segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Movimento contra o Tráfico de Pessoas - MCTP

O Tráfico de Pessoas- TP, para os mais diversos fins - como o trabalho escravo, exploração sexual comercial ou venda de órgãos e tecidos - se configura como o maior desrespeito aos Direitos inalienáveis da Pessoa Humana, conforme a Organização das Nações Unidas.
Infelizmente o Brasil é conhecido como país “exportador” de mulheres, adolescentes e crianças para a indústria sexual no Primeiro Mundo, além de demandar pessoas para trabalho escravo e exploração sexual. Somos, também, um país de trânsito para as vítimas de TP oriundas de outros países da América Latina enviadas posteriormente para outros destinos, além de termos um perverso tráfico interno para a prostituição que atinge principalmente adolescentes e crianças.
Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos na luta conjunta da sociedade civil e o Estado brasileiro, como a Política e o Plano Nacionais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, muito ainda tem a se feito para solucionar esse crime. É fundamental que a sociedade civil brasileira tenha consciência do que acontece com consideráveis parcelas de sua população, vítimas do TP.
Frente a essa dura realidade, diversos grupos da sociedade civil que atuam no enfrentamento dessa modalidade de tráfico, se reuniram no Movimento contra o Tráfico de Pessoas - MCTP, para ajudar a articulação das entidades que de uma forma ou outra, pretendam colocar o enfrentamento do TP nas suas agendas de ação. O MCTP pretende levar essa questão a um número maior de pessoas nos diversos lugares de nosso País, partindo do princípio de que se não conhecemos a realidade não podemos nos indignar contra ela e unir forças no seu enfrentamento.
Para isso foi elaborada uma Plataforma Nacional contra o Tráfico de Pessoas que conta alguns princípios de luta contra o crime e se propõe ser um instrumento de apoio no seu enfrentamento. Através da assinatura da Plataforma, as entidades da sociedade civil brasileira se propõem a fazer sua a luta contra o TP. Somente organizada, a sociedade civil poderá exigir do Estado Nacional medidas de combate a esse crime infamante, como também apoiá-lo de forma eficiente quando se fizer necessário.

Oriana Jará

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