O cabeça de lista da coligação
PSD/CDS-PP às eleições europeias, Paulo Rangel, defendeu hoje que a União
Europeia deve acolher mais imigração, de forma disciplinada, como uma das
formas de combater o envelhecimento da sua população.
"A questão demográfica tem de se resolver de
duas maneiras: acolhendo mais imigração, embora de uma forma disciplinada e de
uma forma que permita às pessoas terem dignidade quando estão na Europa, e por
outro lado promovendo a natalidade", declarou Paulo Rangel,
durante umencontro com jovens da Escola Profissional de Aveiro, a quem pediu que se
empenhem no projeto da União Europeia para "manter a paz" no
continente europeu.
Ainda a respeito da demografia, o social-democrata
referiu que é favor da afetação de fundos europeus a "um
programa para apoio à natalidade" inspirado nos países nórdicos, mas
considerou: "Uma coisa que é certa, não é só com a natalidade que nós
vamos resolver o problema demográfica e, portanto, nós temos de ter
claramente uma grande abertura às migrações e à imigração para a Europa".
"Temos de ter, de facto, políticas para acolher os imigrantes, para
os integrar, porque, para que a população da Europa se rejuvenesça e para que a
Europa possa ser um espaço de prosperidade, uma economia forte, nós precisamos
de gente que venha dos quatro cantos do globo ajudar a construir este
projeto", reforçou.
Antes, Paulo Rangel mencionou que, apesar de tudo, "a
Europa continua a ser o continente que mais gente acolhe em termos de
imigração" e sustentou que a União Europeia não tem "capacidade para
acolher e integrar todos bem" e tem de rejeitar a entrada de algumas
pessoas.
"Eu acho que nós temos de desenvolver uma política de
imigração um pouco como têm os Estados Unidos, ou seja, vamos ter mesmo de
ter regras em que as pessoas de países terceiros entram, são acolhidas,
integradas, mas evidentemente outras terão de ser rejeitadas", disse.
No que respeita ao acolhimento dos imigrantes, manifestou-se crítico da
atual situação, qualificando de "uma vergonha para os valores da Europa"
o que se passa em Lampedusa ou em Malta.
Na sua intervenção inicial, Paulo Rangel fez uma exposição sobre a
história da Europa e as suas sucessivas guerras e definiu a União Europeia como
"um projeto de paz", que poupou gerações às "consequências devastadoras"
da guerra.
"Este é o objetivo principal, esta é a missão
principal da União Europeia", afirmou, pedindo aos jovens da assistência
que "trabalhem na União Europeia para manter a paz, porque a paz nunca
está garantida".
Lusa
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