quarta-feira, 13 de maio de 2015

Defensores dos direitos humanos sul-africanos denunciam detenção de imigrantes

Os defensores dos direitos humanos na África do Sul denunciaram hoje a detenção de milhares de imigrantes clandestinos na sequência da vaga de violência xenófoba que assolou o país em abril e provocou sete mortos

Trabalhadores clandestinos do Zimbabué, Malaui e de outros países africanos foram alvo da violência que provocou pelo menos sete mortos e obrigou milhares de pessoas a fugir das suas casas.

Se as autoridades enviaram a polícia para pôr fim à violência, o governo também lançou uma série de operações para deter suspeitos de imigração ilegal.

No final da semana passada, cerca de 400 imigrantes foram detidos durante uma operação na Igreja Metodista Central, famoso abrigo de refugiados em Joanesburgo.
"Foi uma operação militar a meio da noite (...) As pessoas foram detidas e levadas para a polícia", disse Steve Faulkner, da coligação de movimentos contra a xenofobia.
Uma outra organização, Direito de Saber, qualificou aquelas detenções em "xenofobia com fundos públicos".

"Aqueles ataques foram uma resposta brutal que separou famílias e durante os quais foram violados os direitos humanos", disse Murray Hunter, porta-voz da Direito de Saber.
Milhões de imigrantes africanos, muitos dos quais ilegais, trabalham na África do Sul, especialmente no setor da construção. Os imigrantes em situação irregular são frequentemente acusados de ocupar os trabalhos mais mal pago, em detrimento dos sul-africanos.

A violência xenófoba provocou oficialmente sete mortos e milhares de refugiados em Durban (leste da África do Sul) e Joanesburgo, durante as três primeiras semanas de abril.
O Governo anunciou um reforço do combate contra a imigração ilegal.

 RTP

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