Evento começa na próxima sexta-feira (23), em Palmas, no
Tocantins. O ministro dos Esportes, George Hilton, acredita que essa primeira
edição dos Jogos pode aproximar as comunidades indígenas do resto da sociedade
brasileira.
Tiro com arco e flecha é uma das modalidades em que
indígenas de mais de 20 países vão competir. Foto: I Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas
Tiro com arco e flecha é uma das modalidades em que
indígenas de mais de 20 países vão competir.
Na próxima sexta-feira (23), tem início a 1ª edição dos
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que acontecem em Palmas, no
Tocantins. A iniciativa pioneira é uma parceria de diferentes ministérios do
governo federal e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Em entrevista à agência da ONU, o ministro dos Esportes, George Hilton,
destacou a importância do evento para aproximar as populações indígenas do
resto da sociedade brasileira.
Segundo o ministro, a realização dos JMPI é uma maneira
de incluir as demandas das etnias indígenas brasileiras no contexto dos grandes
eventos esportivos que o país tem sediado desde 2007. “Fechamos esse ciclo
também com as comunidades indígenas por entender que, além de ser um esporte de
inclusão social, tem um apelo muito forte para integrar os povos, para levantar
bandeiras importantes que as comunidades indígenas têm”, afirmou.
Para Hilton, os Jogos vão permitir dar visibilidade à
situação dos povos indígenas. De acordo com o dirigente, o desafio do governo
federal é que “não só o evento esportivo possa integrar essas comunidades do
mundo inteiro, mas sirva também como um fórum de discussão de outras conquistas
pleiteadas por essas comunidades”. Já foram confirmadas as participações de 22
países e de 23 etnias brasileiras na competição.
O ministro destacou também que os JMPI serão uma
oportunidade única de difundir a prática de esportes entre os indígenas
brasileiros, sem desrespeitar as modalidades típicas já existentes entre eles.
“As comunidades indígenas fazem parte desse planejamento (de massificação da
prática esportiva no país)”, explicou. Hilton também afirmou que o Ministério
está atento a questões de inclusão, como a presença das mulheres e deficientes
físicos nas competições.
Desde 1996, grupos de indígenas brasileiros realizam uma
versão nacional dos jogos. O evento mundial conta com apoio do PNUD, dos
Ministérios dos Esportes, Agricultura, Defesa e Cultura, da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, da Prefeitura de Palmas e do
governo do estado do Tocantins.
ONU
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