Com o aumento da fiscalização das fronteiras, imigrantes
têm se arriscado mais ao atravessar locais mais perigosos na tentativa de
chegar aos Estados Unidos. Como resultado, autoridades têm visto um aumento no
caso de afogamentos fatais desde outubro do ano passado na fronteira do México
com o sul do Texas.
O U.S. Border Patrol, como resposta, está aumentando o
monitoramento da região com times de resgate, particularmente em canais de
irrigação cheio de espinhos, onde muitos dos corpos estão sendo encontrados.
“Os canais e as áreas do rio que imigrantes estão
tentando atravessar não eram usados antes normalmente”, disse Raul Ortiz,
vice-chefe de setor do Vale do Rio Grande.
Abrangendo cerca de 320 quilômetros de rio, esse setor já
viu pelo menos 16 afogamentos em seis meses, quase um terço deles nos canais.
Embora as travessias ilegais tenham diminuído drasticamente desde o verão
passado, mais policiais estão patrulhando a fronteira para impedir uma nova
onda de imigrantes.
Muitos dos corpos estão sendo descobertos apenas a
sudoeste de Mission, onde a equipe de mergulho e salvamento do Corpo de
Bombeiros teve um inverno movimentado. Em janeiro e fevereiro, pelo menos seis
corpos foram recuperados em canais.
“Antes costumava ser uma por mês”, chefe de bombeiros de
Missiom, Rene Lopez. “Agora é uma vez por semana”.
Alguns canais têm 50 metros de largura, com solo íngreme
e cobertos por vegetação, o que torna mais difícil de sair.
As águas parecem calmas, mas a correnteza muitas vezes
leva os nadadores a serem apanhados por hydrilla, uma planta aquática.
“Eles ficam amarrados, e é difícil ficar revisar essas
plantas por causa da água negra”, disse o capitão Joel Dominguez, que faz parte
da equipe de resgate.
Fonte: AP.
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