sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ministro exalta política de imigração brasileira

 apresentou dados do Observatório das Migrações Internacionais, que demonstram crescimento no número de imigrantes
Entre 2011 e 2012, o crescimento no número de trabalhadores imigrantes no mercado formal brasileiro foi de 19%. Entre 2012 e 2013, esse total foi de 26,8%. Entre 2011 a 2013 o salto foi de 50%.
As regiões mais procuradas foram os estados do Sul e do Sudeste. As nacionalidades mais presentes até 2013 são de países latino-americanos e caribenhos, especialmente Argentina, Bolívia e Paraguai.
Da Europa, o maior número de imigrantes veio de Portugal. Os haitianos, no entanto, foram a população que mais cresceu em território brasileiro, passando de 814, em 2011, para 14,5 mil, em 2013.
Com base nesses dados, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou, nesta quarta-feira (12), durante Seminário Internacional Migrações e Mobilidade na América do Sul que “o Brasil tem sido procurado porque soube proteger o emprego contra a crise iniciada em 2008 e porque vivemos o pleno emprego, onde algumas atividades tem sido deixadas de lado pelos brasileiros”.
Em sua apresentação, Dias também afirmou que o Brasil reúne todas as condições para construir uma política de imigração capaz de servir de exemplo para o mundo.
O ministro disse que os primeiros passos estão sendo dados e citou como exemplo o trabalho desenvolvido para a recepção dos haitianos no Norte do País e as ações realizadas dentro do Ministério do Trabalho e Emprego para que os imigrantes tenham atendimento rápido e equivalente ao prestado aos brasileiros para a emissão de documentos..
Ainda exemplificando, Dias mencionou a presença de haitianos e ganeses no interior de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que foram contratados pelas indústrias da carne, do carvão e dos calçados, em funções onde os industriais estavam com dificuldades de preenchimento.
“O Brasil não tinha uma tradição de receber grandes imigrações, em especial a partir dos anos 1950. Isso mudou e hoje temos no campo da geração de empregos a maior projeção do pais no estrangeiro”, acrescentou Dias.
A população que imigrou para o Brasil em busca de emprego, conforme o ministro, precisará ser atendida, nos próximos anos, com os mesmos projetos de qualificação profissional que servirão à população nativa.
“Porque esse é futuro do trabalhador. Ele tem que se qualificar mais e mais e não será diferente com o estrangeiro. Nós vamos cuidar para que a Universidade do Trabalhador ofereça os cursos e atenda a demanda do nosso país nesta área”, continuou Manoel Dias, lembrando que muitos dos imigrantes haitianos das primeiras levas chegaram ao país com curso superior.
“Agora estamos percebendo uma mudança. Estamos recebendo pessoas com o nível médio. Temos que cuidar para que o trabalho a que essas pessoas estão tendo acesso seja decente. O Ministério do Trabalho e Emprego ficará atento a isso”, prometeu o ministro.
O Seminário "Migrações e Mobilidade na América do Sul" vai até o dia 14, das 9 às 18 horas no anfiteatro do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (UNB).


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