quinta-feira, 16 de abril de 2015

Centenas de moçambicanos obrigados a fugir da xenofobia na África do Sul

"Cerca de 20 a 30 pessoas estavam na esquadra sob proteção policial e até ontem (terça-feira), seriam evacuados para um dos dois centros instalados para a acomodação das vítimas desta violência", disse à emissora pública Rádio Moçambique o diretor dos Assuntos Jurídicos e Consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Fernando Manhiça.

Manhiça afirmou que até terça-feira, 100 moçambicanos vítimas de xenofobia, que assola a província de Kwazulu Natal, tinham manifestado junto das autoridades moçambicanas interesse em voltar ao país, mas o seu repatriamento foi adiado devido à triagem que está a ser levada a cabo pelas autoridades sul-africanas.

"O Governo moçambicano está preparado para receber os nossos compatriotas a qualquer momento, entretanto o Governo sul-africano pretende fazer uma triagem a todos aqueles que pretendem voltar, é um procedimento normal em relação àqueles que querem voltar", enfatizou o diretor dos Assuntos Jurídicos e Consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.

Fernando Manhiça adiantou que não há vítimas mortais da violência xenófoba entre os moçambicanos contrariando informações avançadas na semana passada pela imprensa de que duas pessoas morreram nos ataques.


Cinco pessoas morreram em Kwazulu Natal e mais de cinco mil pessoas abandonaram as suas residências, como consequência da onda de xenofobia que assola a região há duas semanas e que tem sido acompanhada por saques a estabelecimentos comerciais pertencentes a estrangeiros.

Noticia ao Minuto

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