Parlamentares
de origem hispânica e ativistas prometem aumentar pressão.
Presidente dos EUA disse que vi esperar até novembro para mudar a lei.
Presidente dos EUA disse que vi esperar até novembro para mudar a lei.
Parlamentares de origem hispânica e ativistas
criticaram duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de adiar a
ordem executiva sobre imigração e prometeram continuar a pressão sobre ele em
busca de mudanças.
Os deputados democratas Luis Gutiérrez e Tony
Cárdenas acusaram Obama neste domingo (7) de fazer jogo político um dia após o
presidente ter dito que esperaria até depois das eleições legislativas de
novembro para mudar a lei de imigração.
O anúncio foi uma mudança de posição de Obama, que
havia prometido publicamente agir sobre o tema até meados do ano.
"Jogar de forma segura talvez vença a
eleição", disse Gutiérrez no programa "This Week", da emissora
de TV ABC. "Mas quase nunca leva ao que é justo e a boas políticas
públicas das quais podemos nos orgulhar."
Democratas do Senado correndo o risco de perderem
as eleições de novembro pressionaram aCasa Branca a adiar a ordem executiva.
Apesar de muitos ativistas a favor de imigrantes
terem pressionado a Casa Branca a aliviar as deportações de imigrantes sem
documentação, o sentimento de cautela no público em geral começou a ser
construído, alimentado por acusações republicanas de que ordens executivas
poderiam ser um abuso de autoridade de Obama.
Os democratas estão preocupados que essa ação
executiva poderia fazer com que o partido perdesse o controle do Senado em
novembro.
Gutiérrez, membro do fórum hispânico do Congresso e
um ferrenho ativista da reforma da imigração, disse que ligou para Obama e para
funcionários de alto escalão da Casa Branca depois de ouvir que a ação
executiva seria adiada. Disse que espera se encontrar com representantes da
administração esta semana para discutir o problema.
Cárdenas, que faz parte do mesmo grupo hispânico,
disse sobre Obama: "Estamos todos frustrados com ele neste momento porque
está demorando demais para assinar as ordens executivas".
"Não gosto do que os conselheiros do
presidente possam estar dizendo para ele. Posso apenas especular que eles o
encorajaram a esperar. Eu preferia que ele fizesse isso agora", disse
Cárdenas ao programa "State of the Union", da CNN.
Ativistas a favor da imigração também criticaram a
demora.
"A última promessa quebrada do presidente é
outro tapa na cara da comunidade latina e imigrante", disse a diretora
administrativa do grupo United We Dream, Cristina Jiménez, em um comunicado, no
último sábado.
No ano passado, o Senado passou uma lei de
imigração que teria sido o caminho para 11 milhões de imigrantes ilegais
conquistarem a cidadania dos Estados Unidos. Mas a lei parou na Câmara, controlada pelos republicanos.
Os adversários republicanos à lei do Senado a
chamaram de "anistia" para pessoas que entraram no país ilegalmente.
Obama deixou claro em uma entrevista para o
programa "Meet the Press", da NBC, que ainda planeja tratar da
imigração, mas disse que trabalharia para construir apoio antes de dar esses
passos.
"Eu quero esperar um pouco, mesmo enquanto
ainda estamos acertando os detalhes da ação executiva, para garantir que o
público entenda por que estamos fazendo isso, por que é a coisa certa para o
povo americano, por que é a coisa certa para a economia americana",
afirmou.
Reuters
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