terça-feira, 20 de outubro de 2015

Etnias de 22 países nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas no Brasil


Evento começa na próxima sexta-feira (23), em Palmas, no Tocantins. O ministro dos Esportes, George Hilton, acredita que essa primeira edição dos Jogos pode aproximar as comunidades indígenas do resto da sociedade brasileira.

Tiro com arco e flecha é uma das modalidades em que indígenas de mais de 20 países vão competir. Foto: I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
Tiro com arco e flecha é uma das modalidades em que indígenas de mais de 20 países vão competir. 

Na próxima sexta-feira (23), tem início a 1ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que acontecem em Palmas, no Tocantins. A iniciativa pioneira é uma parceria de diferentes ministérios do governo federal e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em entrevista à agência da ONU, o ministro dos Esportes, George Hilton, destacou a importância do evento para aproximar as populações indígenas do resto da sociedade brasileira.

Segundo o ministro, a realização dos JMPI é uma maneira de incluir as demandas das etnias indígenas brasileiras no contexto dos grandes eventos esportivos que o país tem sediado desde 2007. “Fechamos esse ciclo também com as comunidades indígenas por entender que, além de ser um esporte de inclusão social, tem um apelo muito forte para integrar os povos, para levantar bandeiras importantes que as comunidades indígenas têm”, afirmou.

Para Hilton, os Jogos vão permitir dar visibilidade à situação dos povos indígenas. De acordo com o dirigente, o desafio do governo federal é que “não só o evento esportivo possa integrar essas comunidades do mundo inteiro, mas sirva também como um fórum de discussão de outras conquistas pleiteadas por essas comunidades”. Já foram confirmadas as participações de 22 países e de 23 etnias brasileiras na competição.

O ministro destacou também que os JMPI serão uma oportunidade única de difundir a prática de esportes entre os indígenas brasileiros, sem desrespeitar as modalidades típicas já existentes entre eles. “As comunidades indígenas fazem parte desse planejamento (de massificação da prática esportiva no país)”, explicou. Hilton também afirmou que o Ministério está atento a questões de inclusão, como a presença das mulheres e deficientes físicos nas competições.


Desde 1996, grupos de indígenas brasileiros realizam uma versão nacional dos jogos. O evento mundial conta com apoio do PNUD, dos Ministérios dos Esportes, Agricultura, Defesa e Cultura, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, da Prefeitura de Palmas e do governo do estado do Tocantins.

ONU

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