quarta-feira, 6 de julho de 2011

COSTA RICA: BISPOS DENUNCIAM SOFRIMENTO DOS IMIGRANTES



Os bispos da América do Norte e América Central pedem aos seus respectivos governos para que assumam a responsabilidade da tutela jurídica dos imigrantes.

"Somos testemunhas do grande sofrimento dos imigrantes em nossos países e regiões, que muitas vezes passam por exploração e abusos perpetrados pelas autoridades, pelos seus patrões e organizações criminosas" – afirmam os prelados numa declaração.

Os bispos consideram injustas e desumanas as leis que provocam a separação das famílias migrantes, a detenção arbitrária e as ameaças contra a vida. "Essas leis precisam ser mudadas" – frisam eles.

Falando sobre a escalada de violência em seus países, os prelados recordam o aumento de seqüestros e homicídios de imigrantes no México, perpetrados por organizações criminosas. O massacre de setenta e duas pessoas no Estado de Tamaulipas, no México, em 2010, e a recente descoberta de duzentos cadáveres no norte desse país. Muitas vezes os imigrantes são vítimas do tráfico de pessoas. Segundo os bispos, essas tragédias receberam pouca atenção das autoridades.

A declaração foi publicada após um recente encontro sobre o tema da imigração realizado em San José, capital da Costa Rica, que contou a participação de bispos dos Estados Unidos, México, Panamá, Honduras e Guatemala, com representantes da Caritas Internacional e alguns especialistas sobre o tema da imigração. "A Igreja é muito sensível a esse fenômeno e trabalha de forma organizada nos países particularmente atingidos" – ressalta a nota.

Os bispos incentivam a trabalhar para o bem comum, criando adequadas condições econômicas para que essas pessoas tenham oportunidades em seus países.

A declaração expressa a preocupação crescente com o aumento de seqüestros e assassinatos de imigrantes, sobretudo na fronteira entre México e Estados Unidos.

A Comissão Nacional para os Direitos Humanos no México indica que cerca de 10 mil imigrantes foram seqüestrados em 2008 e 2009. (MJ)

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