Ao visitar um
centro de refugiados em Malta nesta quinta-feira (30/04), o presidente da
Alemanha, Joachim Gauck, afirmou que é necessário lidar de forma solidária com
o destino humano e que os 28 países-membros da União Europeia podem fazer ainda
mais em relação à política migratória do bloco.
"Proteger
não só as fronteiras da Europa, mas também vidas humanas nessas fronteiras
devem ser os objetivos de qualquer política para refugiados verdadeiramente
europeia", afirmou o presidente.
A casa para
imigrantes, localizada próximo da capital maltesa, Valeta, recebeu refugiados
da Síria, Somália, Eritreia e Sudão. Malta tem uma posição importante no
Mediterrâneo, o que torna o país, juntamente com Itália e Grécia, ponto-chave
para imigrantes potenciais com destino ao continente europeu.
Oficialmente,
os refugiados deveriam permanecer no local por no máximo 18 meses, mas muitos
imigrantes visitados por Gauck já estão no local há anos, o que os fazem perder
a esperança de serem liberados e até mesmo as perspectivas para o futuro.
No entanto, o
presidente alemão afirmou que ele não foi à ilha para "dar notas como na
escola" sobre a política migratória de Malta que, mesmo sendo o menor
país-membro da União Europeia, é criticado constantemente sobre o tema.
Enquanto Malta
recebeu 568 refugiados em 2014, a Itália abrigou 170 mil, segundo o Alto
Comissariado da ONU para os Refugiados
(Acnur).
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