Senador Jorge Viana (PT-AC)
Senadores
da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) vão a Brasileia, no
Acre, para averiguar os resultados da força-tarefa - dos governos federal
e estadual - que trabalha para regularizar a situação dos cidadãos haitianos e
de outras nacionalidades que se encontram refugiados e em situação irregular no
Brasil. Requerimento com esse objetivo foi aprovado na quinta feira dia (25)
pela comissão.
O município de Brasileia, que faz fronteira com a
Bolívia, é considerado porta de entrada de imigrantes ilegais e refugiados
no país. Atualmente cerca de 1.400 haitianos estão abrigados em um acampamento
no município, que tem pouco mais de 20 mil habitantes. Os autores do pedido são
os senadores Jorge Viana e Anibal Diniz , ambos do PT do Acre. De acordo com
informações do governo do estado, mais de 800 imigrantes já têm CPF e 1.048
estão aptos para trabalhar no Brasil. Além de haitianos, também estão no abrigo
de Brasileia cidadãos oriundos de Bangladesh, da Nigéria, do Senegal e da
República Dominicana.
- A ação, a atitude necessária do governo federal foi tomada. O
abrigo já é outro, não é aquele que vimos antes. As condições necessárias para
que o mínimo de humanidade se desse já foram dadas, mas o problema está lá –
disse Jorge Viana.
A CRE também aprovou requerimento subscrito pelos dois senadores
para a realização de uma audiência pública com representantes do governo a fim
de buscar soluções definitivas para o problema.
- A questão central é que quanto mais se resolve um problema
desse, mais ele vai se ampliar. A notícia já correu para o Haiti e para o mundo
inteiro que agora o abrigo está muito bom, que todos estão vacinados, que já
estão com carteira de trabalho, com CPF – disse Viana durante a reunião.
Mesma opinião manifestou o presidente da CRE, senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES).
- O que estamos observando é que se formam esses esforços
concentrados quando o problema espraia, quando o problema explode. Na verdade,
o que nós precisamos é de uma política estruturada para que esse problema tenha
princípio, tenha meio e tenha fim – avaliou.
A expectativa é de que a audiência pública e a visita sejam
realizadas em maio.
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