domingo, 31 de outubro de 2010

Crise muda pouco o perfil de idade dos brasileiros no Japão

Maioria passou a ser de pessoas na faixa de 30 a 34 anos de idade, mas proporcionalmente o percentual que cada faixa de idade representa mudou pouco


Apesar da maioria dos brasileiros no Japão ter migrado da faixa de idade de 25 a 29 anos de idade para a faixa entre 30 a 34 anos de idade, entre 2008 e 2009, proporcionalmente a mudança foi muito pouca. É o que revela os últimos dados do Departamento de Imigração do Japão referentes a 2009.
Em 2008, mais de 41 mil brasileiros no Japão estavam na faixa entre 25 e 29 anos de idade. Esse número representava 13% da comunidade ou a maioria. No final de 2009, esse número caiu para 32.633, representando 12% do total de brasileiros. A mudança, em número arredondados, foi de cerca de 1%.
Em 2009, a faixa de idade que passou a ser maioria na comunidade foi a de 30 a 34 anos de idade, com 33.995 mil pessoas ou pouco mais de 12%. Em 2008, essa faixa de idade representava 11%. A variação também é insignificante.
Em ambos os casos, a maioria das pessoas é do sexo masculino.
Já o percentual de menores não mudou nada. Apesar do número de crianças e adolescentes ter caído de 2008 para 2009, proporcionalmente o total continua representando 21% da comunidade.
Se somarmos as quatro faixas de idade – de 0 a 4 anos, de 5 a 9 anos, de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos – o número caiu de 68 mil para 57 mil, mas o percentual variou poucos décimos. Nesse caso os meninos também são em maior número que as meninas. Lembramos que a maioridade no Japão começa aos 20 anos de idade.
No geral, houve queda no número de pessoas em todas as faixas de idade, mas proporcionalmente o percentual variou muito pouco mantendo quase estático o perfil da comunidade brasileira no Japão. Ou seja, a crise afetou muito pouco essa realidade ao contrário do que muitos pensavam.
Os dados de 2010 só serão computados no segundo semestre de 2011.

Corte do Texas suspende centenas de deportações

Atendendo à nova política do Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) adotada em agosto, uma Corte do Texas suspendeu centenas de deportações no estado. A recomendação das autoridades não foi divulgada oficialmente, mas muitos advogados que têm como clientes indocumentados em Centros de Detenções informaram que em vários processos o DHS autorizou que estes permanecessem no País.

Raed Gonzalez, da Associação Americana de Advogados de Imigração, contou que representantes do governo lhe confidenciaram que o objetivo é evitar a deportação de indocumentados que estão na América há mais de dois anos e não possuem ficha na polícia. Outra fonte ressaltou que os beneficiados precisam ter também algum parente vivendo legalmente nos EUA, mas as ordens de deportação podem ser reaplicadas a qualquer momento.

“Essa nova política faz todo o sentido, vibrou o advogado John Necham, que atua em Houston (Texas) e tem alguns clientes já em liberdade. Como era de se esperar, alguns conservadores criticaram a medida. “O DHS está enviando a mensagem de que este governo não cumpre as leis, disse Mark Krikorian, do Centro de Estudos sobre Imigração.

sábado, 30 de outubro de 2010

Comunidades ciganas longe da inclusão social

A Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural reconheceu ontem, em Braga, que ainda há um longo caminho a percorrer em matéria de inclusão social das comunidades ciganas. Rosário Farmhouse prossegue hoje, na capital minhota, uma jornada de trabalho de dois dias
que designou de ‘ACIDI junto das comunidades ciganas’.

“Ainda há um longo caminho a percorrer, de parte a parte, em matéria de inclusão das comunidades ciganas. Ainda existem muitos medos, muitos preconceitos e estereótipos que têm de ser combatidos”, referiu Rosário Farmhouse, chamando a atenção para o facto de as comunidades ciganas ainda estarem em situação de exclusão “quer por via da escola, do abandono ou do insu-cesso escolar, por via do desemprego e, infelizmente em alguns casos, por entrarem pela malha da criminalidade”.

A Alta Comissária — que falou aos jornalistas no final de uma audiência com o presidente da Câmara de Braga — sublinhou que “o caminho a percorrer não é fácil e depende de todos. Tem que haver um equilíbrio entre direitos e deveres e esse é um trabalho que tem de ser feito em conjunto”.

“Este trabalho de inclusão social tem de ser feito nos dois sentidos. Ou seja, só se consegue com o contributo de todos. Do lado do ACIDI — Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural temos proporcionado oportunidades, nomeadamente com o programa ‘Escolhas’ dirigido a crianças e jovens e que lhes mostra a oportunidade de fazer outras escolhas, com um futuro maior e melhor. Porém, do outro lado tem de haver vontade de agarrar essa oportunidade”, enfatizou Rosário Farmhouse.

O ACDI está a trabalhar no sentido de sensibilizar as comunidades ciganas para que sejam os actores da sua própria vida, uma vida que se quer plena de direitos e de deveres, “para que se sintam integradas, mais incluídas, para que não sejam marginalizadas, nem marginalizem”, vincou a Alta Comissária.

Rosário Farmhouse teve ontem uma agenda de trabalho bastante apertada, que começou com a assinatura de um protocolo entre o ACIDI e a Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, que tem sede em Braga.

O objectivo deste protocolo é incentivar a participação cívica e cultural dos imigrantes e das minorias étnicas nas instituições portuguesas, nomeadamente através das suas associações representativas para um exercício pleno da sua cidadania, garantindo o acesso destes cidadãos a informação relevante, designadamente direitos e deveres de cidadania.

Este protocolo tem subjacente o facto de que para ambas as instituições é prioritária a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, em particular os descendentes de imigrantes e de minorias étnicas tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social. O director da Agência, Pompeu Martins, deu nota de que no âmbito deste protocolo estão já planeadas duas acções de formação a realizar em 2011

Angola anuncia combate a redes de imigração ilegal

O ministro angolano do Interior, Sebastião Martins, anunciou em Luanda o combate às redes criminosas no estrangeiro que facilitam a imigração ilegal em Angola.
Falando no final duma visita à Direcção Central do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), Sebastião Martins alertou, quarta-feira, os estrangeiros em situação ilegal a abandonarem o país de forma voluntária, sob pena de serem expulsos nos próximos tempos.
“Queremos passar aqui uma mensagem clara a estes estrangeiros que, enquanto as condições o permitirem e for tempo, trabalhem no sentido de se legalizarem ou então abandonem o nosso país, porque seremos implacáveis com aqueles que hoje escolhem Angola para exercerem atividades nocivas à nossa economia, à sociedade e, naturalmente, criando embaraços à segurança interna do nosso Estado”, frisou.
Sebastião Martins, empossado no cargo no início de outubro corrente em substituição de Roberto Leal Monteiro “Ngongo”, apelou também aos cidadãos nacionais para se absterem de proteger estrangeiros ilegais, sob pena de serem responsabilizados criminalmente.
Disse que no âmbito dos seus novos desafios o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) irá trabalhar para a mudança rapidamente dos fatores que potenciam a imigração ilegal.
Precisou que tais fatores têm uma atuação concertada criminosa que se organiza a partir do exterior do país, “utilizando o nosso país para buscar condições humanas, sociais e económicas melhores, mas, essencialmente, para dilapidarem os recursos”.
O ministro do Interior sublinhou que tais atos constituem fatores que desestabilizam o país do ponto de vista social, cultural, da tradição religiosa e da segurança interna.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Imigração coloca imigrantes veteranos de guerra em processo de deportação

Para o Departamento de Imigração, o fato de imigrantes terem servido às Forças Armadas, não significa que eles não possam ser deportados do país.

Um imigrante jamaicano que já serviu no U.S. Marine Corps está preso na Califórnia e pode ser deportado. Rohan Coombs, 43, entrou em depressão e se envolveu com drogas. Defensores dos direitos dos imigrantes tentam agora mudar a lei para quem serviu nas forças armadas americanas.

Segundo matéria da Associated Press (AP), Rohan veio ainda criança de forma legal para os Estados Unidos. Serviu em bases no Japão e Filipinas. Durante os 10 meses em que esteve no Golfo Pérsico, perdeu vários amigos. Tomado pela ansiedade e depressão depois da guerra, foi pego com drogas.

Uma corte marcial em 1991 condenou Rohan a 18 meses de prisão por posse de cocaína e maconha, com a intenção de distribuir. “As coisas iam bem, aí algo acontecia”, disse ele, cujo casamento o salvou. Com a morte da esposa em 2001, por complicações devido a diabetes, o jamaicano começou novamente a fumar maconha. Em 2008, Rohan foi novamente apanhado vendendo maconha, e foi condenado a oito meses numa prisão estadual.

Encaminhado a imigração (ICE) depois de cumprir a pena, Rohan está num centro de detenção em San Diego (CA) há 22 meses. O acusado entrou com apelação na 9ª Corte do Circuito Americano. Consciente dos erros que cometeu, o imigrante desabafou. “Esta é a única vida que conheço. A única vez que deixei este país foi quando servi. Esta é a minha casa”.

Natural da Libéria, Dardar Paye também pode ser deportado. Nos EUA desde os 13 anos de idade, o imigrante se alistou no exército em 1998, e serviu no Kuwait e no Kosovo. Quando voltou para New Jersey, trabalhou por um ano e meio na Guarda Nacional. Há dois anos, foi parar na prisão federal por crimes com armas. Paye se sente traído por ter arriscado a vida nas guerras e estar em processo de deportação. “Sinto-me agora como se tivessem me usado para o que quiseram, e agora estão me jogando fora”, disse.

Defendendo os imigrantes veteranos
Craig Shagin, advogado de defesa de Rohan Coombs, argumenta que pessoas como o cliente dele lutaram pela pátria. “Serviram em nossos uniformes, nossas guerras”, disse. Bob Filner, deputado democrata que é presidente do Comitê dos Veteranos, tenta agora mudar a lei, e quer evitar que os imigrantes veteranos de guerra sejam deportados. “Você volta do Iraque ou Afeganistão hoje, se colocou na linha de frente pelo país. Simplesmente deportar estas pessoas não é uma boa forma de agradecê-las pelos serviços”, disse o político.

Segundo Margaret Stock, reservista recém aposentada do exército e advogada de imigração, não existe alívio para os veteranos que recebem acusações relativas a drogas e armas, como no caso de Coombs e Paye.
De acordo com a porta voz do ICE, Lori Haley, a prioridade da imigração é identificar e remover do país criminosos perigosos, o que inclui pessoas que prestaram o serviço militar.

A lei de 1996 expandiu a lista de crimes que podem levar estrangeiros sem cidadania à deportação. Imigrantes nesta situação que morrem durante o serviço militar ganham cidadania e recebem honras militares durante os funerais.

“Se eu tivesse morrido, teriam me tornado cidadão, me dado um funeral militar e a bandeira para minha mãe. Mas não morri. Aqui estou. Só quero outra chance”, disse Rohan Coombs.

Bolívia prepara uma Ley del migrante

El Parlamento o Asamblea Nacional de Bolivia prepara una Ley sobre migración que incluya los derechos y obligaciones de casi tres millones de compatriotas en el mundo.
El anuncio fue formulado por la Presidenta de la Comisión de Derechos Humanos de la Cámara de Diputados, Marianela Paco, durante el Foro-Debate “Periodismo, Migración y Racismo”, efectuado el 1 de octubre en la Federación de Trabajadores de la Prensa de La Paz.
La diputada Paco, del gobernante Movimiento al Socialismo (MAS), dijo que en esta gestión se atiende mejor a los migrantes y hay planes para que las remesas tengan un fin productivo que permita la estabilidad del migrante y sus parientes y el crecimiento económico del país con estas divisas.
La prensa boliviana informó que este año las remesas son un diez por ciento menores en relación con el año pasado, debido a la crisis en España y las dificultades para los compatriotas en Argentina, Brasil y Estados Unidos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mensagem para o 97º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

Cidade do Vaticano, 28 out (RV) - A Mensagem para o 97º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado foi apresentada na última terça-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé. O documento foi ilustrado pelo Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, e pelo subsecretário do mesmo organismo, Padre Gabriele Bentoglio Ferdinand.

Cada refugiado têm direitos inalienáveis que devem ser sempre respeitados: é este o forte apelo lançado na apresentação da Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Um documento destacou o Arcebispo Antonio Maria Vegliò, no qual o Papa sublinha a importância do diálogo e “promove o reconhecimento dos direitos humanos para todos, combatendo contra as novas formas de racismo e discriminação”. Dom Vegliò sublinhou então que, em comparação aos esquemas clássicos relacionadas com a migração, o Papa propõe um novo, ou seja, a “integração social, acompanhada pela síntese cultural”. O responsável pelo organismo vaticano deu ênfase à importância do tema do próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, “Uma só famílila humana”.

“A solidariedade humana e a caridade não devem excluir ninguém da rica variedade de pessoas, culturas e povos e, ainda, compartilhar com os outros não é um ato de gentileza, mas um dever para com os membros da mesma família”.

Por sua vez, o subsecretário do Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes, Padre Gabriele Bentoglio reiterou que todos nós somos chamados a “ver no rosto do refugiado uma pessoa humana”, que precisa de ajuda. Uma atitude, constatou com amargura, que frequentemente é ignorada:

“De fato, o comportamento atual de muitos países, parece contradizer os acordos assinados, manifestando muitas vezes um comportamento ditado pelo medo do estrangeiro e muitas vezes, também pela disfarçada discriminação. Assim, emerge uma cada vez mais acentuada disparidade entre os compromissos assumidos e a sua atuação. Está diante dos olhos de todos a utilização de várias maneiras para fugir da responsabilidade de aceitar e apoiar aqueles que buscam refúgio e proteção humanitária”. (SP)

Mensagem do Papa para o 97º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

Queridos Irmãos e Irmãs!

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado oferece a oportunidade, a toda a Igreja, para refletir sobre o tema relacionado com o crescente fenômeno da migração, para rezar a fim de que os corações se abram ao acolhimento cristão e trabalhem para que cresçam no mundo a justiça e a caridade, colunas para a construção de uma paz autêntica e duradoura. "Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei" (Jo 13, 34) é o convite que o Senhor nos dirige com vigor e nos renova constantemente: se o Pai nos chama para sermos filhos amados no seu Filho predileto, chama-nos também para nos reconhecermos a todos como irmãos em Cristo.

Deste vínculo profundo entre todos os seres humanos surge o tema que escolhi este ano para a nossa reflexão: "Uma só família humana", uma só família de irmãos e irmãs em sociedades que se tornam cada vez mais multiétnicas e interculturais, onde também as pessoas de várias religiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças. O Concílio Vaticano II afirma que "os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro gênero humano (cf. At 17, 26); têm, além disso, o mesmo fim último, Deus, cuja providência, testemunho de bondade e desígnios de salvação se estendem a todos" (Decl. Nostra aetate, 1). Assim, nós "não vivemos uns ao lado dos outros por acaso; estamos percorrendo todos um mesmo caminho como homens e por isso como irmãos e irmãs" (Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2008, 6).

O caminho é o mesmo, o da vida, mas as situações por que passamos neste percurso são diversas: muitos devem enfrentar a difícil experiência da migração, nas suas diversas expressões: internas ou internacionais, permanentes ou periódicas, econômicas ou políticas, voluntárias ou forçadas. Em vários casos a partida do próprio país é estimulada por diversas formas de perseguição, de modo que a fuga se torna necessária. Depois, o próprio fenômeno da globalização característico da nossa época, não é só um processo socioeconômico, mas comporta também "uma humanidade que se torna mais inter-relacionada", superando confins geográficos e culturais. A este propósito, a Igreja não cessa de recordar que o sentido profundo deste processo sazonal e o seu critério ético fundamental são dados precisamente pela unidade da família humana e pelo seu desenvolvimento no bem (cf. Bento XVI, Enc. Caritas in veritate, 42). Portanto, todos pertencem a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha.

"Numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho em seu favor não podem deixar de assumir as dimensões da família humana inteira, ou seja, da comunidade dos povos e das nações, para dar forma de unidade e paz à cidade do homem e torná-la em certa medida antecipação que prefigura a cidade de Deus sem barreiras" (Bento XVI, Enc. Caritas in veritate, 7). É esta a perspectiva com a qual olhar também para a realidade das migrações. De fato, como já fazia notar o Servo de Deus Paulo VI, "a falta de fraternidade entre os homens e entre os povos" é causa profunda de subdesenvolvimento (Enc. Populorum progressio, 66) e – podemos acrescentar – incide em grande medida sobre o fenômeno migratório. A fraternidade humana é a experiência, por vezes surpreendente, de uma relação que irmana, de uma ligação profunda com o próximo, diferente de mim, baseado no simples fato de sermos homens. Assumida e vivida responsavelmente, ela alimenta uma vida de comunhão e de partilha com todos, sobretudo com os migrantes; apoia a doação de si aos demais, ao seu bem, ao bem de todos, na comunidade política local, nacional e mundial.

O Venerável João Paulo II, por ocasião deste mesmo Dia celebrado em 2001, ressaltou que "[o bem comum universal] abrange toda a família dos povos, acima de todo o egoísmo nacionalista. É neste contexto que se considera o direito de emigrar. A Igreja reconhece-o a cada homem no duplo aspecto da possibilidade de sair do próprio País e a possibilidade de entrar num outro à procura de melhores condições de vida" (Mensagem para o Dia Mundial das Migrações 2001, 3; cf. João XXIII, Enc. Mater et Magistra, 30; Paulo VI, Octogesima Adveniens, 17). Ao mesmo tempo, os Estados têm o direito de regular os fluxos migratórios e de defender as próprias fronteiras, garantindo sempre o respeito devido à dignidade de cada pessoa humana. Além disso, os imigrantes têm o dever de se integrarem no país que os recebe, respeitando as suas leis e a identidade nacional. "Procurar-se-á então conjugar o acolhimento devido a todo o ser humano, sobretudo no caso de pobres, com a avaliação das condições indispensáveis para uma vida decorosa e pacífica tanto dos habitantes originários como dos adventícios" (João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2001, 13).

Neste contexto, a presença da Igreja, como povo de Deus a caminho na história no meio de todos os outros povos, é fonte de confiança e esperança. De fato, a Igreja é "em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano" (Conc. Ec. Vat. II, Const. Dog. Lumen gentium, 1); e, graças à ação do Espírito Santo nela, "o esforço por estabelecer a universal fraternidade não é vão" (Ibid, Const. Past. Gaudium et spes, 38). De modo particular é a Sagrada Eucaristia que constitui, no coração da Igreja, uma fonte inexaurível de comunhão para toda a humanidade. Graças a ela, o Povo de Deus abraça "todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7, 9) não com uma espécie de poder sagrado, mas com o serviço superior da caridade. Com efeito, a prática da caridade, sobretudo em relação aos mais pobres e débeis, é critério que prova a autenticidade das celebrações eucarísticas (cf. João Paulo II, Carta apost. Mane nobiscum Domine, 28).

À luz do tema "Uma só família humana", deve ser considerada especificamente a situação dos refugiados e dos outros migrantes forçados, que são uma parte relevante do fenômeno migratório. Em relação a essas pessoas, que fogem de violências e de perseguições, a Comunidade internacional assumiu compromissos bem determinados. O respeito dos seus direitos, assim como das justas preocupações pela segurança e pela unidade social, favorecem uma convivência estável e harmoniosa.

Também no caso dos migrantes forçados a solidariedade alimenta-se na "reserva" de amor que nasce do considerar-se uma só família humana e, para os fiéis católicos, membros do Corpo Místico de Cristo: somos de fato dependentes uns dos outros, todos responsáveis dos irmãos e das irmãs em humanidade e, para quem crê, na fé. Como já tive a ocasião de dizer, "Acolher os refugiados e dar-lhes hospitalidade é para todos um gesto obrigatório de solidariedade humana, para que eles não se sintam isolados por causa da intolerância e do desinteresse" (Audiência geral de 20 de Junho de 2007: Insegnamenti II, 1 [2007], 1158). Isso significa que todos os que são forçados a deixar as suas casas ou a sua terra serão ajudados a encontrar um lugar no qual viver em paz e em segurança, onde trabalhar e assumir os direitos e deveres existentes no país que os acolhe, contribuindo para o bem comum, sem esquecer a dimensão religiosa da vida.

Por fim, gostaria de dirigir um pensamento particular, sempre acompanhado da oração, aos estudantes estrangeiros e internacionais, que também são uma realidade em crescimento no âmbito do grande fenômeno migratório. Trata-se de uma categoria também socialmente relevante na perspectiva do seu regresso, como futuros dirigentes, aos países de origem. Eles constituem "pontes" culturais e econômicas entre estes países e os que os recebem, e tudo isto se orienta para formar "uma só família humana". É esta convicção que deve apoiar o compromisso a favor dos estudantes estrangeiros e acompanhar a atenção pelos seus problemas concretos, como as dificuldades econômicas ou o mal-estar de se sentirem sozinhos ao enfrentar um ambiente social e universitário muito diferente, assim como as dificuldades de inserção. A este propósito, apraz-me recordar que "pertencer a uma comunidade universitária significa estar na encruzilhada das culturas que formaram o mundo moderno" (cf. João Paulo II, Aos Bispos dos Estados Unidos das Províncias eclesiásticas de Chicago, Indianapolis e Milwaukee em visita 'ad limina', 30 de Maio de 1998, 6: Insegnamenti XXI, 1 [1998], 1116). A cultura das novas gerações forma-se na escola e na universidade: depende em grande medida destas instituições a sua capacidade de olhar para a humanidade como para uma família chamada a estar unida na diversidade.

Queridos irmãos e irmãs, o mundo dos migrantes é vasto e diversificado. Conhece experiências maravilhosas e prometedoras, assim como, infelizmente, muitas outras dramáticas e indignas do homem e de sociedades que se consideram civis. Para a Igreja, esta realidade constitui um sinal eloquente do nosso tempo, que dá mais realce à vocação da humanidade de formar uma só família e, ao mesmo tempo, as dificuldades que, em vez de uni-la, dividem-na e dilaceram-na. Não percamos a esperança, e rezemos juntos a Deus, Pai de todos, para que nos ajude a ser, cada um em primeira pessoa, homens e mulheres capazes de estabelecer relações fraternas; e, a nível social, político e institucional, incrementem-se a compreensão e a estima recíproca entre os povos e as culturas. Com estes votos, invocando a intercessão de Maria Santíssima Stella maris, envio de coração a todos a Bênção Apostólica, de modo especial aos migrantes e aos refugiados e a quantos trabalham neste importante âmbito

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

El multiculturalismo fracasó

La jefa de Estado dio un discurso que apuntó a generar empatía en un público que siente recelo de los inmigrantes. Merkel les pidió a los dieciséis millones de extranjeros que viven en Alemania que aprendan el idioma. La canciller Angela Merkel calificó los intentos alemanes de construir una sociedad multicultural como “un fracaso total”. Fue un discurso sin precedentes, diseñado para reavivar su popularidad y la de su partido, así como para retomar la iniciativa en medio de un debate público, cada vez más hostil, sobre inmigración.

Merkel normalmente evita dar cualquier opinión xenófoba. Pero en un encuentro de jóvenes del gobernante Partido Demócrata Cristiano, la jefa de gobierno dijo rotundamente que la noción de multiculturalismo, de gente de diferentes contextos viviendo feliz y conjuntamente, no funcionaba. “Este intento falló, completamente falló”, dijo a los jóvenes conservadores que aplaudían en una conferencia realizada el sábado en Postdam, en las afueras de Berlín. En cambio, pidió a los dieciséis millones de inmigrantes que viven en Alemania a hacer algo más para integrarse a la sociedad y demandó que aprendan la lengua.
Más temprano, en referencia a los 2,5 millones de inmigrantes turcos, les había dicho a los delegados: “A comienzos de los años ’60 convocamos a los trabajadores extranjeros a venir a Alemania y ahora viven en nuestro país”. Y agregó: “Nos engañamos a nosotros mismos diciéndonos que no se van a quedar, que en algún momento se irán, pero ésta no es la realidad”. Las declaraciones de Merkel fueron una respuesta al surgimiento en Alemania de un sentimiento antiinmigrante y un intento para contrarrestar su posición vulnerable al interior de su propia fuerza política.
Los sondeos de opinión desastrosos y una insatisfacción derechista con lo que se percibe como un conservadurismo “de izquierda” abrieron una discusión acerca de la posibilidad de reemplazo temprano para la primera mujer gobernante de Alemania. El candidato favorito de la derecha de los conservadores es Karl Theodor zu Guttenberg, el conservador ministro de Defensa, de 38 años. Ayer el titular de la cartera de Defensa y su glamorosa esposa, Stephanie, fueron fotografiados en la portada de la revista Der Spiegel y la nota fue titulada: “Los fabulosos zu Guttenberg”.
El ataque de Merkel contra el multiculturalismo vino después de una reciente encuesta acerca de las actitudes de los alemanes hacia los extranjeros, de llamados para prohibir la inmigración musulmana y de la publicación de un libro escrito por un ex miembro del Banco Central que afirma que los musulmanes están ligados al delito y a los pagos de bienestar. La semana pasada, un sondeo de opinión realizado por la izquierdista Fundación Friedrich Ebert arrojó que más de un 30 por ciento de los alemanes pensaba que su país estaba “invadido por extranjeros” y que el 55 por ciento catalogaba a los árabes como “desagradables”.
El estudio fue publicado un día después de que el líder bávaro Horst Seehofer, cuyo partido es aliado de la democracia cristiana de Merkel, declarara que el multiculturalismo estaba muerto y de que llamara a impedir la entrada de los árabes y de los turcos. El debate cada vez más acalorado por la inmigración y la integración quedó en primer plano después de la publicación del libro Alemania va bien por sí sola, de Thilo Sarrazin, un ex integrante del Banco Central de Berlín. A pesar de ser profundamente antimusulmán y de haber sido tildado como propaganda nazi por las organizaciones judías, el libro se mantiene en el primer puesto de los libros más leídos en el país europeo.
El conservadurismo de izquierda de Merkel fue atacado por el ala derecha de su partido y alguno de los miembros dijeron temer que se produzca una fractura por derecha. Los conservadores más duros dicen que su fracaso a la hora de tomar la iniciativa en torno de la cuestión inmigratoria exacerbó la situación. En un artículo en el diario conservador Frankfurter Allgemeine de la semana pasada, aparecieron las voces de varios conservadores que proponían como obvio reemplazo de Merkel a zu Guttenberg. “Si pierde Baden-Würtemberg (un bastión conservador), quedará fuera del mapa”, dijeron.

França deportou mais de 8 mil romenos entre 1 e 17/10

O governo francês anunciou nesta segunda-feira que entre os dias 1 e 17 deste mês deportou 8.601 romenos em situação irregular, ao mesmo tempo que apresentou um programa para a reinserção das pessoas em seu país, que no próximo ano terá um orçamento de um milhão de euros.
O ministério de Imigração francês não quis detalhar quantos dos romenos deportados eram ciganos e assinalou em comunicado que 7.447 tinham deixado a França "de forma voluntária", enquanto os outros 1.154 foram obrigados.
No último dia 15, o mesmo departamento de Imigração tinha assinalado que desde o início de agosto os romenos e búlgaros enviados a seus respectivos países por não ter os papéis em dia somavam 10 mil.
Esses números foram divulgados no mesmo dia em que França decidiu aplicar à sua legislação as normas europeias sobre a livre circulação de cidadãos na União Europeia (UE), como havia sido exigido pela Comissão Europeia em troca de cancelar a abertura de um expediente sancionador.
O ministro de Imigração, Eric Besson, que recebeu hoje o diretor-geral do Escritório Francês de Imigração e Integração (OFII, na sigla em francês), Jean Godfroid, destacou a vontade de seu país de desempenhar "um papel exemplar na reinserção dos cidadãos romenos que estão em situação irregular na França em seu país".
Isso será feito por um programa que possibilitará "um verdadeiro acompanhamento para a reinserção, com a criação duradoura de atividades e empregos" e ao qual poderão aderir as administrações locais francesas.
Besson encarregou Godfroid de organizar uma missão na Romênia nas próximas semanas para estabelecer a cooperação com as autoridades de Bucareste.
A missão servirá também de preparação para uma futura visita do próprio ministro à Romênia, que a partir do próximo 1º de janeiro contará com "um assistente técnico" enviado pela França que trabalhará com o secretário de Estado encarregado da Inserção Social dos Ciganos, Valentin Mocanu.
Na viagem que o ministro francês realizou a Bucareste no dia 9 de setembro, o governo romeno se comprometeu a adotar um plano de integração dos ciganos.
Besson declarou ainda que, com estas iniciativas - e depois que a Comissão Europeia desistiu de processar Paris pelo tratamento dado aos ciganos no último dia 19 -, "a França mostra que tem intenção de seguir sendo o motor da construção progressiva de uma política europeia de imigração, que seja ao mesmo tempo firme e humana

terça-feira, 26 de outubro de 2010

La extrema derecha gana adeptos eUn un continente en crisis de identidad y sin protagonismo en la escena internacional

El gran susto lo dio Jean-Marie Le Pen en 2002. La extrema derecha, extirpada del continente europeo tras los horrores de la II Guerra Mundial, estaba ganando adeptos desde los años 80, pero no había dejado de ser un fenómeno marginal. Fue el líder del Frente Nacional quien la rescató definitivamente tras llegar a la segunda vuelta de las presidenciales francesas. Mientras Europa observaba incrédula el avance del nacionalismo en el corazón del Viejo Continente y Jacques Chirac se complacía en su nuevo papel de baluarte contra el radicalismo, la extrema derecha acababa de postularse como una auténtica tercera vía en contraposición a los partidos políticos tradicionales.
El momento estelar del Frente Nacional coincidió con el fracaso socialista de Lionel Jospin. Un dato sintomático, porque los resultados de aquellas presidenciales francesas presagiaron una tendencia aún actual, que se traduce en el progresivo arrinconamiento de la izquierda en un espectro político europeo cada vez más desplazado hacia la derecha. No sólo por los buenos resultados electorales de las formaciones extremistas; también porque las recetas ideológicas de los radicales han logrado hacer mella en los partidos tradicionales.
Lo demuestran las expulsiones de gitanos en Francia y en Italia, la prohibición del burka en Bélgica o la negativa a la construcción de nuevos minaretes en Suiza. Iniciativas en sintonía con el ideario de la extrema derecha, basado en unos valores cada vez más compartidos por los ciudadanos europeos: nacionalismo, xenofobia, proteccionismo económico, rechazo a la globalización, a la UE, al euro…
Así, directa o indirectamente, las teorías radicales se han hecho un hueco en Europa, un continente en crisis de identidad, donde siguen aumentando los inmigrantes, que sufre los coletazos de la peor crisis económica desde 1929 y que ha pasado a un segundo plano en la escena internacional. «Poco a poco, la gente se está dando cuenta de que la globalización afecta a todos», asegura el eurodiputado Bruno Gollnisch, del Frente Nacional.
Triunfos electorales

La «gente», dice, utilizando una de las palabras favoritas de la extrema derecha. Los dirigentes de la italiana Liga Norte un partido en el Gobierno y cuyo líder estrechó la mano de Slobodan Milosevic durante la Guerra de Kosovo parecen incapaces de articular un discurso sin sentenciar cada dos frases que «la gente está cansada». Es el meollo de su ideología, la identificación entre pueblo y partido. No sorprende que populista sea uno de los calificativos más utilizados para desacreditar a la extrema derecha.
El último gran triunfo electoral de estos movimientos se dio el pasado septiembre en Suecia, donde el SD logró entrar en el Parlamento recibiendo el 5,7% de los votos. Un éxito que se suma a los que recientemente lograron el PPV en Holanda y el Jobbik en Hungría. El líder del primer partido es la estrella mediática Geert Wilders, paladín de la lucha contra la «islamización» de los Países Bajos. Su partido pasó de nueve a 24 escaños en junio. Dos meses antes, el Jobbik obtuvo el 16,7% de los votos en su país. Una cifra considerable para una formación de tintes antisemitas que habla de «Gran Hungría» y dispone de una estructura paramilitar la Guardia Nacional encargada de «mantener el orden público».
En las elecciones europeas de 2009, la extrema derecha logró porcentajes de votos de dos dígitos en siete Estados miembros y entre el 5% y el 10% en otros seis países. Sus dirigentes pueden hoy criticar la existencia de la Unión directamente en la Eurocámara, que incluso les ofrece un sueldo por ello.

La cacería de inmigrantes en las calles

Hermes es el nombre de la operación policial que se desarrolló la semana pasada en 23 países de Europa para “detectar nuevas rutas de la inmigración irregular”, según fuentes del Ministerio del Interior. El operativo se tradujo en un aumento de controles de documentación a extranjeros en estaciones de trenes y buses. De acuerdo con la información publicada por el diario español de circulación gratuita, En Latino, aunque la prioridad de Hermes era identificar nuevas rutas de las mafias, Interior reconoce que a todos los que fueron encontrados en situación irregular se les abrió un expediente de expulsión.
“La operación Hermes podría haberse llamado Perico de los Palotes o como se quiera porque es lo mismo que viene sucediendo hace tiempo: una presión brutal para que los policías hagan extranjería”, así señaló Alfredo Perdiguero, portavoz del Sindicato Federal de Policía (UFP) al rotativo además de que agregó que el sindicato ha “denunciado a tres jefes de zona de Madrid por obligar a los agentes a detener extranjeros por encima incluso de las tareas de seguridad ciudadana”.
El portavoz del sindicato UFP apuntó que la persecución de inmigrantes ha bajado en Asturias, Extremadura o zonas de Andalucía, aunque se mantiene en ciudades como Madrid, Barcelona o Valencia, donde los policías están sometidos a presiones muy fuertes: “Esperamos que la situación mejore con el nuevo jefe de policía de Madrid”.
Por otro lado, de acuerdo con la información publicada por En Latino, Marcos Cross, cónsul de República Dominicana en Madrid, sostiene que ha percibido un incremento de expedientes de expulsión a raíz de la crisis además de que ha recibido quejas de ciudadanos dominicanos que aseguran que “hay un verdadero asedio en bares, calles, barrios de parte sobre todo de la Policía Nacional”. La preocupación del funcionario es que ahora, por estar desempleados, los ciudadanos están perdiendo su documentación y los uniformados aprovechan esa coyuntura para deportarlos cuando esas personas ya tienen una vida hecha en España.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Argentina envía una delegación a Madrid por la ola de rechazos en Barajas

Una misión técnica del ministerio argentino de Relaciones Exteriores viajará esta semana a Madrid para reunirse con funcionarios españoles y acordar mecanismos más flexibles en la aplicación de las normas migratorias del país europeo, informaron fuentes oficiales.
Este viaje es el resultado del encuentro que mantuvieron esta semana en Buenos Aires el vicecanciller argentino, Alberto D’Alotto, y el secretario de Estado español de Asuntos Exteriores e Iberoamérica, Juan Pablo de Laiglesia, quienes acordaron nuevas reuniones para evitar que se repitan incidentes con viajeros argentinos, indicó la Cancillería en un comunicado.
El Gobierno de Cristina Fernández ha manifestado su preocupación porque en los últimos meses se han registrado varios casos de expulsión de argentinos que llegaron a Madrid con supuestas irregularidades en la documentación que exigen las autoridades españolas. Esta misión pretende aplicar criterios de “flexibilidad”.
El caso de una profesora invitada por la Complutense
El último es el de Nadya Quiroga, de 25 años, quien denunció hoy en declaraciones radiales que fue expulsada de España después de permanecer 41 horas retenida en Barajas, cuando en realidad ella solamente pretendía hacer escala en Madrid para volar a Alemania, su destino final. La joven argentina explicó que las autoridades migratorias le aseguraron que la carta de invitación con la que viajaba “no estaba certificada como ellos decían, cuando, en realidad, el Consulado alemán en Mendoza (oeste de Argentina) la había aprobado”, enfatizó.
El sábado pasado, la docente argentina María Cecilia Tonón denunció que fue expulsada desde el aeropuerto madrileño de Barajas, a pesar de que había viajado con una beca del Ministerio de Educación para realizar una investigación de dos meses en la Universidad Complutense de la capital española.
Tonón estaba embarazada de tres meses y tuvo un aborto “tal vez por el estrés o por los 22.000 kilómetros” que debió viajar en menos de 36 horas de ida y vuelta a España, según declaró a medios de prensa locales

La ley de Arizona produce depresión a los inmigrantes

La polémica ley SB1070 de Arizona está generando un aumento de los casos de depresión y estrés entre la población inmigrante, según advierten expertos de la Comisión de Salud Fronteriza Estados Unidos-México, recoge la agencia EFE.
La citada legislación, obra de la Aministración Obama, permite detener a cualquier persona si hay duda de que sea indocumentado.
Cecilia Rosales explica que en términos de salud, la ley de Arizona “está afectando por igual a todas las personas, tengan documentos migratorios o no, sean residentes legales o sean ciudadanos, por su sentido anti- inmigrante y anti-mexicano”.
La experta en salud añadió que la ley de Arizona ha polarizado a la comunidad hispana en dicho estado, ya que si todos se ven afectados por ella, en especial, aquellos que temen ser detenidos y deportados desarrollan estados de depresión y ansiedad mucho más agudos.
Rosales calificó la ley SB1070 como una fuente de estrés diario, ya que de manera cotidiana no sólo afecta a la persona perseguida por no tener papeles, sino también a sus familias y allegados.

domingo, 24 de outubro de 2010

Relatório sobre a Situação da População Mundial 2010

Novo relatório do UNFPA - “Do conflito e crise à renovação: gerações da mudança” - vincula paz, segurança e desenvolvimento com os direitos e empoderamento das mulheres

Quando as mulheres têm os mesmos direitos e oportunidades que os homens, elas são mais resilientes a conflitos e desastres e conseguem conduzir os esforços de reconstrução e renovação em suas sociedades, afirma o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2010, lançado hoje pelo UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas.
O lançamento do relatório coincide com o décimo aniversário da resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que visa colocar um fim à violência contra mulheres e meninas em conflitos armados e encorajar uma maior participação das mulheres em iniciativas de construção da paz.
“Quando mulheres e garotas sofrem profunda discriminação, elas ficam mais vulneráveis aos piores efeitos dos desastres e guerras, incluindo o estupro, e têm menor probabilidade de  contribuir para a construção da paz, o que ameaça a recuperação a longo-prazo”, disse a Diretora Executiva do UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, durante o lançamento da publicação.
Por meio das histórias de indivíduos afetados por conflitos ou catástrofes na Bósnia-Herzegóvina, Haiti, Iraque,  Jordânia, Libéria, Território Palestino Ocupado, Timor Leste e Uganda, o relatório mostra como as comunidades e sociedade civil estão curando velhas feridas e conseguindo seguir em frente. Um dos exemplos citados é o da cooperação entre Brasil e Haiti para o enfrentamento da violência de gênero. Entretanto, ainda resta muito a ser feito para garantir que as mulheres tenham acesso aos serviços e tenham voz nas negociações de paz ou em planos de reconstrução.
As resoluções do Conselho de Segurança orientam as respostas da comunidade internacional aos conflitos e o estabelecimento de um conjunto de ações para proteger as mulheres e assegurar sua participação na construção da paz e reconciliação, “mas não constituem um substituto aos esforços populares para o empoderamento feminino e para a edificação de resiliência de longo prazo para crises de qualquer tipo, sejam guerras, terremotos ou qualquer outra catástrofe”, escreveu a Diretora Executiva no prefácio do relatório.
“Os governos precisam aproveitar as oportunidades geradas pela recuperação pós-conflito ou que surgem de desastres naturais para aumentar as chances de que os países não sejam apenas reconstruídos, mas edificados para melhor, renovados, com mulheres e homens desfrutando de situações de igualdade, com direitos e oportunidades para todos, e fundamentados no desenvolvimento de longo prazo”, afirma o relatório.
Enquanto conflitos e desastres podem piorar as desigualdades entre homens e mulheres, Thoraya Obaid afirma que “a recuperação após conflitos e desastres também apresenta uma oportunidade única: uma oportunidade para corrigir as desigualdades, garantir a proteção igual perante a lei e criar condições propícias para alcançar mudanças positivas”.
***
O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas é o organismo da ONU responsável por questões populacionais. Trata-se de uma agência de cooperação internacional para o desenvolvimento que promove o direito de cada mulher, homem, jovem e criança a viver uma vida saudável, com igualdade de oportunidades para todos; apóia os países na utilização de dados sóciodemográficos para a formulação de políticas e programas de redução da pobreza; contribui para assegurar que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros, todos os jovens fiquem livres do HIV/Aids e todas as meninas e mulheres sejam tratadas com dignidade e respeito.
A versão em português do Relatório sobre a Situação da População Mundial 2010 do UNFPA está disponível em: http://www.unfpa.org.br/swop2010/

Projeto narra dramática travessia de imigrantes pelo México

As situações extremas vividas ao lado de imigrantes da América Central em sua tentativa de chegar aos Estados Unidos através da fronteira do México deram lugar a "En el camino" (No caminho), um trabalho de dois repórteres apresentado recentemente na Espanha e que narra essa dura e perigosa travessia.
A violência sofrida pelos imigrantes procedentes de países da América Central que atravessam o México está se transformando, segundo o espanhol Edu Ponces e o salvadorenho Óscar Martínez, em "uma grave crise humanitária" que contribui para o surgimento de novos grupos do crime organizado.
De setembro de 2008 a outubro de 2009, Ponces, fotógrafo, e Martínez, jornalista, junto com os espanhóis Toni Arnau e Eduardo Soleira, seguiram os passos de vários desses imigrantes ilegais "que viajam geralmente como clandestinos em trens de carga, conhecidos como 'a besta'".
"São uma espécie de imigrantes de terceira, que transitam cerca de 5 mil quilômetros dentro do México fazendo uma média de oito baldeações até chegar à fronteira de destino", explicaram em entrevista à agência EFE em Madri.
As situações extremas que compartilharam e as humilhações, estupros e assassinatos relatados pelos imigrantes deram lugar a "En el camino", um projeto que reúne 123 imagens, o livro de crônicas "Los migrantes que no importan" (Os imigrantes que não importam) e o documentário "María en tierra de nadie" (Maria em terra de ninguém).
Segundo dados do Instituto Nacional de Imigração mexicano, 96% dos imigrantes ilegais que transitam pelo México rumo aos EUA procedem da Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala.
"É nesse percurso que eles sofrem as piores humilhações e violações dos direitos humanos, mais do que na fronteira dos EUA, onde existe uma política de imigração dura, mas onde há um maior controle das autoridades", detalha Ponces.
A vulnerabilidade dos imigrantes começa logo após atravessarem a fronteira entre a Guatemala e o México. Segundo o fotógrafo, por serem imigrantes ilegais, essas pessoas ficam indefesas e ainda encontram autoridades públicas mexicanas com um nível de corrupção altíssimo, que as assaltam sistematicamente.
"Não conheci um imigrante que não tenha sido assaltado nesse caminho por um policial ou até por soldados da zona de fronteira, e em todo o caso, eles sabem que nunca serão denunciados", acrescentou Ponces.
A região do Istmo de Tehuantepec, que compreende os estados de Chiapas, Tabasco e Oaxaca, e a conhecida como "La Arrocera", "ponto-chave de estupros e assaltos" são os lugares que os repórteres apontam como os de maior perigo.
No entanto, o que surpreendeu à dupla foi que, após superarem tudo isso, é a vez dos grupos do crime organizado, fundamentalmente o conhecido como "Los Zetas", encontrarem nos imigrantes um lucrativo negócio.
Os "Los Zetas", considerados os responsáveis pelo massacre de 72 imigrantes no estado de Tamaulipas em agosto passado, "têm sob seu controle toda a região atlântica mexicana", denunciam os repórteres.
"Eles cometem assaltos à luz do dia e sequestram de 50 a 100 imigrantes para pedir resgate aos seus familiares", revelou Ponces.
Segundo o fotógrafo, os criminosos exigem dos parentes dos sequestrados nos EUA o dinheiro que têm reservado para pagar aos "coiotes", as pessoas que ajudam o imigrante a atravessar a fronteira norte.
"O coiote cobra dos familiares US$ 2 mil. Se não podem pagar, um dos homens de "Los Zetas", conhecido como 'o açougueiro', encarrega-se de matá-los, cortá-los em pedaços, colocá-los em um barril e queimá-los", descreveu.
Por isso, ambos os repórteres frisam que a violência alcança os limites da "crise humanitária". "Estamos falando de milhares de sequestros e da passividade absoluta das altas estruturas do Estado".

sábado, 23 de outubro de 2010

ONU: imigração agrava crise do sistema prisional grego

As condições carcerárias nas penitenciárias e delegacias de polícia na Grécia são frequentemente "assustadoras" com um grave problema de superlotação carcerária e acesso bastante limitado a cuidados de saúde, disse hoje o principal enviado contra a tortura das Nações Unidas, Manfred Nowak.
O especialista passou 10 dias visitando prisões e delegacias gregas e afirmou que o sistema prisional do país está numa "situação de crise", com algumas detenções abrigando um número de presos três vezes superior à capacidade de lotação. Nowak disse que o sistema prisional grego tem capacidade para abrigar um máximo de 9.100 detentos, mas atualmente estão presas no país mais de 12 mil pessoas. Do total de presos, 57% são estrangeiros.
"Em todas as prisões visitadas, eu constatei uma situação de superlotação", afirmou Nowak. O problema é em parte provocado pelo fato de que muitos imigrantes ilegais tentam entrar na União Europeia (UE) através da Grécia, onde são detidos. Sob a lei grega, um suspeito pode ser mantido sob detenção por até 18 meses, enquanto aguarda o julgamento ou a libertação. Contudo, os imigrantes clandestinos são misturados com presos comuns gregos, uma prática que Nowak afirma ser uma "clara violação da lei internacional".
Com centenas de imigrantes clandestinos cruzando as fronteiras da Turquia com a Grécia todos os dias, a imigração agravou o problema carcerário. Nos primeiros oito meses de 2010, 90% dos imigrantes clandestinos detidos tentando entrar na UE foram barrados na Grécia, acima dos 75% no mesmo período do ano passado e dos 50% em 2008, disse Nowak. "Esse é um problema europeu que precisa de uma solução europeia conjunta", afirmou.

Em Portugal, desemprego de brasileiros supera índice do país

Em 2009, 17,7% dos imigrantes saídos do Brasil estavam sem emprego.
Estudo de três universidades portuguesas traçou perfil dos brasileiros.
Vitor Sorano de Lisboa
Maior grupo estrangeiro em Portugal,  os brasileiros enfrentam índice de desemprego acima da média do país. São 116 mil pessoas em situação legal, segundo dados de 2009 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do governo português. Entre os que estão ocupados, a maioria trabalha mais de 40 horas semanais e recebe menos de 900 euros (cerca de R$ 2.090) – o equivalente a dois salários mínimos no país. Esses dados estão em uma pesquisa inédita feita em conjunto pelo Instituto Universitário de Coimbra, pela Universidade de Coimbra e pela Universidade Técnica de Lisboa.
A pesquisa ouviu 1.398 imigrantes brasileiros em várias partes do país. As entrevistas começaram a ser feitas em janeiro e foram concluídas em junho de 2009. Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (Iped) apresentados pelo estudo, em 2009 Portugal registrou 10 mil brasileiros desempregados. Em 2008, este número variava entre 6 mil e 8 mil imigrantes.
Segundo Catarina Egreja, pesquisadora da Universidade Técnica de Lisboa, os brasileiros têm sido cada vez mais afetados pela falta de emprego em Portugal. Para João Peixoto, que também participou da organização da pesquisa, o resultado indica que o acesso ao mercado de trabalho está mais restrito para os novos imigrantes brasileiros. “A ilusão é menor do que há cinco anos", diz.
No primeiro trimestre de 2009, ano de conclusão da pesquisa, Portugal registrou índice de desemprego de 9,1%. Entre os brasileiros, o indicador era de  17,7%.
A situação mais grave é entre as mulheres brasileiras no país: 18,3% afirmaram estar sem trabalho -- mais que o dobro das que estavam nessa situação quando saíram do Brasil, 8,2%. Entre os homens, o nível de desemprego era de 13,3%; quando saíram do Brasil, o índice era de 7,5%. Mais da metade dos pesquisados já ficaram algum período sem trabalhar desde a chegada a Portugal.
Remessa de dinheiro diminuiu
Quem deixou o Brasil para fazer a vida em Portugal reconhece que a situação piorou. A remessa de dinheiro dos imigrantes brasileiros para os familiares que estão no Brasil diminuiu, segundo a pesquisa.
Em 2006, segundo dados do Banco de Portugal (equivalente ao Banco Central brasileiro), os imigrantes enviaram para o Brasil 349 milhões de euros. A partir de então, pela primeira vez, as remessas começaram a diminuir.

Em 2008, foram 332 milhões de euros enviados. Em 2009, 310 milhões de euros.
"Estou tentando mandar alguma coisa para minha família, mas não consegui juntar dinheiro", diz Dirlei Ravalho, de 47 anos, ex-comerciante no Brasil, que há 3 anos abriu um estabelecimento em Lisboa.
"Se for para vir hoje para ganhar dinheiro, não vale a pena", diz Ivanise Baldicera, de 42 anos, bancária no Paraná, funcionária de salão de beleza em Lisboa.
A diminuição do câmbio -- que chegou a quase R$ 4 em 2003 e caiu para R$ 2,34 hoje -- também torna o envio menos vantajoso.
"Antigamente eu mandava bastante, mas o euro caiu muito", afirma Ivone Pinheiro, de 56 anos, que trabalha das 5h às 22h em dois empregos.
Na terça-feira (19), Paulo Machado, de 29 anos, aguardava na fila da Segurança Social portuguesa, onde se concedem benefícios sociais. Está sem emprego desde o início de julho e, recentemente, vem consultando a mãe, no Brasil, sobre a situação no país.
"Ela diz que não está ruim não, mas não sei se é para eu voltar", conta.
No último emprego, trabalhando 56 horas semanais, ganhava menos de dois salários mínimos do país.
Alguns brasileiros, no entanto, conseguem ajudar no sustento dos parentes trabalhando como autônomos. “Quando eu era empregado, não conseguia mandar dinheiro. Agora sim”,  diz Eliomar Passos, de 24 anos, que prepara e entrega refeições prontas.

Contratos de curta duração
Quase 25% dos entrevistados que conseguiram empregos têm contratos de curta duração (de 3 a 12 meses), trabalham acima de 40 horas semanais e recebem menos de 900 euros mensais. Os setores mais procurados são o comércio e os serviços (como restaurantes, transportes e hotelaria), construção e serviços domésticos.
Os pesquisadores chamam a atenção para o fato de a maioria dos trabalhadores não qualificados -- 21,2% do total de entrevistados -- possuírem ensino médio, superior ou mesmo um grau mais elevado -- como mestrado e doutorado. Na média, com a imigração, a proporção de trabalhadores menos qualificados sobe e a de mais qualificados cai, na comparação com a situação dos entrevistados no Brasil e em Portugal.
Professora com magistério no Brasil, Neusa Silva, de 49 anos, trabalha como vendedora em um minimercado. No fim de semana, faz um trabalho pontual como promotora de produtos de estética.
"Como as pessoas me conhecem, faço companhia para os filhos e cubro férias do pessoal da limpeza na faculdade", diz. "Já trabalhei em até três empregos." Segundo ela, o valor da hora da trabalhada caiu para menos da metade. "Em 2001, eram 10 euros. Agora está a 4,5 euros”, diz.
Ainda em seu primeiro mês em Portugal, Samuel Lima, de 25 anos, conseguiu uma vaga de vendedor porta a porta de uma empresa de TV a cabo. Sem salário fixo, recebe de acordo com a produtividade. "Formei-me em direito no Brasil e estou fazendo mestrado na Universidade de Lisboa. Fico aqui dois anos, garantido. Depois, ainda não planejei."
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Religiosas participam de capacitação contra tráfico de pessoas

Salvador (BA), O encontro de religiosas da Rede Um Grito pela Vida, que capacitou 27 pessoas das regiões Norte e Nordeste do país, para atuarem na prevenção ao tráfico de seres humanos. A atividade foi realizada no último dia 14 e teve um resultado positivo, segundo afirmou a integrante da articulação brasileira da Rede Um Grito pela Vida, irmã Gabriella Bottani.
O objetivo do encontro foi o de capacitar agentes multiplicadores de prevenção do tráfico de pessoas e também promover o fortalecimento da Rede na região. Segundo irmã Gabriella, os estados de Rondônia e Pará, na região Norte, e Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Maranhão, na região Nordeste, foram representados no encontro.
Ela disse que "a sensação foi muito positiva e que saiu do evento com muita esperança", já que teve uma significativa participação da região Norte, que segundo ela, apresenta uma situação preocupante quanto ao tráfico humano. Ela acredita que as agentes multiplicadoras poderão ainda, ao realizarem o trabalho educativo, minimizar a dificuldade de comunicação existente na região.
Ela explicou que após esta formação, as participantes devem formar núcleos em suas áreas de atuação, para repassar o que aprenderam para outras pessoas, e assim, poderem alcançar diferentes comunidades que serão prevenidas e alertadas quanto aos perigos do tráfico de seres humanos. "É preciso ter uma presença capilar, ou seja, estar presente em diferentes lugares, para conscientizar o máximo de pessoas possível", afirmou.
Durante o encontro foram realizados estudos sobre tráfico de pessoas, a partir de material educativo, reportagens e também estudos bíblicos. Uma das questões consideradas mais urgentes de se enfrentar, de acordo com a Rede, foi a exploração sexual de mulheres e crianças e o "sistema que massacra a vida".
Também foram utilizados dados oficiais da Organização Internacional das Migrações (OIM) sobre este crime transnacional, além de dados da Pesquisa nacional sobre tráfico de mulheres, crianças e adolescentes (PESTRAF, 2002) que aprofunda os conceitos básicos inseridos nesta problemática.
Irmã Gabriella adiantou que está previsto para 2011, um encontro de religiosas em Foz do Iguaçu, no Paraná, que deve fortalecer e ampliar ainda mais a atuação da Rede Um Grito pela Vida. "As pessoas estão percebendo como é importante o trabalho da vida religiosa, e estamos abrindo espaço também para os leigos participarem", disse.
A Rede Um Grito pela Vida está vinculada à Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e atua na prevenção ao Tráfico de Seres Humanos com trabalhos de sensibilização e conscientização, sobretudo, junto às comunidades e público mais propensos a serem vítimas deste crime organizado. Apesar do caráter religioso, a Rede está aberta para participação de leigos e leigas, que estejam interessados (as) em contribuir com este trabalho preventivo.
Para acompanhar a Rede, acesse: http://redeumgritopelavida.blogspot.com/

Tatiana Félix

Relatório Tendências Globais 2009


A população de pessoas forçadas a deslocar devido a conflitos e perseguições no mundo totalizava, ao final de 2009, 43,3 milhões – o maior número desde a metade dos anos 90. Entre elas estão 15,2 milhões de refugiados (47% mulheres e meninas), 27,1 milhões de deslocados internos e cerca de 01 milhão de solicitantes de refúgio.
Ao final de 2009, cerca de 36,5 milhões de pessoas estavam sob os cuidados do ACNUR, majoritariamente refugiados (10,4 milhões) e deslocados internos (15,6 milhões). Outros grupos importantes são: apátridas (6,6 milhões), deslocados retornados (2,2 milhões), solicitantes de refúgio (983 mil) e repatriados (251 mil).
Entre os grupos sob os cuidados do ACNUR, o maior aumento foi entre os deslocados internos: mais de 1,2 milhão de pessoas entre 2008 e 2009, devido a conflitos na RDC, Paquistão e Somália. Esta população atingiu um nível recorde em 2009. O número de refugiados se manteve estável – queda inferior a 1%.
80% dos 15,2 milhões de refugiados do mundo vivem em países em desenvolvimento, sendo que mais da metade desta população reside em áreas urbanas.
A persistência de conflitos armados impede o retorno de refugiados a seus países de origem e aumenta sua permanência nos países de asilo. As repatriações voluntárias registradas em 2009 (251 mil) foram as menores dos últimos 20 anos, e as situações prolongadas de refúgio (grupos de pelo menos 25 mil pessoas há mais de cinco anos no exílio) já representam mais da metade dos refugiados sob os cuidados do ACNUR.
Mais de 128 mil casos foram submetidos para reassentamento em 2009 – o maior dos últimos 16 anos. Mais de 84 mil pessoas foram reassentadas no ano passado.
Aumento preocupante de pedidos de refúgio por crianças desacompanhadas ou separadas: 18.700 casos registrados em 2009, sendo 81% deles na Europa.
Principais países de asilo em 2009: Paquistão (1,74 milhão de refugiados), Irã (1,07 milhão), Síria (1,05 milhão), Alemanha (593,8 mil), Jordânia (450,8 mil), Quênia (358,9 mil) e Chade (338,5 mil). Cerca de 80% dos refugiados vivem em na mesma região dos seus países de origem;
Principais países de origem de refugiados em 2009: Afeganistão (2,88 milhões), Iraque (1,78 milhão), Somália (678,3 mil), RDC (455,9 mil), Myanmar (406,7 mil) e Colômbia (389,8 mil). Um em cada quatro refugiados do mundo é do Afeganistão.
Tendências regionais
África
Na África Subsaariana, o número de refugiados diminuiu pelo 9º ano consecutivo: 2,1 milhões ao final de 2009 (queda de 1,5% em relação a 2008). Esta diminuição é resultado da naturalização de 155 mil refugiados do Burundi na Tanzânia, e da repatriação voluntária para a RDC (44,3 mil), Sul do Sudão (33,1 mil), Burundi (32,4 mil) e Ruanda (20,6 mil);
Novos conflitos e violações dos direitos humanos na RDC (província de Equateur) e na Somália levaram a novos fluxos de refugiados e ao deslocamento de 277 mil pessoas, principalmente para a República do Congo (94.000) e o Quênia (72.500).
A África do Sul é o maior destino dos solicitantes de asilo no continente africano, com mais de 222 mil novos pedidos individuais de refúgio registrados em 2009.
A África abriga 40% do total de deslocados internos do mundo. Os principais países com deslocados internos no continente são a RDC (2,1 milhões de novos deslocados internos registrados) e a Somália (com 300 mil novos deslocados, de um total de 1,55 milhão). No Sudão, esse número chegou a cerca de 01 milhão ao final de 2009.
Ásia e Oriente Médio
Refugiados iraquianos e afegãos representam quase metade de todos os refugiados sob responsabilidade do ACNUR no mundo.
Quase todos refugiados no Paquistão e no Irã são provenientes do Afeganistão.
57,6 mil refugiados regressaram para o Afeganistão em 2009 – os níveis mais baixos em oito anos. Mais de 5,3 milhões de refugiados afegãos – quase 20% da população do país – voltaram para casa desde 2002.
Por nacionalidade, o maior número de novos pedidos de asilo foi apresentado por indivíduos provenientes de Myanmar (48.600) e Afeganistão (38.900).
Europa
Abriga 16% da população mundial de refugiados em 2009 (0,9% a mais que em 2008). Principais grupos vêm do Iraque, Sérvia e Turquia.
Reino Unido registrou o maior número de pedidos de refúgio (3.000) de crianças desacompanhadas e separadas – 1.200 pedidos a menos, se comparado com 2008.
Américas
A população de refugiados aumentou 1,1% devido principalmente à concessão do status de refúgio para 26.200 colombianos no Equador em 2009 – resultado do Programa de Registro Ampliado.
Estados Unidos e Canadá admitiram 79 mil e 12,5 mil refugiados em 2009, respectivamente.
Os Estados Unidos concederam cidadania a 55,3 mil refugiados.
A Colômbia tem 3,3 milhões de pessoas deslocadas internas registradas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Prêmio Jaime Wright a Paulo Illes Cami

Categoria Institucional - Movimento de Organização Comunitária (MOC)

O Movimento de Organização Comunitária (MOC) é uma associação sem fins lucrativos, reconhecido como filantrópica pelo Conselho Nacional de Assistência Social. Sediada em Feira de Santana, no semi-árido baiano, sua atuação se desenvolve através de programas voltados para a formação de pessoas/lideranças, fortalecimento de organizações/instituições populares e a interferência em espaços onde se dão a construção, elaboração e controle social de políticas públicas: Educação do Campo, Fortalecimento da Agricultura Familiar no semi-árido, incluindo-se ações de assistência técnica, crédito, beneficiamento da produção e comercialização, numa linha solidária; Água e Segurança Alimentar e Nutricional; Comunicação, enfatizando-se a democratização da comunicação na região e a divulgação das ações do MOC e seus parceiros, na região e fora dela; Políticas Públicas, com ênfase no fortalecimento das organizações da sociedade civil para uma interferência forte e consistente nas políticas públicas; Gênero, com acentuação para o fortalecimento da representação das mulheres nos vários espaços e a inserção da dimensão de gênero nas ações do MOC e naquelas das entidades da região; e o Programa de Direitos das Crianças e Adolescentes, que trata-se de um programa recém-criado no MOC e que objetiva debater e criar condições para o desenvolvimento que se desenvolva nos territórios do sisal e do jacuípe ambiente favorável aos direitos das crianças e adolescentes, tanto controle social das políticas existentes neste campo, quanto na criação de outras políticas.

Categoria Personalidade – Paulo Illes

Paulo Illes nasceu no Paraná mas migrou ainda criança para o Paraguai. Fez filosofia no Brasil e atualmente é Coordenador do Centro de Apoio ao Migrante - CAMI, em São Paulo (SP) e Coordenador Internacional do Espacio Sin Fronteras (ESF ). Também é membro do Serviço Pastoral l dos Migrantes, uma das Pastorais Sociais da CNBB e faz parte do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial das Migrações, cuja quarta edição acaba de ser realizada em Quito, Equador.
No CAMI, há cinco anos, desenvolve um exemplar trabalho de defesa e promoção dos direitos dos imigrantes, principalmente com os bolivianos que trabalham nas oficinas de costura, onde por diversas vezes ele denunciou, não sem correr riscos, a existência de trabalho escravo, pessoas trabalhando até 18 horas por dia, comendo, morando e trabalhando no mesmo local. O trabalho consiste também na regularização da documentação dos imigrantes, sendo que por ocasião dos tratados de residência e da anistia, foram atendidos mais de 30 mil imigrantes.
Desenvolve trabalho de incidência juto ao poder público federal no sentido de elaborar a Nova Lei da Migração que seja de acordo com os Direitos Humanos. O trabalho de incidência é exercido também internacionalmente através do Espaço Sem Fronteiras, organismo que ele fundou há dois anos e que articula estudiosos, pesquisadores, entidades e movimentos sociais da America Latina, que se dedicam à causa dos imigrantes.

Categoria Menção Honrosa – Movimento 11 de dezembro

O movimento 11 de Dezembro foi criado pelas famílias das vítimas da explosão de uma fábrica clandestina de fogos em Santo Antônio de Jesus, a 180 km de Salvador. O acidente ocorreu em 1998 e matou 62 mulheres e duas crianças. Em 1999 o Movimento foi criado para garantir os direitos das vítimas e a punição dos donos da fábrica de fogos de artifício. O movimento é apoiado por ONG´s da Bahia e do Rio de Janeiro. 42 famílias foram vítimas direta e indiretamente da explosão. Até o momento, nem o dono da fábrica clandestina, Osvaldo Prazeres Bastos, nem o Estado ou a União foram condenados nos processos que tramitam na Justiça.

Serviço de imigração usa mídia social para descobrir casamentos arranjados

Memorando do Departamento de Segurança Interna incentiva agentes a checar informações sobre uniões suspeitas
Agora é oficial. Um memorando do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos encorajou seus agentes a se tornarem ‘amigos’ ou ‘seguidores’ – no Facebook e no Twitter, respectivamente – de pessoas que estão aplicando para a cidadania através de casamento com um cidadão, como forma de obter mais informações sobre a veracidade da união. A informação foi divulgada por uma ONG baseada em San Francisco (Califórnia), a Electronic Frontier Foundation, que defende o direito à privacidade nos meios eletrônicos.
A entidade descobriu, através da obtenção de documentos, que o governo americano mantém um programa de monitoramento de redes sociais e sites de internet, incluindo aí também o MySpace. O Centro de Monitoramento de Redes Sociais (SNMC, na sigla em inglês) seria um setor dentro do Departamento de Segurança Interna com a função de investigar casos suspeitos.
Os rumores de que o Serviço de Imigração monitora as mídias sociais não é novo, mas esta foi a primeira vez que há a alegação de um documento oficial sobre o assunto. A advogada da Electronic Frontier Foundation, Jennifer Lynch, criticou a ação do governo, já que o objeto da investigação é um material pessoal. “É antes de tudo antiético”, lamentou.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

“La mujer cuando halla trabajo encuentra un nivel de autoestima y libertad que no conocía”

El psiquiatra italiano Roberto Beneduce nos habla de los peruanos en Italia. El especialista participa en el Congreso de Psicoterapia Psicoanalítica Entre el Deseo y la Realidad que se realiza en Lima y es fundador del Centro “Franz Fanon”, dedicado a la ayuda psicológica y a la promoción de la salud de los inmigrantes y otras minorías en Italia.
¿Hay diferencias notorias entre pacientes de diferentes razas?
Hay diferentes idiomas del sufrimiento porque es construido de manera inherente a la historia. El sufrimiento del italiano no es el mismo sufrimiento de un peruano o de un hombre de África. Tiene su idioma para comunicarse, al mismo tiempo el sufrimiento es universal. Se tiene que reconocer la diferencia de los idiomas. Tenemos la necesidad de familiarizarnos con diferentes idiomas. Esta es la condición para encontrar al otro, para trabajar de manera eficaz con su sufrimiento.
¿Podría graficar en las diferencias del sufrimiento italiano, del latino, del peruano, del africano?
Yo sé que los peruanos tienen su problema de nostalgia, de separación, de miedo, de soledad. Yo conozco sus palabras. Una palabra para decir muchas cosas juntas. La depresión es una categoría muy cotidiana para mí, mas no necesariamente para todo el mundo. Cada enfermo construye su sufrimiento en su idioma en una historia cultural muy compleja. El profesional tiene que hacerse familiar con esta perspectiva cultural que no es imaginar una cultura como enterrada y siempre la misma en el tiempo. El profesional tiene que conocer otros idiomas del sufrimiento, otras experiencias de sufrimiento. En mi experiencia, la mujer que llega de Nigeria puede hablar de brujería sin sentirse como una primitiva y encuentra una posibilidad de ser una mujer enferma y ser liberada de su enfermedad… Hay muchas palabras para compartir el sufrimiento. El objetivo de la psiquiatría es construir muchos idiomas, muchas estrategias de comunicación.
¿El sufrimiento de un paciente de un país subdesarrollado con otro paciente de un país desarrollado es diferente también?
Claro, tenemos que imaginar historias diferentes, caminos diferentes y las variables son infinitas. Yo estoy dando ejemplos fuertes para dar una idea de las diferencias de los idiomas. En Italia encontramos inmigrantes que tienen una historia muy diferente. Un estudiante que llega de Lima tiene una historia distinta a la de una mujer que llega de Lagos o un refugiado de Sudán.
Sus pacientes son inmigrantes latinoamericanos y africanos. ¿Ellos cómo se acercan a usted?
Los inmigrantes llegan el centro en que trabajo porque son enviados por instituciones de curaciones de manera espontánea porque saben que hay un grupo de psicoterapeutas, psicólogos clínicos ayudados por traductores que pueden facilitar el encuentro y el respeto de los imaginarios de los idiomas. Es un centro abierto que no hace diferencias entre los inmigrantes con o sin visa y es gratuito. Es un refugio.
¿Cuál es la característica del sufrimiento del peruano?
Hay tres problemas que encuentro con una frecuencia importante. En Italia muchas mujeres peruanas llegaron y después los hombres y los niños la siguieron. Hay historias que no son paralelas porque hay una fractura entre la mujer que llega a Italia y los demás. Es una fractura difícil de componer. Encontré adolescentes que expresaron su deseo de regresar al Perú. Significa que el deseo de los padres no coincide con el de toda la familia. El deseo de los padres no coincide con el deseo de los hijos. El imaginario y la autorepresentación del migrante es muy complejo. La mujer dice que está buscando trabajo. No es sólo eso, es una posibilidad de autonomía para escaparse a problemas de violencia familiar y privada. Esta mujer cuando haya trabajo encuentra un nivel de autoestima y libertad que no conocía antes en su familia. Es difícil para esta mujer compartir esto con su hombre y su país. Es un problema moral, político y psicológico muy complejo. Por eso muchas parejas se rompieron. La mujer no quería reconciliarse cuando encontró otra manera de ser mujer en un país lejano. También existe el problema de la depresión que se manifiesta con el alcohol. Muchos peruanos tienen este problema. También el problema de las pandillas que se manifiesta mucho en Italia.
¿Es difícil que un peruano llegue a ser feliz yéndose a otro país?
Es un proceso, aunque puede sufrir depresión y nostalgia luego puede adaptarse. El profesional tiene que construir una relación fuerte con el sujeto migrante respetando su idioma, su historia y reconstruyendo un camino que no ha sido imaginado por su familia y por el sujeto mismo. El sujeto que migra tiene que reconstruir su historia solo y necesita un aliado. Tiene que descubrirse. Todos siempre luchan con la ilusión de lo que no saben ser. El migrante dice a su familia que quiere buscar trabajo mas su deseo es algo que no conoce. Va a descubrir su deseo en su vida.
¿Por qué descubre su deseo allá y no acá?
Es una pregunta muy fuerte. No puedo dar una sola respuesta. Nosotros no sabemos dónde nuestro deseo se construye o toma su forma. Podemos decir que hay momentos sociales históricos que son más difíciles porque nuestros deseos pueden tomar forma. La sociedad peruana no ayuda a definir aquí la forma del deseo. Hay contradicciones económicas y familiares que contribuyen a impulsar a los individuos a buscar en otros sitios una vida mejor.
Entrevista extraída del diário la primeraperu.com

NO AL RACISMO

Acaba de presentarse el Informe Anual 2010 sobre el racismo en el Estado español publicado por la Federación de Asociaciones de SOS racismo. Un documento que destaca, entre otros puntos, aspectos relacionados con la Unión Europea, el Pueblo Gitano, el tratamiento de los menores extranjeros, el abuso de las autoridades.
Sobre la Unión Europea el texto denuncia el avance del racismo institucional con el control de los flujos migratorios y el endurecimiento de las leyes de extranjería en los países de la UE, el aumento de la islamofobia y el auge de la extrema derecha en países como Hungría, Rumanía, Austria y Holanda.
En relación con el pueblo gitano, se denuncia la persecución de los romaníes en Italia, España Hungría, Eslovaquia, Chequia e Irlanda.
Asimismo, se detalla lo que ocurre en el Estado español en la materia, que se manifiesta en el recorte de los derechos en el contexto de crisis con el extremo control de las fronteras además de los centros de internamiento y el limbo jurídico en el que se encuentran las personas allí encerradas. Por otro lado, en el informe se da cuenta de denuncias en el tratamiento que las instituciones brindan a estos menores extranjeros.
SOS racismo también encuentra problemas en el terreno discursivo a través de constantes mensajes políticos en los que se señala a la población inmigrante como responsable de la crisis.
El contexto de recesión castiga con especial virulencia al colectivo inmigrante. Las personas en situación irregular son las más explotadas, además de que han aumentado los accidentes de trabajo en los que interviene el trabajador extranjero

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Programa Latinoamerica no Ar




Em el programa Latinoamerica no Ar esta semana estuvo Paulo Illes del Cami , la Presidenta de la Asociacion de Arte Cultura Andina Peru Inca Tania Illes, como tambien la agrupacion musical desta asociacion todos peruanos, juntos estuvieron en el IV Foro Social Mundial de las Migraciones que se realizó en Quito Ecuador entre los dias 8 al 12 de octubre , Paulo hace una reseña de lo que fue este encuentro de movimientos sociales donde el actual escenario internacional atraviesa por una crisis estructural del modelo civilizatorio capitalista, neoliberal y patriarcal, en que el modelo está comandado por las grandes corporaciones multinacionales y algunos gobiernos que se mueven en el marco de la internacionalización y la financiarización del capital que en su afán de acumulación desmedida profundizan la degradación ambiental y la precarización laboral, tambien destaca que las economías del sur global (África, Asia y América Latina), antes de la crisis experimentaron un importante crecimiento económico basado en la exportación de materias primas, reafirmando el papel histórico de estos países como proveedores de recursos naturales y energéticos. Este crecimiento trajo consigo la expulsión de millones de personas, sin opciones de un verdadero proceso de desarrollo económico y social integral. El modelo funcionó para el gran capital industrial y financiero mientras las economías receptoras estaban en condiciones de absorber esta inmensa corriente migratoria, pero ahora, cuando la crisis persiste y en el norte se prioriza restablecer la rentabilidad de las grandes corporaciones, se evidencia más que nunca la falta de sustentabilidad del modelo, que pone en peligro la vida, la reproducción de la vida, la existencia misma de la humanidad y del planeta em este encuentro se trataron temas vigentes,como Crisis global y flujos migratórios , Derechos humanos y migraciones, Diversidad, convivencia y transformaciones socio-culturales, Nuevas formas de esclavitud, explotación humana y servidumbre, y Propuestas, demandas y desafios .
La agrupación musical arte cultura Andina Peru Inca , destaco la importância de participar en este fórum donde ellos tocaron como musicos invitados al evento, y mostraron toda su riqueza musical latina de contenido social y politico y ellos también son imigrantes . en el programa ellos tocaron em vivo musicas Del folclore latino americano .

Niños colombianos desplazados

Los directores colombianos Jairo Carrillo y Oscar Andrade, de la película animada Pequeñas Voces cuentan con entrevistas y dibujos de una generación de niños desplazados internos (8 a 13 años de edad) que han crecido en medio de la violencia en Colombia. Las entrevistas muestran como perciben su realidad y las historias han sido ilustradas y animadas con base en los dibujos originales de los niños. Este trabajo de siete años ganador de la convocatoria del Fondo para el Desarrollo Cinematográfico de Colombia, se convierte en la primera película de animación que ha participado en el Festival Internacional de Venecia.
Sobre la base de tu proyecto, ¿Cómo el conflicto armado en Colombia es
visto desde la óptica de los niños?
Una de las cosas que más me llama la atención, es que los niños ven este conflicto armado sin tintes ideológicos y ven la situación desde un punto de vista ingenuo y desde el corazón. Es así como un niño ve que toda persona que tenga un arma le produce temor, y no diferencian entre quienes son los portadores de las armas.
¿Es tan diferente de la visión que tiene un adulto?

Si ya que nosotros como adultos vemos la situación con puntos de vista ideológicos y con racionalidad, ellos no lo ven así sino que lo ven desde un punto de vista con sentimiento. Como un adulto al ser desplazado podría decir que lo que más le duele son la lejanía de la tierra y su salario, por el contrario, un niño en esta situación lo que más le duele es la despedida de sus perros. Como los adultos vemos el campo como una relación de trabajo y sustento los niños lo ven como una parte intrínseca de su ser.
¿Cómo surgió la idea de este cortometraje animado sobre un tema tan sensible que mucha gente evita de hablar o habla poco?

Estuve trabajando mucho en Inglaterra en colegios haciendo animaciones con los niños, y sentí la imperiosa necesidad de contar las historias de nuestros niños y como ellos ven esta situación, como es su relación con el mundo que los circunda. Es por eso que decidí volver a Colombia a hacer las entrevistas y contar esta historia, ya que es muy importante dejar testimonios de lo que está pasando en nuestra época.
¿Cómo recopilaste el material? ¿Qué método has utilizado?

La idea fue fácil, reuníamos a varios niños desplazados y les decíamos que dibujaran por qué estaban aquí en Bogotá, después les pedíamos que nos explicaran sus dibujos y tocaba encontrar historias dramáticamente interesantes.
¿Cómo ve usted la situación de los jóvenes desplazados internos en Colombia? ¿Tienen un futuro?

El futuro tiene que ofrecer más incentivos y oportunidades, esto es lo más difícil: darles oportunidades a los jóvenes, lo que yo percibí es que ellos llegan en una situación bien precaria. Creo que debería haber una inversión bastante fuerte por parte del Gobierno, de las empresas privadas y de la sociedad en general. Que el problema lo asumamos nosotros como sociedad y no dejarle todo el problema al Estado. Es importante que el Estado intervenga y se comprometa, pero la sociedad también.
¿Es difícil en su país hablar del desplazamiento interno? ¿Fue difícil por el tema tratado encontrar a un patrocinador?

Verdaderamente fue bastante difícil, presenté el proyecto a muchas organizaciones nacionales humanitarias, y a la gente le gustaba, pero nunca se tomó ninguna decisión a favor. Paradójicamente el proyecto fue avalado por comités cinematográficos internacionales.
¿Piensa que la película puede ser bien seguida por parte de niños y niñas de otros países?

Esa es la esperanza, lo importante con un producto como estos visuales es encontrar los mecanismos para que se difundan internacionalmente, y pues en esas estamos: encontrar alguna ONG internacional que nos apoye el proyecto y podamos trabajar conjuntamente.
Su film ha sido seleccionado para competir en el reconocido Festival de Cine de Venezia, ¿Qué representa para el cine colombiano?
Primero, es la primera animación en Colombia que entra a un Festival de esta importancia y yo creería que es la primera animación latinoamericana que entra a esta clase de eventos. Es un gran logro para el cine colombiano y al ser seleccionada en una categoría que no es de animación es mucho más fuerte porque la seleccionaron no por la técnica sino por la virtud cinematográfica. Llegar ahí con la película es lo más grandioso que le puede pasar a una película como arte. Ahora creo que lo importante es que se pueda convertir esta película en un mecanismo social de sensibilización y educación.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rechazan a otra argentina en España: es una docente universitaria

El Ministerio de Educación de la Nación denunció que por el estrés perdió un embarazo de tres meses. Tenía invitación y una beca, pero en el aeropuerto de Barajas la demoraron y la expulsaron.
Hubo otra expulsión de una argentina en España, aunque en este caso más grave. Se trata de una profesora universitaria invitada por un catedrático ibérico y becada por el Ministerio de Educación argentino. La mujer estaba embarazada de tres meses y, según sostiene, lo perdió a raíz de los trastornos causados por la situación.
Horacio Fazio, director del Colegio Mayor Argentino, casa de la cartera que alberga a alumnos, docentes y profesionales argentinos que visitan o estudian en España, dijo que "es la primera vez, en 40 años que existe la institución en convenio entre ambos gobiernos, que sucede algo así".
El directivo contó que María Cecilia Tonón, profesora de Historia de Universidad Nacional del Litoral, fue "demorada e incomunicada cuatro horas y despachada de regreso en el avión".
Fazio, ex subsecretario de Políticas Universitarias del ministerio de Educación, explicó que la docente "fue invitada por el catedrático de Historia contemporánea, de la Universidad Complutense de Madrid, Julio Aróstegui, en una suerte de intercambio por dos meses". Agregó que "el Gobierno argentino le pagó el viaje de ida y vuelta y la estadía en el Colegio Mayor".
"La invitación a Tonón fue institucional, llevaba mi firma, que como Director del Colegio tengo el rango de 'ilustrísimo', en el marco del programa de Movilidad Docente y Estudiantil del ministerio de Educación, y pensábamos traer a 100 profesores regulares más a España por dos meses", continuó el funcionario argentino.
Consultado sobre los requisitos que le pidieron en Madrid a la profesora, manifestó que "no dijeron nada concreto, le hablaron de una visa como estudiante, y hasta ahora en 40 años nadie pedía una visa para una estadía menor de tres meses y los becados nunca la necesitaron".
Para Fazio, "la estrategia es dejar pasar el tiempo para que vuelva a salir el avión que te trajo y meterte adentro". "Me permito preguntar, ¿quién se hace responsable de tamaña aberración?", sostuvo Fazio, y lanzó: "¿Ante quién hay que reclamar, quién tiene que hacerlo?".
El funcionario señaló que el episodio "nos puso la piel de gallina", ya que supo además que la docente "estuvo cuatro horas demorada e incomunicada en una pieza sin ventanas en el subuelo del Aeropuerto de Barajas (Madrid) por la policía de Frontera". Los efectivos, advirtió, se rieron "constantemente" de la docente.
Tonón, por su parte, en una carta dirigido a Fazio al regresar a Argentina expresó: "Me encontraba en el tercer mes de mi embarazo, posiblemente por los efectos del stress y de los 22.000 kilómetros realizados en tan sólo 36 horas, tuve contracciones y algunas pérdidas al llegar, y mi médico me dictaminó reposo absoluto al menos por 15 días", aunque la gestación se interrumpió ayer.
"A esta situación, le tengo que sumar el desánimo moral y el terror, terror, de que si vuelvo a ir en breve me pase lo mismo, porque me piden no sé qué otra cosa, o porque creen que soy 'peligrosa' si protesto o no sé qué, tengo miedo, sinceramente, estoy con la voluntad quebrada", agregó.

Activistas presionan por cambios migratorios

Organizaciones no gubernamentales impulsan transformaciones de fondo en el sistema de migraciones de México aprovechando la crisis provocada por la masacre de extranjeros indocumentados en Tamaulipas.
“La posición de las autoridades migratorias no muestra una real perspectiva de derechos humanos y no responde a la realidad que vive el país en esta materia”, dijo a IPS Diana Martínez, sub-coordinadora de defensoría de la no gubernamental Sin Fronteras, dedicada a la asesoría legal de inmigrantes irregulares y a la promoción de sus derechos.
El asesinato de 72 inmigrantes en la localidad de San Fernando, en el nororiental estado de Tamaulipas, cuyos cuerpos fueron hallados el 24 de agosto, desató la peor crisis migratoria conocida en este país.
La matanza, a la cual sobrevivieron al menos un ecuatoriano, un hondureño y un salvadoreño, llevó finalmente a la renuncia de Cecilia Romero al cargo de comisionada del Instituto Nacional de Migración (INM).
Romero, ex senadora del gobernante Partido Acción Nacional, se había aferrado al puesto que asumió el 6 de diciembre de 2006, pero la olla a presión en que se ha convertido el fenómeno migratorio hizo insostenible su permanencia al frente de esa repartición dependiente de la Secretaría (ministerio) de Gobernación.
Al igual que sus predecesores, Romero poco pudo hacer para disminuir la corrupción que afecta al INM, relacionada con el tráfico de personas indocumentadas en ruta hacia Estados Unidos, y para combatir los abusos que éstos sufren a manos de agentes migratorios, policías y bandas criminales, según múltiples denuncias.
La decisión tomada el martes 14 fue el fusible que el gobierno de Felipe Calderón hizo saltar para apaciguar el disgusto de los presidentes Álvaro Colom, de Guatemala, Mauricio Funes, de El Salvador, y Porfirio Lobo, de Honduras, quienes en la última semana llegaron a México en busca de explicaciones y acciones en resguardo de sus connacionales a su paso por este país.
Al menos 31 cuerpos han sido identificados en medio de una tarea que resulta sumamente difícil, entre los cuales hay 12 salvadoreños, cuatro guatemaltecos y un brasileño.
“La salida de Romero es una victoria para los defensores de los inmigrantes”, destacó ante IPS Rubén Figueroa, protector de los indocumentados en la localidad de Huimanguillo, en el sudoriental estado de Tabasco.
Anualmente, unos 500.000 latinoamericanos atraviesan México en dirección a Estados Unidos, según cifras de expertos y organizaciones no gubernamentales.
A su paso, se topan con detenciones arbitrarias, extorsiones, robos, violaciones y secuestros, especialmente a manos de Los Zetas, una agrupación criminal que domina el secuestro de inmigrantes irregulares.
“El Estado mexicano tiene que diseñar una verdadera política de Estado en materia migratoria integral, que no se agote en una gestión de flujos de personas sino que tenga como centro los derechos humanos”, planteó Martínez.
El Senado ya aprobó reformas a la Ley General de Población, de 1974, para que los inmigrantes, independientemente de su estatus legal, puedan presentar denuncias por abusos en su contra y acceder a la justicia.
El ingreso al país sin los documentos requeridos y el suministro de ayuda a los inmigrantes indocumentados ya no son delitos en este país.
En estos momentos, el gobierno preparara una iniciativa de Ley de Migración, que sustituiría a la Ley General de Población.
La iniciativa propone crear un sistema de protección de los derechos de los inmigrantes, tipificar adecuadamente el delito de tráfico de indocumentados y sancionar a las personas que empleen a estos ciudadanos en situación irregular, a semejanza del marco legal existente en Estados Unidos.
Además, estipularía la estadía legal por razones humanitarias de las víctimas o testigos de algún delito y la distribución de competencias de responsabilidades migratorias entre las instancias relacionadas con esa temática.
Organizaciones de defensa de los inmigrantes instaron al gobierno mexicano a autorizar la visita oficial del abogado chileno Felipe González, relator especial de trabajadores migratorios y miembros de sus familias, de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, adscrita a la Organización de los Estados Americanos.
En su informe de marzo de 2009, el relator especial sobre los derechos humanos de los migrantes de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), el mexi
cano Jorge Bustamante, recomendó reformas legislativas para evitar la impunidad de los abusos cometidos contra estos ciudadanos.
Además, sugirió que el gobierno de México informe anualmente el número de detenciones y condenas contra los autores de estos delitos. Bustamante visitó el país en marzo de 2008.
El tema de la matanza ha llegado al Consejo de Derechos Humanos de la ONU, que desarrolla su 15 periodo de sesiones entre el 13 de este mes y el 1 de octubre en Ginebra. Las organizaciones esperan que este cuerpo emita un pronunciamiento en sus conclusiones.
“Si México emprende una reforma migratoria puede dar el ejemplo ante lo que ocurre en Estados Unidos”, planteó a IPS Fernando García, director ejecutivo de la Red Fronteriza para los Derechos Humanos, surgida en 1998 para promover la defensa de las comunidades asentadas en la zona fronteriza entre México y su vecino del norte.
Los más de 12 millones de hispanos que residen sin documentos en Estados Unidos, la mitad de los cuales es de origen mexicano, están a la expectativa de una reforma migratoria que legalice su estadía en ese país, pero cada año esa esperanza se diluye.
“Es el momento para hacer cambios de fondo y que los derechos de los inmigrantes sean respetados” en México, concluyó Figueroa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Sobre lo que alegra sí y muestra que es posible... rescatar otros aspectos de lo mismo

A todos los colegas de PAL
 
Gracias, sí fue un momento donde se muestra la grandeza de lo humano, cuando unido y solidario!  
Es propio de todos y es un ejemplo para todos.
 
Sentí  emoción, como todos  y es  motivo de reflexión hasta ahora.
 
La fuerza de  de nuestros Ethos- el originario el de los pueblos originales, el de la " Pacha Mama" el útero  generador de vida, 
que saca a la luz sus hijos desde el fondo de la tierra, junto al Ethos de Occidente- organización- razón- tecnología, resultados.
Lo mítico con lo tecnológico unidos en una foco común= rescatar  Vida.
 
Es para pensar- y la inspiración no es mía es de Nestor Garcia Canclini que hablaba de los dos ethos..
 
Pero, la verdad nos hace libre...
 
Este es  un aspecto de los humano mostrado allí y debemos apropiarnos todos y todas con alegría...
Pero no olvidemos que los chilenos también tenemos otro aspecto que queda escondido en el fondo de la mina de la negación.
 
Aplaudamos a los mineros por su fuerza , por su valentía, por todo lo que representan estos hombres sal de la tierra, sí.
Escuchemos a los mapuches...también fuerza, coraje, lucha y veamos  como están en carceles por defender esa misma tierra,
esa misma Pacha Mama que generosamente parió a los 33 mineros..  Ellos, Mapu- Che - Hombres de la Tierra, 
 desde el ethos originario defienden lo que es sal y significante de su vida, su Tierra, ahí son juzgados por la ley anti terrorismo..
La misma que se aplicó en la dictadura. Todavía hoy!!
 
Eso también es Chile merece ser visto y también tener conciencia para ser rescatado.
 

 
Oriana Jara
PAL
 
Em sua famigerada autobiografia Neruda confessa “prosterno-me diante delas [as palavras] amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as...” após me aventurar nas palavras do poeta, ousei rabiscar algumas linhas as quais partilho com todos


Una canción casi desesperada
Esta noche yo también puedo escribir versos muy tristes.
Vacío
Solo.
Sobre mi cama
sediento por tu boca
hambriento por tu cuerpo
ansioso por tu pecho
Mi corazón se pone como um farol em el alto del monte com su luz fuerte para guiarlo hasta mi.
Solo.
Vacío.
Silencioso.
Quedome a tu espera.


Yo no lo se
me gustaria mucho escribir um poema de amor
pero dentro em mi pecho donde estoy acostumbrado a encuentrar palabras
no hay palabras sino un eco
dolor
dolor
dolor
dolor
dolor.

Alexandre Pereira Alves, 31 anos, graduado em Letras pela Faculdade Taboão da Serra e Especialista em Língua Portuguesa e Lingüística pelo Centro Universitário para Osasco, UNIFIEO.

Migración y cambio climático

La emigración indocumentada desde América Latina se ha reducido, pero el impacto del cambio climático provocará que resurja en otro contexto debido al masivo desplazamiento que causará, especialmente entre los grupos más vulnerables, señaló el peruano Teófilo Altamirano en su nuevo libro.
Migración, las remesas y el desarrollo en tiempos de crisis es el título del libro que estudia el factor de la emigración de 2008 a 2010, especialmente a Europa, durante la crisis económica y que Altamirano, profesor en la Universidad Católica de Perú, presentó en Nueva York.
“Mucha gente será desplazada, especialmente en los países más vulnerables” y los más afectados serán los pobres, tanto interna como internacionalmente, lo que llevará a que en unos 15 años el flujo migratorio ocurra en otro contexto, advirtió Altamirano, cuyo libro fue publicado con el apoyo del Fondo de Población de las Naciones Unidas.
Recordó que ya varios países sufren la falta de agua y el derretimiento de los glaciales por el calentamiento de la atmósfera, entre ellos Perú, que tiene más del 70 por ciento de los glaciares andinos y que desde 1980 ha perdido más del 20 por ciento de esta superficie por el efecto invernadero.
“La migración ya no va a ser por la necesidad económica sino por los efectos del cambio climático, y va a ser mucho más serio porque es una migración forzada, sin retorno porque los campos estarán secos. Eso está ocurriendo ya en México”, afirmó Altamirano, quien durante dos décadas ha estudiado la emigración.
Esa emigración “será irreversible a no ser que cuidemos la tierra y tomemos decisiones drásticas, es una pelea de todos”, reiteró el escritor, cuyo libro analiza los desafíos que enfrentan los migrantes en una época de restricciones, crisis económica y desempleo.
El libro describe y compara cuatro experiencias que demuestran que las remesas pueden ser un motor para el desarrollo, la creación de nuevas fuentes alternativas de ingresos para las familias en el país de origen de los emigrantes.
Señala que las políticas adoptadas por países, como los que integran la Unión Europea, para restringir la inmigración e incentivarlos a regresar a su país, tanto a indocumentados como a legales, y la crisis económica ha mermado el flujo migratorio a ese destino.
“En otros libros que he publicado se ve el crecimiento sostenido de la migración, de las remesas y los proyectos de desarrollo de los familiares con apoyo del dinero que reciben “pero, eso se ha distorsionado con la crisis económica y han ocurrido varios cambios”, comentó.
Destacó que a la par con la reducción en la emigración a los países de la Unión Europea y EE.UU, está ocurriendo un movimiento migratorio entre países en Sudamérica.
“La emigración está siendo mucho más fronteriza. Hay una especie de movimiento sur-sur, ya no tanto de América Latina hacia el norte, que siempre era el sueño. Eso también tiene que ver en términos de cómo los países latinos están creciendo”, dijo y señaló como ejemplo a Perú, que “ahora tiene mejor posibilidades de acomodar a esa gente que antes pensaba en irse”.
“Antes, el 70% de los peruanos quería irse y eso se ha reducido a un 30%. Mientras los países de destino están en crisis financiera y de empleo, los otros están teniendo una relativa estabilidad económica y democrática que les permite soñar que no necesariamente hay que emigrar”, afirmó.
No obstante, recalcó que aunque la emigración a países desarrollados se ha reducido continuará porque persisten las disparidades a la vez que se seguirán adoptando políticas restrictivas para detener ese flujo.
En cuanto a las remesas señala cómo han favorecido la micro y macroeconomía y el desarrollo de proyectos sociales como en el municipio de Huancayo en Perú, que recibe el 17% de las remesas a ese país, y donde la Caja Municipal ofrece préstamos por diez veces la cantidad para microempresas o pequeños negocios.
La oficina regional del Fondo de Población de las Naciones Unidas ha comenzado a ofrecer ayuda a mujeres de esa localidad para que tengan la oportunidad de desarrollar su capital humano, estudiar y luego encauzar ese conocimiento, ya sea a través del empleo o de sus propias empresas, dijo a Efe el representante de Perú, Chile y Paraguay ante el organismo, Esteban Caballero

sábado, 16 de outubro de 2010

Treinta y tres cruces que no fueron

El rescate de los mineros chilenos es una lección de vida para la humanidad entera
Lo que les viene ahora es el infierno del espectáculo, de los sets de televisión
Primero fueron las carpas solitarias de los familiares. Llegaron a la mina con banderas, con santitos, con velas de duelo, con fotografías de los padres, de los esposos, de los hermanos, de los hijos enterrados allá abajo. Mientras comenzaba el rescate allí se quedaron, día y noche, rezando, llorando, blasfemando, exigiendo justicia, soportando el viento y el tierral inclemente, el calor durante el día y el frío atigrado de la noche. Y cuando todo hacía suponer que el drama terminaría como siempre, que allí, sobre la mina convertida en fosa común, iban a aflorar 33 cruces de animitas, iguales a las cientos que se alzan a lo largo del desierto chileno, sube desde las profundidades el mensaje que estremece a todos: los hombres están vivos.
Fue el comienzo de un espectáculo de espejismo. Como en un desfile de feria comenzó a llegar una muchedumbre que alborotó la tranquilidad del desierto: payasos de semáforos, predicadores evangélicos, actrices de telenovelas, millonarios excéntricos repartiendo millones como embelecos, modelos, humoristas, políticos, presentadores de televisión y miles de periodistas de los más lejanos países del mundo. Y de la noche a la mañana, en medio de un gran desorden y confusión de lenguas, apareció un pueblo de Babel que en su momento de apogeo tuvo una población de más de 3.000 personas.
La historia del desierto de Atacama está coronada de tragedias (como una larga muralla coronada de vidrios rotos). Huelgas interminables, marchas de hambre, accidentes fatales, mineros ametrallados y cañoneados a mansalva en masacres inconcebibles. Todo esto a causa de una larga data de injusticias laborales, sociales y morales en contra del minero, injusticias que, pese a los años y a ríos de promesas políticas, se han conservado inalterables, como agrias momias atacameñas. Se dice Desierto de Atacama y se entiende drama, explotación y muerte. Por eso ya era hora de que se viviera una epopeya con final feliz. Ya era hora de que la tierra, regada tanto tiempo por la sangre, el sudor y las lágrimas de los mineros, devolviera verdores desde su vientre, devolviera frutos de vida. Aquí sangre, sudor y lágrimas no es una frase vulgar. Yo, que viví 45 años en este desierto, que trabajé en las minas a rajo abierto -solo dos veces y por muy corto tiempo lo hice en minas subterráneas-, lo puedo decir fehacientemente: el desierto de Atacama está regado de sangre, sudor y lágrimas.
El rescate de los 33 mineros de Copiapó, además de un triunfo de la tecnología, se alza desde este desierto como una lección de vida para la humanidad entera. Una prueba de que cuando los hombres se unen a favor de la vida, cuando ofrecen conocimiento y esfuerzo al servicio de la vida, la vida responde con más vida. Aquí no se trabajó buscando oro o petróleo o diamantes. Lo que se buscaba era vida. Y brotó vida, 33 chorros inmensos. Y a los estallidos de aplausos y abrazos y risas mojadas de lágrimas de la muchedumbre en la mina, y del júbilo de campanas y sirenas de las ciudades del país, se sumó la alegría emocionada del mundo entero. Éramos todos seres humanos conmovidos hasta los tuétanos.
Porque a medida que cada uno de los mineros iba subiendo, saliendo, renaciendo desde las entrañas de la tierra, cada uno de nosotros lo sentía como emergiendo desde el fondo de su propio pecho. Fue la celebración total de la vida.
Ya lo he dicho: el desierto está poblado de cruces, testimonios mudos de muerte y desolación. Hagamos por lo tanto de este lugar un homenaje a la vida. No construyamos otro monolito, que son superfluos; no levantemos un monumento, que hay demasiados; no erijamos un santuario, que ya hay los suficientes. Echemos a volar la imaginación y creemos algo nuevo, algo que manifieste a toda la raza humana.
Yo propongo un Elogio de la vida.
Un mensaje para los 33: que les sea leve el alud de luces, cámaras y flashes que se les viene encima. Es cierto que sobrevivieron a esa larga temporada en el infierno, pero al fin y al cabo era un infierno conocido para ellos. Lo que se les viene ahora, compañeros, es un infierno completamente inexplorado por ustedes: el infierno del espectáculo, el alienante infierno de los sets de televisión. Una sola cosa les digo, paisitas, aférrense a su familia, no la suelten, no la pierdan de vista, no la malogren, aférrense como se aferraron a la cápsula que los sacó del hoyo.
Es la única manera de sobrevivir a ese aluvión mediático que se les viene encima. Se los dice un minero que algo sabe de esta vaina.
Para terminar, una oración por ustedes, una oración del poeta iquiqueño Jaime Ceballos, síntesis exacta de lo que acabo de decir:
Oración 33
Señor, tú que sabes
De milagros y esperanzas
No los abandones.
En esta hora del secuestro
Rescátalos de sus rescatadores
No los abandones.
Baja tú antes que los medios
Infórmales antes que sea tarde
No los abandones.
Sácalos de los sets de televisión
Apártalos de las luces que enceguecen
No los abandones.
Tú sabes que entre cámaras y flashes
Ya destruyeron la Tragedia.
Pero a ellos, no los abandones.
Hernán Rivera Letelier, escritor chileno, fue premio Alfaguara de Novela 2010 con El arte de la resurrección.