segunda-feira, 4 de julho de 2011

ONU pede que governos não deportem haitianos



As Nações Unidas estão pedindo aos governos de todo o mundo que suspendam os retornos involuntários de haitianos para seu país de origem, dadas as difíceis condições que ainda persistem no Haiti 18 meses após o terremoto que devastou o país em janeiro de 2010.

“Apesar das recentes eleições e dos esforços de reconstrução em curso, em casos de retorno o Haiti, enfraquecido pelo terremoto, ainda não pode garantir uma proteção adequada, especialmente para alguns grupos vulneráveis”, disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards.

O pedido da ONU foi feito por meio de comunicado conjunto do ACNUR e do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (OHCHR, da sigla em inglês). Estima-se que 680 mil pessoas ainda estão deslocadas dentro do Haiti, e estão espalhadas entre mais de 1.000 acampamentos na capital, Port-au-Prince, e outras áreas afetadas pelo terremoto. Um número desconhecido permanece fora do país.

Dada a situação atual no Haiti, o ACNUR e o OHCHR emitiram um comunicado conjunto pedindo que os governos renovem, por razões humanitárias, autorizações de residência e outros mecanismos que têm permitido aos haitianos permanecerem fora do seu país.

“Pedimos que os governos tenham uma consideração especial e avaliem individualmente os casos do Haiti e tentem abster-se de deportar ao Haiti pessoas com necessidades de proteção especial, e para evitar situações em que o retorno leve à separação da família”, afirmou Edwards.

Michel Martelly foi empossado como o novo presidente do Haiti em maio, depois de liderar as pesquisas no início deste ano. A Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah), disse na época que a posse de Martelly dava “todas as esperanças de mudança para o povo do Haiti: de reconstrução, do progresso, de estabilidade, de paz social, Estado de direito e desenvolvimento”.

A Minustah pediu a Martelly, seu governo, aos políticos do Haiti, e aos grupos da sociedade civil que tentem “fazer deste momento histórico a sua oportunidade para selar um novo pacto político, econômico e social para reconstruir juntos um novo Haiti”.

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