quinta-feira, 21 de abril de 2011

Em 16 estados mexicanos, imigrantes que tentam chegar aos Estados Unidos correm risco de morte

Os imigrantes não legalizados que usam o México como área de passagem para chegar até os Estados Unidos estão ameaçados – com risco de morte – quando transitam em 16 dos 32 estados mexicanos. A conclusão foi divulgada em um estudo da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México.
A comissão é um órgão independente, mas que conta com o apoio financeiro do governo mexicano. O Instituto Nacional de Imigração do México informou que, por ano, cerca de 150 mil imigrantes ilegais tentam chegar aos Estados Unidos.
De acordo com o documento, em 71 municípios de 16 estados os imigrantes correm perigo. Os riscos envolvem tanto trechos de rodovia como também de ferrovia. Há denúncias de sequestros, espancamentos, roubos, extorsão e abuso sexual de migrantes, além de assassinatos. No ano passado, 72 imigrantes foram encontrados mortos na região fronteiriça, quatro deles eram brasileiros.
Pelos dados do relatório, as regiões mais violentas são Tamaulipas, Baja California, Chiapas, Coahuila, Estado do México, Guanajuato, Guerrero, Michoacán, Nuevo León, Oaxaca, Queretaro, Quintana Roo, San Luis Potosí, Sonora, Tabasco e Veracruz. Nesses locais, em geral, há registros de atuação de grupos de tráfico de pessoas e drogas.
Para os ativistas mexicanos, o ideal é utilizar o mapa elaborado pela CNDH para indicar as rotas consideradas inseguras para o trânsito entre o México e os Estados Unidos. Para a elaboração do relatório, a comissão analisou depoimentos de imigrantes e fez os diagnósticos.
No começo deste mês, na cidade de San Fernando, em Tamaulipas, foram encontrados 145 corpos em valas comuns. No ano passado foram localizados corpos de 72 imigrantes. Os crimes são atribuídos ao cartel de Los Zetas.

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