O tema das migrações marcou no domingo a agenda de dois
dos dez candidatos às presidenciais. O ex-reitor Sampaio da Nóvoa quis alertar
para a situação dos refugiados, enquanto o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de
Sousa chamou a atenção para a falta de estrangeiros na política nacional.
Numa
visita ao Centro de Acolhimento para Crianças Refugiadas, em Lisboa, Sampaio da
Nóvoa foi abordado por um jovem que lhe perguntou o que fará em relação ao tema
se for eleito Chefe de Estado. O ex-reitor prometeu " grande
abertura". No final, aos jornalistas, admitiu que o drama dos refugiados
"é uma situação que nos preocupa a todos" e que o impacto deverá ser
mais visível este ano e em 2017. "É preciso que haja um conhecimento desta
situação para que a partir deste conhecimento se possam criar planos de
acolhimento e dinâmicas de inclusão destas pessoas", frisou.
A alguns
quilómetros de distância, em Oeiras, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a
visita ao Bairro do Pombal – onde a maioria da população é de origem
cabo-verdiana – para lamentar que os imigrantes residentes em Portugal quase
não tenham representação política. "Não há praticamente nenhuma figura
saída da comunidade imigrante que esteja no Parlamento, no Governo, no patronato,
nos sindicatos, no poder local, é um país clandestino", afirmou o ex-líder
do PSD, que quis evitar questões sobre o apoio de Passos Coelho à sua
candidatura.
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Desta vez, Marcelo Rebelo de Sousa não levou a marmita, mas
aproveitou por provar uma cachupa e beber grogue, típicos de Cabo Verde.
Por Diana Ramos, João Monteiro de Matos
Correio da Manha
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