Francisco recordou que o direito ao desenvolvimento é para todos;
é preciso valorizar as potencialidades dos migrantes
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 21, os
participantes do VII Congresso Mundial da Pastoral das Migrações. Falando do
fenômeno emigratório, o Santo Padre reiterou a necessidade de acolhimento e
apoio para os que buscam um futuro melhor em outro lugar.
Francisco destacou que a emigração continua a ser uma aspiração
à esperança, sobretudo nas áreas subdesenvolvidas do planeta. Há o desejo de
buscar um futuro melhor em outro lugar, mesmo com o risco de desilusões e
insucessos, provocadas em grande parte pela crise econômica que, de formas
diferentes, atinge os países do mundo.
O Santo Padre mencionou os dois lados do fenômeno emigratório.
Os países acolhedores recebem benefícios da utilização de imigrantes para as
necessidades da produção e da riqueza nacional. Por sua vez, os países de
origem dos migrantes atenuam o problema da escassez de emprego.
Sobre o trabalho pastoral da Igreja, Francisco enfatizou o
empenho da comunidade cristã em acolher os migrantes e partilhar com eles os
dons de Deus, em particular o dom da fé. Diante das dificuldades pelas quais
passam os migrantes, a Igreja procura ser lugar de esperança, elaborando
programas de formação, sensibilização e de assistência, bem como levantando a
voz para defender os direitos deles.
“No encontro com os migrantes, é importante adotar uma
perspectiva integral, capaz de valorizar as potencialidades em vez de ver
somente um problema a enfrentar e a resolver. O autêntico direito ao
desenvolvimento diz respeito a cada homem e todos os homens, em visão integral.
Isto requer ser estabelecido para todos os níveis mínimos de participação na
vida da comunidade humana. Tanto mais é necessário que isso se verifique na
comunidade cristã, onde ninguém é estrangeiro e, então, cada um merece acolhimento
e apoio”.
Jéssica Marçal
Canção Nova
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