A Agência da ONU para os
Refugiados, liderada pelo português António Guterres, considerou esta
quarta-feira que não está a ser feito por parte de Bruxelas, um esforço
suficiente para salvar os imigrantes que arriscam atravessar o Mediterrâneo
rumo à Europa, em busca de uma vida melhor. E, por isso, exige mais ação por
parte da União Europeia.
O porta-voz da agência,
Federico Fossi, disse à BBC que que «o ACNUR tem repetidamente chamado a
atenção da União Europeia para aumentar os meios humanos e técnicos de busca
para poder salvar mais vidas».
A reação do ACNUR surge após
a notícia, na terça-feira, do desaparecimento de mais de 400 pessoas que saíram
da Líbia no domingo em direção à costa italiana.
Têm sido milhares aqueles
que tentam dar o salto do continente africano para a Europa nos últimos anos e
muitos aqueles que não chegam ao destino, fazendo do mar um cemitério.
A ONU estima que desde o
início do ano já morreram mais de 500 pessoas na esperança de chegar à Europa,
30 vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
O ACNUR explica «que há
pessoas que fogem de conflitos e perseguição como na Síria, mas também os fogem
de ditaduras como na Eritreia».
Nove corpos foram retirados
das águas, mas dos outros nada se sabe. Ainda na incerteza sobre a
sobrevivência ou não daqueles 400 migrantes, já esta quarta-feira, foram
resgatados das águas, na costa siciliana, outras tantas centenas, que engrossam
o número de refugiados que alcançou a Europa. Nos últimos dias, já são 10 mil
os resgatados pelas autoridades italianas.
O ministro do Interior
italiano anunciou estar a preparar mais albergues para os migrantes que chegam,
muitos são crianças.
TVI
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