A esmagadora maioria dos portugueses (81 por cento) concorda que os imigrantes devem ter os mesmos direitos que os cidadãos nacionais, um número muito acima da média europeia (68 por cento), segundo o relatório divulgado.
O estudo foi divulgado no âmbito de um relatório anual sobre imigração, asilo e liberdade de movimento em 2011,apresentado pela Comissão Europeia e que aponta para cerca de 20,2 milhões o número de imigrantes oriundos de países terceiros que vivem na União Europeia (UE), o que representa quatro por cento dos 502,5 mil milhões de europeus.
O Eurobarómetro mostra ainda que 65 por cento (%) dos portugueses consideram que a imigração enriquece o país económica e culturalmente, contra 28% que acha que não(UE 53% contra 42%).
Quase metade dos portugueses (48%, UE 42%) concorda que deve ser encorajada a vinda de imigrantes para a Europa, para fazer face ao envelhecimento da população e à procura de mão de obra em determinados setores, contra 38%(UE 46%) que discordam.
O relatório de Bruxelas adianta, sobre esta questão, que em 2010 a taxa de emprego média nos imigrantes era de 58,5%, comparando com os 68,6% da população europeia com idades entre os 20 e os 64 anos
A questão da concessão do estatuto de asilado é também abordada no inquérito, sendo que a grande maioria dos portugueses (80%) considera que o Estado deve dar proteção e asilo aos necessitados, contra 13% que discordam (UE 80% e 16%, respetivamente).
Por outro lado, 78% dos inquiridos em Portugal consideram que as regras para a concessão de asilo devem ser iguais nos 27 Estados-membros, contra 14% (UE 85% e 11%).
Já o relatório refere que, no ano passado, os 27 receberam mais de 300 mil pedidos de asilo, um aumento de 16,2% face a 2010.
Por outro lado, mais de metade dos portugueses (53%) sente que as suas liberdades e direitos fundamentais foram restringidos, na UE, por causa da luta contra o terrorismo e o crime organizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário