sábado, 25 de abril de 2015

Migrações: Associações consideram medidas da UE insuficientes


As associações humanitárias reclamam medidas mais assertivas do que as anunciadas, na quinta-feira, pela União Europeia para combater a crise dos migrantes no Mar Mediterrâneo.

Os líderes europeus triplicaram, para 120 milhões de euros, o orçamento da missão ‘Tritão’, para operações de patrulhamento e salvamento.

“A Europa deu um pequeno passo atrás, em relação ao abismo moral, aumentando a capacidade de busca e resgate e também por triplicar o orçamento da Tritão, mas ainda não existe clareza sobre a área operacional da capacidade de busca e salvamento ou de que vai priorizar a busca e resgate, ao invés do controlo das fronteiras”, interroga a porta-voz da “Save the children”, Gemma Parkin.

O capitão do cargueiro Maersk Regensburg considera que limitar a missão Tritão às 30 milhas náuticas da costa italiana impede que se preste auxílio aos barcos que naufragam perto da costa da Líbia.

“Na minha opinião se a União Europeia está a a apontar para o limite das 30 milhas, para as operações de resgate, isso irá ter muito pouco impacto na área onde ocorre a maioria dos resgates”, informa o capitão Lewington.

O oficial considera que os resgates das águas do Mediterrâneo não vão terminar e que são precisas mais medidas das autoridades europeias.

Lewington diz, ainda, que está “à espera que os resgates continuem” e que podem ou não “ser chamados a intervir”. Pensa, ainda, “que é preciso fazer alguma coisa. Não se deve reduzir as coisas aos navios comerciais.”


O presidente da Comissão Europeia, anunciou que não haverá uma mudança do mandato da Tritão, de modo a torná-la numa operação de salvamento e resgate. Jean-Claude Juncker afirmou que a Comissão anunciará, a 13 de maio, uma nova estratégia sobre as migrações.

EURONEWS

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