Começa dia 8 de março, no Centro
de Referência de Assistência Social (CRAS), o trabalho de cadastramento das
famílias estrangeiras. O objetivo é compreender melhor sua atual situação e
possuir uma noção de quantos estrangeiros habitam Lajeado.
Dentre eles estão haitianos, indianos e senegaleses. As famílias que não
possuírem o cadastramento não terão direito aos benefícios
O movimento migratório do Haiti
para outros países não é novo. EUA e República Dominicana já recebiam os
haitianos, mas para o Brasil, a migração iniciou após o grande terremoto de
2010. Desde 2004 o Brasil faz parte da Missão das Nações Unidas para a
estabilização no Haiti (Minustah), por isso tem relação mais estreita com o Haiti.
Há anos não se vivia algo
parecido. Nas décadas de 60 e 70 houve uma emigração de trabalhadores daqui
para a região de Três Passos, na década de 80 e 90, os filhos deles retornaram,
mas nunca houve uma situação em grande escala como está se tendo agora com a
vinda destes estrangeiros.
Os haitianos são trazidos pelas
empresas e ao chegarem ao país recebem visto humanitário que lhes dá todo o
direito que um cidadão brasileiro possui, como no caso de assistência a saúde,
educação e trabalho. Os senegaleses e indianos estão vindo em busca de uma vida
melhor, no entant Lajeadoo, não há um acordo entre os países para liberação de
visto.
A maioria dos haitianos, ao
chegarem ao município, se instalam no bairro São José e Praia. As condições em
que se encontram ainda não são dignas de moradia. “Existe situações onde há 10
haitianos dividindo um mesmo cômodo” conta a secretária... Ana Reckzieguel.
O salário que recebem não é
suficiente para se manterem aqui, pois além do aluguel ser alto, não conseguem
condições para adquirir algo melhor, pois necessitam enviar verbas para suas
famílias que residem no Haiti.
A grande dificuldade ainda se
encontra na língua. Haitianos falam francês e crioulo, já os indianos e
senegaleses, além de sua língua materna, falam inglês. Para haver contato entre
os dois lados, há um líder interprete, chamado Símon, que é porta voz e
professor de português para os haitianos residentes no município.
O objetivo agora é conseguir
cadastrar os haitianos para conseguir conceder mais benefícios para eles. Em
seguida senegaleses e indianos também serão cadastrados.
Radio Independiente
JRM
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