Conforme secretaria de Assistência Social, foram 3 mil
imigrantes, vindos principalmente do Haiti, Gana e Senegal. Foto: Reprodução
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Criciúma, no Sul de Santa Catarina, foi a cidade que mais
recebeu imigrantes no estado em 2014, segundo a Secretaria de Assistência
Social do município. Foram mais de 3 mil pessoas que vieram principalmente do
Haiti, Gana e Senegal e já ajudam a movimentar a economia da região.
"A princípio a gente recebeu um grande número de
imigrantes ganeses, depois começou o pessoal da República de Togo. Hoje nós
estamos recebendo muito da África do Sul, inclusive muitas mulheres",
disse a secretária de Assistência Social, Solange Barp.
O auxiliar de serviços Joseph Saitina, do Haiti, quer que
a mulher os filhos venham morar com ele na cidade. "Eu quero trazer eles
para cá. É muito bom para mim. Eu ficar sozinho aqui é errado", diz.
Joseph trabalha há seis meses. Ele começou carregando caminhões e, aos
poucos, ele começa aprender a operar uma máquina de corte.
"Quando eu vi ele [Joseph] aqui, na hora eu lembrei
o que eu passei, e hoje estou sendo recompensado. Com muito esforço e trabalho,
espero que o mesmo aconteça com ele", diz o gerente da empresa, Glebson
Nunes, que também já foi imigrante, quando tentou a vida nos Estados Unidos.
Visto
Os imigrantes que chegam de outros países devem procurar
a Polícia Federal (PF) assim que chegam no Brasil. Depois de pedir refúgio, com
comprovante em mãos, é possível tirar CPF e carteira de trabalho.
A análise do pedido leva até dois anos para ficar pronta.
Enquanto isso, eles podem trabalhar legalmente no Brasil.
Os haitianos não são considerados refugiados no país. Por
causa da crise humanitária provocada pelo terremoto em 2010, o governo
brasiliero concedeu a eles um visto diferenciado, chamado humanitário, que vale
até cinco anos.
Muitos acabam tendo filhos por aqui e, assim, ganham
visto definitivo.
Auxílio a família
Muitos dos estrangeiros enviam dinheiro para seus paises
de origem, onde as famílias ficaram. Com isso, as casas de câmbio tiveram mais
fluxo na região. "Aumentou em torno de 40% o volume de transferências e a
média de atendimento é de 30 pessoas por dia", disse o operador financeiro
Vanderson Barreiros.
Apesar da saudade do país de origem, a maioria não tem
planos de retorno. "Somos patriotas, mas gostamos do Brasil, mas acho que
amamos o Haiti também", diz o estudante Moysés Calipso.
G1 SC
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