Israel pretende forçar que imigrantes africanos sem
documentos escolham entre a expulsão para um outro país da África mais seguro
ou a prisão, indicou nesta quarta-feira o ministério do Interior.
Segundo o comunicado, a justiça já deu seu aval a esta
nova medida, que deverá entrar em vigor nos próximos dias.
Seis organizações locais e internacionais de defesa dos
Direitos Humanos denunciaram a decisão como ilegal.
O ministério não citou quais seriam os países africanos
seguros, mas a imprensa e as ONGs citaram Ruanda e Uganda, considerados pouco
seguros, já que muitos imigrantes tiveram seu dinheiro e documentos subtraídos
em sua chegada.
Segundo o ministério, esta medida será aplicada aos
imigrantes atualmente detidos no centro de reclusão de Holot, onde atualmente
há certa de 2.000 detentos.
Segundo a mesma fonte, desde o ano passado, cerca de
1.500 imigrantes aceitaram ir para um terceiro país e outros 7.000 voltaram
para seu país de origem
.
Segundo a Human Rights Watch, Israel teria obrigado 7.000
imigrantes eritreus e sudaneses a voltar para seus países. A Eritreia tem um
dos piores históricos em termos de direitos humanos e o Sudão se encontra em
plena guerra civil.
. France Presse
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