José Graziano da Silva diz que se
países do Mediterrâneio quiserem frear a onda de migração forçada e sofrimento
humano, eles devem tornar agricultura o centro de sua cooperação
regional; chefe da FAO também quer mais atenção à juventude.
Melhorar as políticas de cooperação
entre países no setor agrícola e de desenvolvimento rural pode ser a chave para
ajudar a conter os movimentos de migração forçada no Mediterrâneo.
A proposta foi feita nesta sexta-feira
em Roma pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação, FAO.
Pesca
De acordo com José Graziano da Silva é
preciso investir pesado nas populações camponesas especialmente a juventude.
O chefe da FAO discursou na Conferência
Euro-Mediterrânea sobre Agricultura, em Palermo, na Itália. Para Graziano da
Silva, os jovens devem ter mais incentivo para participar de atividades como
por exemplo: a lavoura, a pesca e aquicultura em suas próprias comunidades.
O aumento de oportunidades no setor
agrário deve estar no centro de estratégias de combate à pobreza e de promoção
do desenvolvimento.
Estruturas
O diretor-geral da agência da ONU
lembrou que a migração de jovens, principalmente homens tem causado um abismo
nas estruturas de comunidades rurais. O fenômeno ainda coloca pressão
sobre as mulheres, crianças e idosos que geralmente permanecem em suas
comunidades enquanto os homens saem à procura de oportunidades.
José Graziano da Silva defende que
novas chances no agronegócio para camponeses jovens ajudarão a melhorar o
sustento de agricultores em suas próprias comunidades rurais.
Graziano da Silva lembrou de fatores
como mudança climática, degradação ambiental e a escassez de terra e água em
iniciativas de cooperação regional.
Para ele, a migração forçada é
resultado do medo, do desespero e da fome.
Ao mencionar um naufrágio, ocorrido no
ano passado perto da ilha italiana de Lampedusa, e que matou centenas de
migrantes, Graziano da Silva lembrou as palavras do papa Francisco e disse que
é preciso evitar que o Mediterrâneo seja transformado num "vasto
cemitério."
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em
Nova York.
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