santo Padre se concentra na dimensão itinerante da Igreja, com destaque especial para os irmãos e irmãs migrantes, que são um ícone contemporâneo da Igreja a caminho.

A sugestão do Papa Francisco consiste em um itinerário a ser percorrido em conjunto, de maneira sinodal, superando todos os obstáculos e ameaças, para chegar à verdadeira pátria. Durante o percurso, onde quer que se esteja, é essencial reconhecer a presença de Deus que caminha com Seu povo, assegurando-lhe orientação e proteção a cada passo.

Portanto, o ponto de partida é reconhecer o Senhor presente em Seu povo; o Emanuel que, em cada migrante, bate à porta de nosso coração e se propõe ao encontro.

humandevelopment.va/pt

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

PF fará operação para migrantes em situação de vulnerabilidade regularizarem em São Paulo


 São Paulo/SP.  A Polícia Federal em São Paulo/SP iniciará na sexta-feira, 23/2, a 9ª fase da Operação Horizonte, uma ação com foco em facilitar e agilizar o acesso ao atendimento prestado pela PF a pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes em situação de vulnerabilidade, com foco nos serviços específicos de regularização documental.

A Operação Horizonte é fruto de uma parceria entre PF, CIC do Imigrante, ACNUR e OIM, agências que agregam outras instituições de referência do terceiro setor, para prestar atendimento gratuito, orientação e encaminhamento para regularização migratória com data marcada na PF.

A 9ª fase ocorrerá entre 23/2 a 3/5 e prevê atendimentos para os seguintes serviços:

Solicitação de Refúgio, renovação de protocolo, registro de refugiado reconhecido pelo CONARE e solicitação de carteira de DPRNM

Emissão de segunda via de CRNM (mediante apresentação de Boletim de Ocorrência de roubo/furto/extravio).

Solicitação de Autorização de Residência e prorrogação de prazo para nacionais de países do Mercosul e Venezuela.

Solicitações de Acolhida Humanitária e renovações de prazo para pessoas provenientes do Haiti, Senegal que possuíam processo de solicitação de refúgio, República Dominicana, Afeganistão e Ucrânia.

Autorização de residência por reunião familiar

Autorização de residência e registro de visto a nacionais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP (Portaria MJSP/MRE nº 40/2023)

Os encaminhamentos à Polícia Federal são realizados pelas instituições parceiras que realizam a triagem e o pré-atendimento dos imigrantes, auxiliando e orientando quanto aos serviços a que têm direito, os documentos necessários e o preenchimento dos formulários eletrônicos, sem qualquer custo.

Importante: a Operação Horizonte é uma ação coordenada e, portanto, não afeta o oferecimento de vagas de agendamento pelo SISTEMA AGENDA (https://servicos.dpf.gov.br/agenda-web/acessar). Ela complementa o serviço regularmente prestado pela PF.

Organizações idôneas da sociedade civil, que atendam imigrantes em situação de vulnerabilidade de forma gratuita e estejam interessadas em apoiar esta Operação, deverão estabelecer contato direto com o CIC do Imigrante, para obter informações sobre como se tornar um apoiador.

Endereço: Rua Barra Funda, 1.020, Santa Cecília Telefone/WhatsApp: (11) 3115-2048 E-mail: cicdoimigrante@gmail.com

Para obter a lista de documentos necessários a cada atendimento, acesse:

Solicitação de Refúgio: https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-refugio

Renovação de protocolo de refúgio: https://www.gov.br/pt-br/servicos/renovar- protocolo-de-refugio-para-solicitante-que-esta-no-sisconare

Registro de refúgio  concedido: https://www.gov.br/pf/pt- br/assuntos/imigracao/registrar-se-como-estrangeiro-no-brasil/registro-de-imigrante- reconhecido-como-refugiado-pelo-comite-nacional-para-os-refugiados-conare

2ª via de Carteira de Registro Migratório: https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar- 2a-via-de-carteira-de-registro-nacional-migratorio-crnm

Renovação e autorização de residência nacionais  do Mercosul: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/acordo-de- residencia-para-nacionais-dos-estados-partes-do-mercosul-bolivia-e-chile

Autorização de Residência para Venezuela e países fronteiriços que não são do Mercosul: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/imigracao/autorizacao- residencia/autorizacao-de-residencia-para-nacional-de-pais-fronteirico-onde-nao- esteja-em-vigor-o-acordo-de-residencia-para-nacionais-dos-estados-partes-do- mercosul-e-paises-associados

Renovação e autorização de residência nacionais do Haiti: https://www.gov.br/pf/pt- br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/autorizacao-de-residencia-para-fins-de- acolhida-humanitaria-para-cidadaos-haitianos-e-apatridas-residentes-na-republica-do- haiti

Renovação  e  autorização  de  residência  nacionais  do Senegal: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/utorizacao- de-residencia-aos-nacionais-da-republica-do-senegal-que-tenham-processo-de- reconhecimento-da-condicao-de-refugiado-em-tramite-no-brasil

Renovação de autorização de residência nacionais da República Dominicana: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/autorizacao- de-residencia-para-nacionais-da-republica-dominicana-que-tenham-processo-de- reconhecimento-da-condicao-de-refugiado-em-tramite-no-brasil

Autorização de Residência para fins de acolhida humanitária aos nacionais afegãos, apátridas e pessoas afetadas pela situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário  no   Afeganistão: https://www.gov.br/pf/pt- br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/autorizacao-de-residencia-para-fins-de- acolhida-humanitaria-para-nacionais-afegaos-apatridas-e-pessoas-afetadas

Autorização de Residência para fins de acolhida humanitária aos nacionais ucranianos e aos apátridas que tenham sido afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na  Ucrânia: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/imigracao/autorizacao- residencia/autorizacao-de-residencia-para-fins-de-acolhida-humanitaria-aos-nacionais- ucranianos-e-aos-apatridas-que-tenham-sido-afetados-ou-deslocados-pela-situacao- de-conflito-armado-na-ucrania

Autorização de Residência por Reunião Familiar - https://www.gov.br/pf/pt- br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/autorizacao-de-residencia-por-reuniao- familiar

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA TEMPORÁRIA A NACIONAIS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES         DE LINGUAPORTUGUESA– CPLP     https://www.gov.br/pf/pt- br/assuntos/imigracao/autorizacao-residencia/autorizacao-de-residencia-a-nacionais- da-comunidade-dos-paises-de-lingua-portuguesa-cplp/

gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Gestores escolares participam de formação sobre atendimento a estudantes refugiados

 

Na manhã desta terça-feira (20) diretores e coordenadores das Escolas da Prefeitura de Guarulhos participaram de encontro formativo sobre estudantes afegãos em situação de refúgio na sede da Secretaria de Educação, no Macedo. A atividade reuniu os coordenadores das casas de acolhimento para migrantes e refugiados sediadas no município, representantes do Núcleo Batuíra, da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social e da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad).

A formação contou com a participação do afegão Sayed Baset Sadat, 22 anos, mediador cultural da Casa de Acolhimento Cemeando, no Jardim Ponte Alta, responsável pelo atendimento das demandas do público afegão. “A educação é muito importante para as crianças afegãs. Ir para a escola, fazer amigos brasileiros, aprender português e se conectar com a cultura desse novo lugar são fundamentais”, disse o jovem, que conta que chegou ao Brasil há cerca de 11 meses.

rede própria e parceira. De acordo com a vice-diretora da EPG Patrícia Galvão-Pagu, Maysa Tiemi Kami, o encontro formativo com as casas de acolhimento potencializa ainda mais o trabalho realizado na escola.
Para além do estreitamento das relações entre as escolas e as casas de acolhimento, a iniciativa objetivou ainda potencializar propostas que favoreçam o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos. “O atendimento a crianças afegãs apresenta um universo completamente novo para todos nós. O grupo de professores é ótimo, extremamente acolhedor e disposto a contribuir para o desenvolvimento integral desses alunos”, comentou Maysa.

Para Sinval Rodrigues dos Santos, coordenador do Acolhimento Cemeando, a articulação entre as escolas, a Secretaria de Educação, as casas de acolhimento e as famílias afegãs tem sido o diferencial do atendimento realizado no município. “Esse é um momento novo. Agora as crianças já estão inseridas e estamos todos aprendendo como acolher ainda mais esses refugiados”, explicou Santos, enfatizando que o acolhimento favorece a aprendizagem em múltiplas dimensões, sobretudo no aspecto cultural.

Na rede municipal, 29 alunos afegãos são atendidos nas EPGs Amélia Duarte da Silva, Castro Alves, Vinícius de Moraes, Edson Nunes Malecka, Bárbara Andrade Tenório de Lima, Zélia Gattai, Jorge Amado, César Lattes, Dolores Gilabel Hernandes Pompêo, Patrícia Galvão e Casimiro de Abreu, no Núcleo Batuíra Serviço de Promoção da Família II  e no Igeve E II Inocoop – Instituto de Gestão Educacional e Valorização do Ensino.

guarulhosweb.com.br

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No Dia Internacional da Língua Materna, Unicef destaca desafios para inclusão de crianças migrantes nas escolas brasileiras


Unicef/ Santiago Arcos
 

Muitos alunos têm acesso à única refeição nutritiva do dia na escola

 Data é celebrada neste 21 de fevereiro; Unesco enfatiza educação multilíngue e aponta que 40% das crianças têm dificuldades de acesso à educação em seus idiomas primários; representante do Brasil detalha desafio com inclusão de migrantes, destacando o caso de venezuelanos.

No Dia Internacional da Língua Materna, celebrado em 21 de fevereiro, a Unesco enfatiza a importância da educação multilíngue para o aprendizado intergeracional. A Agência de Cultura, Educação e Ciência da ONU estima que 40% das crianças enfrentam dificuldades de acesso à educação em sua língua materna, o que muitas vezes resulta em marginalização e perda de herança cultural.

No Brasil, a chegada de migrantes venezuelanos tem desafiado o sistema educacional, especialmente em estados como Roraima, que faz fronteira com a Venezuela. A chefe de Educação do Unicef no país, Monica Dias, ressalta a crescente necessidade de inclusão de crianças venezuelanas nas escolas, mesmo diante da barreira do idioma.

Inclusão multilíngue 

“Essa questão da inclusão de crianças de outras nacionalidades no Brasil é um desafio que o nosso escritório vem enfrentando aqui, especialmente na nossa fronteira com a Venezuela. E a gente vem exatamente nesse momento, desde o ano passado, dialogando bastante, especialmente com a Secretaria Municipal de Educação de Boa Vista, sobre como é possível a gente desenvolver uma escola bilingue. A gente observa que as crianças venezuelanas acabam se desinteressando muitas vezes pelo estudo porque fica muito difícil para essas crianças acompanharem o que está acontecendo nas escolas por conta da língua já que falamos português aqui no Brasil. E essas crianças muitas vezes elas falam espanhol ou alguma língua indígena própria da Venezuela”

Segundo a representante do Unicef no Brasil, a entidade vem buscando parcerias para encontrar solução e apoio para que, especialmente o governo de Roraima, possa apoiar essas crianças.

Dados citados por Monica Dias apontam que cerca de 300 a 700 pessoas cruzam a fronteira no estado de Roraima por dia. Boa parte delas tem a intenção de ficar no Brasil. Assim, é necessário garantir acesso à educação e um passo fundamental é ter a documentação necessária.

“A gente já teve um projeto muito interessante com a OIM, chamado Passaporte para Educação, no qual a gente dá um apoio às famílias, um material do ponto de vista de documentação, como é que essas crianças, ao chegarem no seu estado de destino, como é que elas podem buscar e fazer a matrícula, isso é uma coisa que a legislação brasileira garante. As crianças que permanecem no estado de Roraima, como é que essa rede pública consegue absorver tantas crianças numa infraestrutura que não é compatível ou não está planejada para absorver essas crianças e essa questão da língua materna.  Então, de fato, a gente precisa desenvolver aqui uma proposta de uma educação bilingue”

Língua Materna para educação inclusiva

A Unesco define "língua materna" como o idioma aprendido primeiro, com o qual a pessoa se identifica e se comunica melhor. O ensino nesse idioma é crucial para uma educação equitativa e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.

O uso da língua materna como meio de instrução é vital para o sucesso educacional, especialmente para minorias. A Unesco advoga pelo ensino na língua materna, pois evidências mostram que as crianças aprendem melhor assim.

Segundo a agência, em países de renda média-alta e alta, crianças que aprendem em sua língua materna têm 14% mais probabilidade de ler com compreensão ao final do ensino fundamental. No ensino médio, essa probabilidade aumenta para mais de 40%.

No Dia Internacional da Língua Materna, a Unesco pede aos governos a garantia da educação multilíngue para promover a coexistência de idiomas, alcançar os ODSs e celebrar a Década Internacional das Línguas Indígenas.

 Onunews

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Dia Mundial da Justiça Social: Por que estamos aqui se não para servir à humanidade?


Migrantes tentando atravessar a fronteira   (2023 Getty Images)

 No Dia Mundial da Justiça Social, a secretária geral da CIDSE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade) recorda que toda decisão e cada nova política implementada têm um impacto na vida e nos meios de subsistência de outras pessoas, e que as múltiplas crises que enfrentamos hoje estão interligadas.

Justiça Social significa igualdade e dignidade para todos. Significa que um sistema é colocado em prática não apenas para proteger, mas para auxiliar nas escolhas que as pessoas fazem, além de criar um ambiente que as mantenha seguras e as ajude a prosperar. O Dia Mundial da Justiça Social é celebrado anualmente em 20 de fevereiro e sua observância tem como objetivo fazer exatamente isso: lembrar, a cada ano, da necessidade de construir sociedades mais justas e equitativas.

Uma crise múltipla 

Na linha de frente na batalha pela justiça social, a CIDSE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade) é uma família internacional de organizações católicas de justiça social que trabalham juntas pela causa. Josaine Gauthier, secretária geral da CIDSE, explica que "as múltiplas crises com as quais lidamos no passado estão profundamente interconectadas”.

Hoje, o principal desafio que é enfrentado dentro desse âmbito, segundo Gauthier, "é a chamada pluri-crise: a perturbação climática, a extrema pobreza, a violência, a guerra e o conflito por recursos, gênero, desigualdade social e racial", diz a secretária, acrescentando que todas são desencadeadas por "desequilíbrios de poder e uma cultura de desperdício. Estamos reconhecendo que na verdade é apenas uma crise interconectada, com sua origem nas relações entre humanos e todo o resto da criação”.

Apelos do Papa Francisco

"A cultura do desperdício", como observa a Josaine, é um conceito frequentemente utilizado pelo Papa, que dedicou grande parte de seu pontificado a combater a indiferença global que causa injustiças. Em particular, Francisco apela continuamente pela proteção de nossa casa comum, ameaçada pelas mudanças climáticas, pelo zelo e acolhimento de migrantes e refugiados, e adverte contra o que descreve como "a globalização da indiferença", pedindo aos países mais ricos que tomem medidas concretas para ajudar os pobres.

Falando sobre migração, Gauthier observa que quando as pessoas são forçadas a deixar seu país de origem, porque é inabitável e não oferece futuro, "estamos enfrentando uma crise de nossa própria moralidade”.

"Como podemos permitir que outros seres humanos fujam de suas casas devido às nossas próprias escolhas políticas e econômicas que os afetam e depois os rejeitamos quando atravessam a fronteira e precisam de nossa solidariedade?" ela pergunta, e rapidamente completa: "É apenas uma questão de justiça!"

Trabalhar juntos, pensar em todos

Josaine Gauthier convida a todos a enxergar o Dia Mundial da Justiça Social como uma oportunidade única para "fazer uma pausa e refletir sobre como tratamos uns aos outros, como podemos construir relações mais justas uns com os outros e com a vida neste planeta, que é nossa casa comum”.

O apelo do Papa Francisco pela justiça social e pelos direitos humanos, segundo a secretária da CIDSE, é "extremamente relevante", e isso "deveria ser a mensagem mais importante e ressonante para os que estão envolvidos na política atualmente". Gauthier acredita que as políticas devem sempre estar ligadas e enraizadas em como afetam a vida das pessoas, de todos, diariamente, porque, acrescenta, "para que estamos aqui se não for para servir à humanidade e torná-la um lar acolhedor e justo para todos?”

Por fim, Josaine enfatiza que isso "é algo sério" e que trabalhar juntos, pensando em todos, é uma responsabilidade comum e coletiva, que "o Papa Francisco não se cansa de nos lembrar".


Francesca Merlo - Vatican News
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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

MULHERES MIGRANTES: Artigo produzido no HCPF em publicação de produção científica

 


O artigo “Mulheres que migram e gestam: a utilização de uma cartilha multilíngue” foi selecionado para publicação na revista Extraprensa, periódico relacionado à USP e destinado à publicação da produção científica nas áreas da cultura e da comunicação no Brasil e América Latina. De autoria da assistente social Stéfani Clara Campos Teixeira e da e psicóloga e tutora do Programa de Residência Multiprofissional Materno Infantil/Neonatologia no HC, Elsa Zanette Tallamini, a pesquisa analisou a efetividade do uso de uma cartilha multilíngue durante a internação pós-parto de pacientes imigrantes e descreveu a experiência de implementação da cartilha como um importante instrumento para o cuidado e uma forma de acolher e democratizar informações.

Mulheres migrantes

O estudo buscou observar como se deu a trajetória de mulheres migrantes que vivem no Brasil e passam pelo processo gestacional longe do seu país de origem. “Foi possível conhecer fragmentos de suas vivências, bem como os desafios, as dificuldades e as singularidades que perpassam cada uma dessas histórias. As participantes tinham entre 23 e 37 anos, sete residiam em um município de médio porte e duas em um município de pequeno porte. Em relação aos países de origem, duas eram do Senegal, três do Haiti e quatro da Venezuela.” descreveram as autoras do artigo.

Cartilha multilíngue

Para a elaboração da cartilha multilíngue descrita no estudo, foram reunidas as orientações desenvolvidas pelos profissionais das áreas de Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, com o intuito de informar as famílias sobre questões relacionadas à maternidade e ao acesso a direitos sociais após a alta hospitalar. As traduções foram realizadas por colaboradores que dominam os idiomas, entre eles: Nicole Gonçalves Mussi, tradutora para o inglês e espanhol, Celestin Kabasele Kalala, para o francês, e Kinderly Alexandre, para o crioulo haitiano (kreyòl). A ilustração da capa foi desenvolvida por um profissional da área de desenho e o layout foi construído e revisado pela autora, a assistente social Stéfani Clara Campos Teixeira.

Comunicação e informação

“Deu-se visibilidade às lacunas e as mulheres puderam se reconhecer como sujeitos, e, em grande medida, contribuir para a construção da saúde na perspectiva das ações socioeducativas em saúde. Nesse sentido, os resultados que foram obtidos revelam a importância de potencializar o acesso ao direito à comunicação e informação, sendo imprescindível pensarmos e criarmos estratégias que facilitem o diálogo de forma a transformar esses sujeitos em protagonistas e construir, de maneira coletiva, intervenções e planejamentos.” concluíram as autoras.

onacional.com.br/saude

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sábado, 17 de fevereiro de 2024

Brasil doa filtro e alimentos do MST a refugiados da África

 

Janja Lula da Silva entrega doação do governo brasileiro a refugiados da Etiópia - Cláudio Kbene/Divulgação

O governo federal, através da Agência Brasileira da Cooperação (ABC), entregou neste sábado (17) doações para a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) na Etiópia, país visitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste final de semana.

Foram entregues 65 purificadores de água portáteis, cada um com capacidade para purificar 5.600 litros de água por dia; 10 toneladas de alimentos nutritivos desidratados; 4 toneladas de arroz e 4 toneladas de leite em pó produzidos e doados pelo Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST)

As doações foram articuladas pela primeira dama Janja Lula da Silva. Serão destinadas a campos de refugiados na região de Gambela, na Etiópia, que acolhe mais de 385 mil refugiados.
 
Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) já identificou 18 “hotspots” para a fome onde se prevê a deterioração da segurança alimentar, incluindo a própria Etiópia, Sudão e Sudão do Sul.

Visando combater o problema, durante a presidência do Brasil no G20, será criada uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a ser articulada durante todo o ano de 2024 e lançada na Cúpula de Chefes de Estado e de Governo no Rio de Janeiro, em novembro.:

Janja Lula da Silva integra a comitiva que acompanha o presidente Lula em visita de Estado a Etiópia. O Brasil também participa em Adis Abeba como convidado de honra da 37ª Cúpula da União Africana, na qual o Presidente Lula discursou na abertura.

Edição: Raquel Setz

brasildefato.com.br

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SME vai elaborar documento para população migrante compreender como funciona o Sistema de Ensino Municipal

 Foto de uma criança com uniforme da rede publica de São Paulo em um brinquedo.

A população migrante da cidade de São Paulo em breve ganhará um material que vai ajudá-la a entender melhor como funciona o Sistema de Ensino Municipal da cidade de São Paulo. Para construí-lo, o Núcleo de Ensino para as Relações Étnico-Raciais (NEER) da Secretaria Municipal de Educação convida as pessoas servidoras da rede municipal a contribuírem através de um formulário que visa coletar validações e colaborações sobre os principais encaminhamentos que os migrantes necessitam ao chegarem às Unidades Educacionais. O formulário ficará disponível para inserções até 23 de fevereiro.

O objetivo do documento é elucidar à população migrante como funciona o acesso à Educação no Brasil, detalhando especificamente na cidade de São Paulo, as diferentes modalidades de ensino, os programas institucionais para migrantes que tocam a Educação, além de indicar equipamentos importantes para esta população na prefeitura de São Paulo, como o Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes e a instância de participação social no Conselho Municipal de Imigrantes. 

O material terá traduções em diferentes idiomas para contemplar migrantes de diferentes nacionalidades. 

“Fazer um material que informe sobre o sistema de ensino municipal para a população migrante é uma meta que está prevista no Plano Municipal de Políticas para População Imigrante da Prefeitura de São Paulo. Parte do princípio que nem sempre as pessoas sabem como funciona uma escola municipal e quais são os direitos dos estudantes e suas famílias. A intenção é elucidar como solicitar vaga na RME, falar sobre os programas de Transporte Escolar Gratuito, Leve leite, Uniforme e Material Escolar”, entre outras informações, diz Carolinne Mendes da Silva, do Núcleo de Ensino para as Relações Étnico-Raciais (NEER). 

Para compor o material, o NEER busca a colaboração das pessoas servidoras da RME-SP, principalmente as que atuam em Unidades Educacionais que recebem a população migrante, por meio do formulário (Link para um novo sítio). O link estará disponível até o dia 23 de fevereiro de 2023.

educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Mundo registra 1,4 bilhão de crianças sem proteção social básica

 Uma menina de 8 anos carrega garrafas que encherá de água potável para sua família

Unicef/Eyad El Baba
 
Uma menina de 8 anos carrega garrafas que encherá de água potável para sua família
16 Fevereiro 2024ODS

Levantamento realizado por agências da ONU e parceiros aponta disparidade entre países; em nações de renda baixa, as taxas de cobertura giram em torno de 9% enquanto nos de renda alta chega a 84,6%.

Globalmente, 1,4 bilhão de crianças entre zero e 15 anos estão excluídas de qualquer forma de proteção social, deixando-as vulneráveis a doenças, má nutrição e pobreza.

Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a organização Save the Children. 

Desigualdade na cobertura

Em países de baixa renda, menos de uma em cada dez crianças nessa faixa etária tem acesso a benefícios familiares, ressaltando uma enorme disparidade em comparação com a cobertura desfrutada por crianças em países de alta renda.

Os dados mostram que houve um aumento global modesto no acesso a benefícios infantis em um período de 14 anos, de 20% em 2009 para 28,1% em 2023. No entanto, o progresso tem sido desigual. Em países de baixa renda, as taxas de cobertura permanecem surpreendentemente baixas, em torno de 9%. Ao mesmo tempo, 84,6% das crianças em países de alta renda estão cobertas.

As taxas de cobertura para crianças em países altamente vulneráveis aos impactos climáticos são um terço menores do que as de países que não são classificados como de alto risco. Garantir que as crianças sejam cobertas pela proteção social é fundamental para protegê-las dos piores impactos da crise climática.

Importância da proteção social

A assistência ao público infantil é uma forma crítica de proteção social, destinada a promover o bem-estar a longo prazo das crianças. Pagos em dinheiro ou créditos fiscais, os benefícios infantis são essenciais para reduzir a pobreza, bem como para acessar saúde, nutrição, educação de qualidade e água e saneamento. Além disso, esses benefícios apoiam o desenvolvimento socioeconômico, especialmente em tempos de crise.

As três organizações pedem aos governos que garantam que todas as crianças sejam protegidas por mecanismos de proteção social, inclusive por meio de benefícios universais para crianças.

Globalmente, há 333 milhões de menores vivendo em extrema pobreza, lutando para sobreviver com menos de US$ 2,15 por dia, e quase 1 bilhão de crianças vivendo em pobreza multidimensional. 

Escolha política

A diretora de Política Social e Proteção Social do Unicef, Natalia Winder Rossi, afirmou que no ritmo atual de progresso, as metas de fim da pobreza dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão fora de alcance. 

De acordo com ela, “acabar com a pobreza infantil é uma escolha política” e expandir a cobertura de proteção social das crianças é “fundamental, incluindo a realização progressiva de benefícios infantis universais".

Já a diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Shahra Razavi, disse que "as desigualdades regionais na cobertura e no progresso são de séria preocupação. Ela afirmou que a melhoria na cobertura do benefício infantil “é marginal na maioria das regiões e muitas crianças ainda estão sendo deixadas para trás". 

O Unicef a OIT e a Save the Children apela aos governos para que invistam em benefícios infantis para todas as crianças e forneçam uma gama abrangente de benefícios infantis por meio de sistemas nacionais de proteção social.

As agências defendem que as ações devem conectar as famílias a serviços sociais e de saúde, como creches de alta qualidade gratuitas ou acessíveis.

Onunew

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