sexta-feira, 1 de maio de 2015

Imigração protagoniza atos dos sindicatos italianos no Dia do Trabalho


Os principais sindicatos da Itália reivindicaram nesta sexta-feira melhoras para os trabalhadores do país, mas também para os imigrantes, e passaram o Primeiro de Maio em um município siciliano aonde com frequência chegam vários imigrantes ilegais.

 Os três maiores sindicatos do país - Cgil, Cisl e Uil - optaram por comemorar sua manifestação nacional no município de Pozzallo, na região da Sicília, um local que recebe vários imigrantes resgatados em alto-mar. Eles saíram pelas ruas sob o lema "A solidariedade faz a diferença. Integração, trabalho e desenvolvimento. Respeitemos os direitos de todos. Ninguém está excluído". 
A escolha deste município veio depois das últimas tragédias no Mediterrâneo, por cujas vítimas os sindicalistas fizeram um minuto de silêncio e depositaram uma coroa de flores no mar. A secretária-geral da Confederação Geral italiana de Trabalhadores (Cgil), Susanna Camusso, denunciou esta situação e lembrou o artigo décimo da Constituição, que estabelece o "direito ao asilo" no país.

 O líder da Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores (Cisl), Annamaria Furlan, exigiu uma resposta da União Europeia para este fenômeno e lembrou que não basta "fechar as fronteiras". O prefeito de Pozzallo, de menos de 20.000 habitantes, Luigi Ammatuna falou para os presentes à manifestação para assegurar sua vontade de ser "prefeito que acolhe homens e mulheres, não corpos", em alusão às últimas tragédias. 

Após a menção aos imigrantes, as três organizações sindicais atacaram a reforma trabalhista do governo de Matteo Renzi, que facilita a demissão, e lamentaram a alta do desemprego em 0,2% em março, elevando a taxa de desemprego em 13%. "Dizemos há meses. Infelizmente os dados sobre o desemprego só são confirmados", disse à imprensa o líder da União Italiana de Trabalhadores (Uil), Carmelo Barbagallo.

EFE

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