Os ministros do Interior da União Europeia
acordaram esta quinta-feira dia 7 em Luxemburgo uma reforma do tratado que define
as regras de funcionamento do Espaço Schengen, uma região que abrange 26 países
europeus onde a circulação de cidadãos é livre, sem controlos fronteiriços. O
acordo poderá restringir a liberdade de circulação na União Europeia.
Os
ministros reunidos no Luxemburgo aprovaram uma reforma que prevê a
possibilidade de restabelecimento de controlos fronteiriços internos em caso de
pressões migratórias extraordinárias. Assim, os países do Espaço Shengen, onde
se inclui Portugal, poderão voltar a ter controlos nas fronteiras durante seis
meses, prorrogáveis por outros seis, se os controlos em fronteiras externas (da
União Europeia com outros países) não estiver assegurado devido a
circunstâncias extraordinárias.
Este
reforço do controlo fronteiriço é um dos instrumentos que os responsáveis
europeus criaram para lidar com a crescente vaga de imigração ilegal na União
Europeia, sendo uma das portas de entrada a fronteira entre a Grécia e a
Turquia.
Mas
a efectiva aprovação da reforma do tratado depende ainda de aprovação do
Parlamento Europeu, tendo já alguns eurodeputados manifestado a sua
insatisfação com a possibilidade de restringir mais a liberdade de circulação
de cidadãos no espaço comunitário.
Recorde-se
que a actual legislação já permite aos países que aderiram ao Espaço Schengen
fechar as suas fronteiras durante um mês por razões de segurança e ordem
pública. Portugal já o fez quando organizou o campeonato de futebol Euro 2004 e
quando realizou a cimeira da Nato, em 2010.
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