Por ordem da
presidente Dilma Roussef, a única unidade móvel da Delegacia Regional do
Trabalho (DRT) em Rondônia seguirá, na próxima quarta-feira (5), a Brasiléia
(AC), fronteira do Brasil com a Bolívia, para emitir 10 mil registros
profissionais aos imigrantes haitianos. O número de registros de Carteiras de
Trabalho e Previdência Social (CTPS) foi estipulado pelo ministro do Trabalho,
Manoel Dias, e corresponde à mesma quantidade de documentos emitidos no ano
passado pelo órgão rondoniense no Acre. Há, segundo o governo acreano, 1,2 mil
estrangeiros alojados aguardando visto da Polícia Federal e ordem para exercer atividades profissionais, mas esse número deve aumentar, já que
diariamente haitianos chegam ao Acre.
Dois servidores da DRT/RO passarão 60 dias no Acre, mas esse prazo pode ser prorrogado por mais dois meses conforme a demanda. “O objetivo é dar suporte à superintendência naquele estado, uma vez que a entrada de imigrantes no país está fora de controle”, disse a superintendente regional substituta Maria Alzinete Silva. Durante este período devem ser emitidos 10 mil registros a estrangeiros.
Dois servidores da DRT/RO passarão 60 dias no Acre, mas esse prazo pode ser prorrogado por mais dois meses conforme a demanda. “O objetivo é dar suporte à superintendência naquele estado, uma vez que a entrada de imigrantes no país está fora de controle”, disse a superintendente regional substituta Maria Alzinete Silva. Durante este período devem ser emitidos 10 mil registros a estrangeiros.
Servidora da DRT
emite carteira eletrônica ao haitiano Erlano, que não foi contratado por portar
documento antigo (Foto: Assem Neto)
Segundo dados da
DRT, desde 2011 foram registrados mais de 4 mil estrangeiros, dos quais 90% são
haitianos. Uma preocupação levantada pelas atendentes em Porto Velho diz respeito
ao tipo de registro que está sendo despachado no Acre. “Os haitianos chegam a
Porto Velho com a carteira azul, que não consta o PIS [Programa de Integração
Social]”, explica a servidora Rose Meire Sales.
O haitiano Erlano Tousenti lamentou
não ser aceito pela construtora que seria contratado na última semana. À espera
de atendimento na DRT, ele foi informado que, desta vez, receberia a carteira
de cor verde, exclusiva para trabalhadores estrangeiros, que traz, além do PIS,
todo o histórico do portador em seu país e no Brasil. "Lá [no Acre], foi
um trabalho em vão. Perdi tempo e a oportunidade de ser 'fichado'".
DRT-AC faz alertas
O superintendente da DRT no Acre, Manoel Neto, afirmou desconhecer a informação. Ele disse que as carteiras manuais, sem PIS, estão sendo abolidas, uma vez que as empresas contratantes se negam, de fato, a contratar esse pessoal sem documentação completa.
“Há 30 dias estamos confeccionando apenas as do tipo informatizada”, explicou. Quanto ao reforço de pessoal para a expedição dos documentos, ele levantou algumas preocupações. “Sinceramente, temo pela integridade física dos trabalhadores das DRTs, pois o volume de estrangeiros só aumenta e está sendo difícil garantir a ordem num ambiente naturalmente tumultuado”, disse, referindo-se ao alojamento, de propriedade do Estado, cedido à Prefeitura de Brasiléia.
Manoel Neto diz que há apenas um servidor da DRT/AC para emitir carteiras de trabalho em Brasiléia numa sala sem ar-condicionado. “Não há mesa, cadeira e computador. Vamos apelar às autoridades”. Segundo o superintendente, na última semana houve uma paralisação nos atendimentos por falta de Internet. "A conta não foi paga", afirmou.
O superintendente da DRT no Acre, Manoel Neto, afirmou desconhecer a informação. Ele disse que as carteiras manuais, sem PIS, estão sendo abolidas, uma vez que as empresas contratantes se negam, de fato, a contratar esse pessoal sem documentação completa.
“Há 30 dias estamos confeccionando apenas as do tipo informatizada”, explicou. Quanto ao reforço de pessoal para a expedição dos documentos, ele levantou algumas preocupações. “Sinceramente, temo pela integridade física dos trabalhadores das DRTs, pois o volume de estrangeiros só aumenta e está sendo difícil garantir a ordem num ambiente naturalmente tumultuado”, disse, referindo-se ao alojamento, de propriedade do Estado, cedido à Prefeitura de Brasiléia.
Manoel Neto diz que há apenas um servidor da DRT/AC para emitir carteiras de trabalho em Brasiléia numa sala sem ar-condicionado. “Não há mesa, cadeira e computador. Vamos apelar às autoridades”. Segundo o superintendente, na última semana houve uma paralisação nos atendimentos por falta de Internet. "A conta não foi paga", afirmou.
Autor: G1 RO
Fonte: G1 RO
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