As associações humanitárias reclamam medidas mais
assertivas do que as anunciadas, na quinta-feira, pela União Europeia para
combater a crise dos migrantes no Mar Mediterrâneo.
Os líderes europeus triplicaram, para 120 milhões de
euros, o orçamento da missão ‘Tritão’, para operações de patrulhamento e
salvamento.
“A Europa deu um pequeno passo atrás, em relação ao
abismo moral, aumentando a capacidade de busca e resgate e também por triplicar
o orçamento da Tritão, mas ainda não existe clareza sobre a área operacional da
capacidade de busca e salvamento ou de que vai priorizar a busca e resgate, ao
invés do controlo das fronteiras”, interroga a porta-voz da “Save the
children”, Gemma Parkin.
O capitão do cargueiro Maersk Regensburg considera que
limitar a missão Tritão às 30 milhas náuticas da costa italiana impede que se
preste auxílio aos barcos que naufragam perto da costa da Líbia.
“Na minha opinião se a União Europeia está a a apontar
para o limite das 30 milhas, para as operações de resgate, isso irá ter muito
pouco impacto na área onde ocorre a maioria dos resgates”, informa o capitão
Lewington.
O oficial considera que os resgates das águas do
Mediterrâneo não vão terminar e que são precisas mais medidas das autoridades
europeias.
Lewington diz, ainda, que está “à espera que os resgates
continuem” e que podem ou não “ser chamados a intervir”. Pensa, ainda, “que é
preciso fazer alguma coisa. Não se deve reduzir as coisas aos navios
comerciais.”
O presidente da Comissão Europeia, anunciou que não
haverá uma mudança do mandato da Tritão, de modo a torná-la numa operação de
salvamento e resgate. Jean-Claude Juncker afirmou que a Comissão anunciará, a
13 de maio, uma nova estratégia sobre as migrações.
EURONEWS
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