quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Paraná vai inserir refugiados colombianos no mercado de trabalho

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) assinou nesta segunda-feira (24) com o Governo do Paraná e a Federação de Indústrias do Estado um Protocolo de Intenções para inserir refugiados colombianos que vivem no Equador no mercado de trabalho do Estado.
protocolo foi assinado no Palácio Iguaçu, em Curitiba, pelo representante do ACNUR no Brasil, Andrés Ramirez, pelos secretários estaduais de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, e do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Amin José Hannouche, além do coordenador-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), Virgínius Lianza da Franca, e do representante da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Marco Antônio Guimarães.
A ação será desenvolvida no marco do projeto Mobilidade Regional e Inserção Socioeconômica de Refugiados, estabelecido pelo ACNUR e pela Secretaria Nacional de Justiça – vinculada ao Ministério da Justiça.
Estatísticas oficiais mostram que existem no Brasil cerca de 7.200 refugiados de 80 nacionalidades diferentes, enquanto que o Equador, com um território 33 vezes menor, é o país da América Latina que possui maior número de refugiados, 56 mil, dos quais 98% são colombianos.
O projeto inovador busca manter os compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro no âmbito do refúgio, entre eles o de apoiar solidariamente o Equador na busca de soluções duradouras para os refugiados colombianos.
O Paraná foi escolhido para iniciar o projeto por ser um dos únicos estados brasileiros a implantar um Comitê Estadual para Refugiados e Migrantes – o CERM. Além disso, é um dos únicos Estados que estão finalizando um Plano Estadual de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas e que apresenta um dos maiores índices de empregabilidade do país.
“Estamos avançando com iniciativas inovadoras, como esta de trazer refugiados colombianos que vivem no Equador para serem integrados diretamente no mercado de trabalho brasileiro. O Paraná é um Estado desenvolvido, com boas oportunidades de emprego e uma economia dinâmica. Estamos muito contentes com esta parceria”, afirmou o representante do ACNUR, Andrés Ramirez.
Para a secretária de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, a assinatura do protocolo reflete “o compromisso do Estado em garantir o acesso à cidadania e à dignidade das pessoas por meio do trabalho, independente de sua nacionalidade”. Ela disse que o Paraná “se sente honrado por ser pioneiro nesta iniciativa”.
O Projeto se insere nas celebrações do 30º aniversário da Declaração de Cartagena sobre Refugiados (conhecido como Cartagena+30), que ocorrem durante todo este ano. Um dos temas de Cartagena+30 é o fortalecimento da integração de refugiados na América Latina e no Caribe – e o projeto que será lançado no Paraná representa uma contribuição efetiva neste sentido.


ACNUR

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