Os principais sindicatos da Itália reivindicaram nesta
sexta-feira melhoras para os trabalhadores do país, mas também para os
imigrantes, e passaram o Primeiro de Maio em um município siciliano aonde com
frequência chegam vários imigrantes ilegais.
Os três maiores sindicatos do país
- Cgil, Cisl e Uil - optaram por comemorar sua manifestação nacional no
município de Pozzallo, na região da Sicília, um local que recebe vários
imigrantes resgatados em alto-mar. Eles saíram pelas ruas sob o lema "A
solidariedade faz a diferença. Integração, trabalho e desenvolvimento.
Respeitemos os direitos de todos. Ninguém está excluído".
A escolha deste
município veio depois das últimas tragédias no Mediterrâneo, por cujas vítimas
os sindicalistas fizeram um minuto de silêncio e depositaram uma coroa de
flores no mar. A secretária-geral da Confederação Geral italiana de
Trabalhadores (Cgil), Susanna Camusso, denunciou esta situação e lembrou o
artigo décimo da Constituição, que estabelece o "direito ao asilo" no
país.
O líder da Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores (Cisl),
Annamaria Furlan, exigiu uma resposta da União Europeia para este fenômeno e
lembrou que não basta "fechar as fronteiras". O prefeito de Pozzallo,
de menos de 20.000 habitantes, Luigi Ammatuna falou para os presentes à
manifestação para assegurar sua vontade de ser "prefeito que acolhe homens
e mulheres, não corpos", em alusão às últimas tragédias.
Após a menção aos
imigrantes, as três organizações sindicais atacaram a reforma trabalhista do governo
de Matteo Renzi, que facilita a demissão, e lamentaram a alta do desemprego em
0,2% em março, elevando a taxa de desemprego em 13%. "Dizemos há meses.
Infelizmente os dados sobre o desemprego só são confirmados", disse à
imprensa o líder da União Italiana de Trabalhadores (Uil), Carmelo Barbagallo.
EFE
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