A Eslováquia lutará
contra a entrada de migrantes islâmicos no país, afirmou o primeiro-ministro
Robert Fico . Segundo o líder, o motivo é evitar
ataques como os de Paris, na França, e Colônia, na Alemanha.
Fico tem usado a questão
da crise migratória como elemento-chave de sua campanha para as eleições
parlamentares de 5 de março no país. Seu governo entrou com uma ação contra o
plano da Comissão Europeia em realocar requerentes de asilo em todos os membros
da União Europeia (UE).
"Não só estamos
recusando as cotas obrigatórias, como nunca tomaremos uma decisão voluntária
que levaria à formação de uma comunidade muçulmana unificada na
Eslováquia", afirmou o primeiro-ministro a repórteres em Bratislava.
"O multiculturalismo
é uma ficção. Uma vez que você deixa migrantes entrarem, você terá de enfrentar
esse tipo de problema", disse ele, relacionando o afluxo de refugiados na
Europa aos ataques terroristas de novembro passado em Paris e à série de
ataques contra mulheres na noite de réveillon em Colônia. "Não queremos
que aconteça aqui o que aconteceu na Alemanha."
Nesta sexta-feira, o
Ministério do Interior alemão informou que, dos 31 suspeitos já identificados
pela Polícia Federal por crimes cometidos no Ano Novo em Colônia, 18 são
migrantes requerentes de asilo. A maioria dos casos envolve furto e assalto –
mas ainda não foi estabelecida qualquer relação com os ataques a mulheres.
A postura anti-imigração
de Fico ecoa entre os eleitores da Eslováquia, um país católico de 5,4 milhões
de pessoas e com quase nenhuma experiência com migrantes. O país recebeu apenas
169 pedidos de asilo em 2015, mas foi requisitado pela Comissão Europeia a
aceitar mais 802 pessoas neste ano.
Países vizinhos à Eslováquia
têm opiniões semelhantes à do premiê eslovaco sobre a crise migratória. A
Hungria também entrou com uma ação na Justiça contra o plano de cotas
obrigatórias da Europa. O primeiro-ministro do país, Viktor Órban, tem afirmado
repetidamente que o afluxo de refugiados ameaça minar as raízes cristãs do
continente europeu.
O novo governo
conservador da Polônia também tem se pronunciado contra a migração, dizendo que
seu país não pode repetir os erros de outras nações da UE. Varsóvia, no
entanto, afirmou que irá cumprir a promessa do governo anterior de conceder
asilo a 7 mil requerentes neste ano.
Terra
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