A candidata democrata à Casa
Branca Hillary Clinton propôs nesta terça-feira um plano para regularizar e
naturalizar uma parte dos 11 milhões de pessoas que vivem em situação ilegal
nos Estados Unidos, durante um ato de campanha em Las Vegas.
- Já não podemos esperar
para criar um caminho à cidadania plena desses estrangeiros - disse Hillary
durante uma mesa redonda em um liceu de Las Vegas, em Nevada, um estado do
oeste americano em que 27% de seus habitantes são hispânicos.
Na mesma mesa havia
estudantes sem documentação, provisoriamente regularizados, ou pais vivendo
clandestinamente.
- Nisso me diferencio de
todos os republicanos. Que as coisas fiquem claras: ninguém (pré-candidato)
republicano, declarado ou potencial, apoia abertamente uma via à cidadania,
nenhum. Quando falam de um estatuto legal, trata-se na realidade de um estatuto
de segunda classe - disse a pré-candidata democrata.
Hillary Clinton apoiou nos
últimos anos a regularização em massa dos estrangeiros indocumentados, em
particular os jovens "dreamers", que não deixaram os Estados Unidos
desde seu nascimento e que "sonham" em sair dessa situação.
No entanto, sua pressão pela
elaboração de uma naturalização constitui um claro contraste com seus
adversários republicanos, que se opõem à proposta ou mantêm uma postura
ambígua.
Democratas e republicanos
coincidem que a presença de mais de 11 milhões de pessoas sem documentos e que
as as lacunas existentes no sistema de cotas de vistos tornam a reforma
migratória indispensável.
Em 2013, o Senado, então
dominado pelos democratas, adotou uma reforma que teria conduzido à
regularização de milhões de pessoas, mas os republicanos a frearam na Câmara
dos Representantes.
O presidente Barack Obama
decidiu implementar em 2012 um programa que outorga documentos provisórios a
jovens sem documentos, mas sua extensão aos adultos permanece bloqueada pela
justiça federal.
Agencia Globo
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