O Instituto Nacional de Imigração do México (INM) deportou, na última sexta-feira (15), o jornalista e professor italiano Giovanni Proiettis. A informação é do Knight Center for Journalism in the Americas.
Proiettis era colaborador de um blog do diário comunista "Il Manifesto" e professor na Universidade Autónoma de Chiapas, há 18 anos.
Para justificar a medida, o governo mexicano limitou a alegar que Proiettis foi expulso "por exercer profissão além do que foi autorizado".
A mulher do jornalista, a também italiana Maribel Rotondo, continua no México, e obteve informações a respeito do marido, deportado para Madri, na Espanha, após conversar com a Embaixada Italiana.
Motivação
Segundo informações da agência de notícias italiana, ANSA, amigos do jornalista atribuem a expulsão do profissional a um incidente ocorrido entre Proiettis e o presidente mexicano Felipe Calderón. O desentendimento teria ocorrido durante uma conferência sobre mudanças climáticas realizada em Cancún, há cerca de cinco meses.
Ainda, de acordo com relatos, Proiettis integrava um grupo de jornalistas que criticavam abertamente Calderon durante o evento, por conta se suposta fraude durante as eleição presidenciais de 2006.
Pouco depois, um militar mexicano tomou a credencial de jornalista de Proiettis, usada para cobrir o evento.
Uma das últimas postagens de Proiettis, no blog comunista, abordava um alerta dado pela colega, Carmen Arístegui, sobre a necessidade de esclarecer os rumores sobre o alcoolismo de Calderón.
O comentário resultou na demissão da periodista, mas a direção da Rádio MVS, onde Carmen trabalhava, aceitou seu retorno depois de ser severa critica da opinião pública
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