Nos últimos três anos, o
número de estrangeiros trabalhando com carteira assinada cresceu 50,9%, de
acordo com a pesquisa Inserção de Imigrantes no Mercado de Trabalho Brasileiro,
divulgada nesta quarta-feira (12), em Brasília.
O levantamento mostra
que entre os anos 2011 e 2012 a participação de trabalhadores imigrantes subiu
19%, passando de 79.578 para 94.688. Entre 2012 e 2013, foi registrada elevação
de 26,8%, de 94.688 para 120.056.
Os haitianos são os
imigrantes em maior número. Com a entrada acelerada após o terremoto que
devastou o país caribenho em 2010, o número de haitianos com carteira assinada
aumentou 450%, superando, pela primeira vez, o total de portugueses, que
lideravam o ranking das nacionalidades.
Segundo o levantamento,
o número de trabalhadores haitianos cresceu 18 vezes no período, passando de
814 em 2011 para 14.579 mil em 2013. Além do Haiti, os países do Mercosul
aumentaram a participação no mercado formal brasileiro. O número de peruanos
subiu 182,2% e o de colombianos 175,4%.
“Alguns setores
produtivos do Sul do país estão precisando de trabalhadores com pouca
qualificação, como abatedores de carne e funcionários de fábricas de conservas.
E, em todo o país, temos demanda de mão de obra qualificada, em biotecnologia,
infraestrutura, medicina e outras”, disse o professor da Universidade de
Brasília (UnB), Leonardo Cavalcanti, coordenador da pesquisa.
Ele informa que os
estados que mais empregam estrangeiros são Santa Catarina, com crescimento de
120,6% de contratação, e o Paraná, com elevação de 128,1% de empregos.
Entre os imigrantes de
origem europeia, trabalhando com carteira assinada no Brasil, destaca-se o
crescimento do número de espanhóis, franceses, italianos e portugueses. Do
continente africano, os angolanos chegaram em maior número.
A pesquisa foi feita
pelo Observatório das Migrações Internacionais, em parceria com o Ministério do
Trabalho e a UnB.
BBCBRASIL
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