Os defensores dos direitos
humanos na África do Sul denunciaram hoje a detenção de milhares de imigrantes
clandestinos na sequência da vaga de violência xenófoba que assolou o país em
abril e provocou sete mortos
Trabalhadores clandestinos
do Zimbabué, Malaui e de outros países africanos foram alvo da violência que
provocou pelo menos sete mortos e obrigou milhares de pessoas a fugir das suas
casas.
Se as autoridades enviaram a
polícia para pôr fim à violência, o governo também lançou uma série de
operações para deter suspeitos de imigração ilegal.
No final da semana passada,
cerca de 400 imigrantes foram detidos durante uma operação na Igreja Metodista
Central, famoso abrigo de refugiados em Joanesburgo.
"Foi uma operação
militar a meio da noite (...) As pessoas foram detidas e levadas para a
polícia", disse Steve Faulkner, da coligação de movimentos contra a
xenofobia.
Uma outra organização,
Direito de Saber, qualificou aquelas detenções em "xenofobia com fundos
públicos".
"Aqueles ataques foram
uma resposta brutal que separou famílias e durante os quais foram violados os
direitos humanos", disse Murray Hunter, porta-voz da Direito de Saber.
Milhões de imigrantes
africanos, muitos dos quais ilegais, trabalham na África do Sul, especialmente
no setor da construção. Os imigrantes em situação irregular são frequentemente
acusados de ocupar os trabalhos mais mal pago, em detrimento dos sul-africanos.
A violência xenófoba
provocou oficialmente sete mortos e milhares de refugiados em Durban (leste da
África do Sul) e Joanesburgo, durante as três primeiras semanas de abril.
O Governo anunciou um
reforço do combate contra a imigração ilegal.
RTP
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