quarta-feira, 6 de junho de 2012

Israel quer expulsar 25 mil africanos

Nova lei da imigração prevê penas de prisão até três anos para os imigrantes ilegais. Primeiro-ministro pede rapidez na extradição dos estrangeiros que se encontram em situação irregular no país



A lei entrou em vigor este domingo e tem como objetivo controlar a entrada de imigrantes ilegais em Israel. Nos últimos três anos, a chegada de pessoas provenientes de África tem aumentado exponencialmente, chegando a uma média de 2000 por mês. Benjamim Netanyahu quer pôr travão a este fluxo migratório ilegal. «O problema dos infiltrados tem que ser resolvido e nós vamos resolvê-lo», afirmou o primeiro-ministro israelita. 

Dos cerca de 60 mil imigrantes ilegais no país, perto de 25 mil serão oriundos de países com quem Israel mantém relações diplomáticas, não havendo por isso grandes problemas no repatriamento. Já a deportação dos naturais do Sudão ou da Eritreia poderá revelar-se mais difícil e arriscada, por razões humanitárias. 

Mesmo assim, Netanyahu foi taxativo. «Os que puderem ser repatriados devem sê-lo o mais rápido possível», afirmou o governante. Neste sentido, fontes do Ministério de Assuntos Exteriores já disseram que as deportações vão começar, mesmo que seja necessário recorrer à força. Os centros de alojamento e detenção de imigrantes ilegais já se tornam pequenos para a quantidade de estrangeiros que se estão a dirigir a Israel.

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