apresentou dados do
Observatório das Migrações Internacionais, que demonstram crescimento no número
de imigrantes
Entre 2011 e 2012, o crescimento
no número de trabalhadores imigrantes no mercado formal brasileiro foi de 19%.
Entre 2012 e 2013, esse total foi de 26,8%. Entre 2011 a 2013 o salto foi
de 50%.
As regiões mais procuradas foram os
estados do Sul e do Sudeste. As nacionalidades mais presentes até 2013 são de
países latino-americanos e caribenhos, especialmente Argentina, Bolívia e
Paraguai.
Da Europa, o maior número de
imigrantes veio de Portugal. Os haitianos, no entanto, foram a população que
mais cresceu em território brasileiro, passando de 814, em 2011, para 14,5 mil,
em 2013.
Com base nesses dados,
o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou, nesta
quarta-feira (12), durante Seminário Internacional Migrações e Mobilidade
na América do Sul que “o Brasil tem sido procurado porque soube
proteger o emprego contra a crise iniciada em 2008 e porque vivemos o pleno
emprego, onde algumas atividades tem sido deixadas de lado pelos brasileiros”.
Em sua apresentação, Dias também
afirmou que o Brasil reúne todas as condições para construir uma política
de imigração capaz de servir de exemplo para o mundo.
O ministro disse que os
primeiros passos estão sendo dados e citou como exemplo o trabalho desenvolvido
para a recepção dos haitianos no Norte do País e as ações realizadas
dentro do Ministério do Trabalho e Emprego para que os imigrantes tenham
atendimento rápido e equivalente ao prestado aos brasileiros para a emissão de
documentos..
Ainda exemplificando, Dias mencionou
a presença de haitianos e ganeses no interior de Santa Catarina e no Rio
Grande do Sul, que foram contratados pelas indústrias da carne, do carvão e dos
calçados, em funções onde os industriais estavam com dificuldades de
preenchimento.
“O Brasil não tinha
uma tradição de receber grandes imigrações, em especial a partir dos anos 1950.
Isso mudou e hoje temos no campo da geração de empregos a maior projeção do
pais no estrangeiro”, acrescentou Dias.
A população que
imigrou para o Brasil em busca de emprego, conforme o ministro, precisará ser
atendida, nos próximos anos, com os mesmos projetos de qualificação
profissional que servirão à população nativa.
“Porque esse é
futuro do trabalhador. Ele tem que se qualificar mais e mais e não será
diferente com o estrangeiro. Nós vamos cuidar para que a Universidade do
Trabalhador ofereça os cursos e atenda a demanda do nosso país nesta área”,
continuou Manoel Dias, lembrando que muitos dos imigrantes haitianos das
primeiras levas chegaram ao país com curso superior.
“Agora estamos
percebendo uma mudança. Estamos recebendo pessoas com o nível médio. Temos que
cuidar para que o trabalho a que essas pessoas estão tendo acesso seja decente.
O Ministério do Trabalho e Emprego ficará atento a isso”, prometeu o ministro.
O Seminário
"Migrações e Mobilidade na América do Sul" vai até o dia 14, das 9 às
18 horas no anfiteatro do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de
Brasília (UNB).
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