O surto de ebola está
provocando muitas mortes numa parte da África Ocidental. Ao mesmo tempo,
aumentam os esforços para tentar conter este vírus e testar novos tratamentos.
Em outros lugares do
mundo, seja no hemisfério norte, seja no hemisfério sul vai se espalhando
pânico e alarmismo.
Obviamente não podemos
minimizar o risco. Existe, apesar de ser extremamente baixo, o perigo de se
espalhar e alcançar outras regiões do planeta. Por esta razão é importante
estar por dentro do assunto, receber orientação, conhecer os sintomas, aprender
como lidar e a quem recorrer. Neste contexto é louvável que o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e referência em diagnóstico e
tratamento de doenças infectocontagiosas, tenha promovido nesta sexta-feira, 5
de setembro de 2014, a palestra “O Risco de Disseminação de Doenças em
Populações em Deslocamento”, realizando um trabalho de orientação sobre o vírus
Ebola.
Porém, chama atenção
mais uma vez como algumas matérias da mídia brasileira deixem aflorar
preconceitos, apontando os imigrantes e refugiados como ameaças. E por que
estas mesmas matérias não fazem referência aos turistas, executivos, técnicos,
diplomatas ou jornalistas que provêm destas regiões infectadas pelo ebola?
Se pararmos para pensar
é improvável que o vírus do ebola entre no Brasil através de um imigrante ou
refugiado. Vários deles demoram até um mês para alcançar o Brasil. Os sintomas
da doença já teriam se manifestado há muito tempo! Enquanto as outras
categorias de pessoas em poucas horas chegam ao Brasil com a possibilidade de
manifestar os sintomas depois de vários dias já em terra brasileira.
Paolo Parise
CEM / Missão Paz
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