O I Forum Internacional dos Emigrantes terminou em
Berna, na Suíça, definindo como seu objetivo imediato a institucionalização de
uma Secretaria dos Emigrantes pelo governo federal, seguido da criação de vagas
no Parlamento para emigrantes eleitos pelos emigrantes.
Para uma maior participação dos
emigrantes nas eleições, o Forum propõe que lhes seja concedido o voto por
correspondência, permitindo-se assim a participação dos emigrantes residentes
longe de consulados. Muitos eleitores deixam de transferir seus títulos ou de
votar para evitar despesas de transporte.
A fim de criar condições práticas
para atingir esses objetivos, os emigrantes participantes do Forum decidiram
criar uma entidade supranacional, destinada à realização de novos Forums e
contatos para sensibilizar parlamentares, instituições e governos estaduais e
federais em favor dessas reivindicações.
Por sua vez, o Forum criticou a atual
política brasileira de emigração, por manter os emigrantes sob a tutela dos
diplomatas do Itamaraty, impedindo-lhes a emancipação política e independência.
Foram também criticados os atuais conselhos de cidadania, que, embora eleitos
pelos emigrantes, são dirigidos pelos consulados locais.
Foi também denunciada a próxima
intenção do Itamaraty de relançar o extinto Conselho de representantes, CRBE,
com a eleição dos novos conselheiros por voto indireto, mantendo o órgão como
simples órgão consultivo e de assessoria, uma espécie de apêndice inútil mas
destinado a simular uma política de emigração, na verdade inexistente.
O Forum Internacional dos Emigrantes
elegeu como seu dirigente o jornalista e líder emigrante Rui Martins, secundado
pelo sociólogo emigrante Edmar da Rocha. Foi também eleita uma comissão
organizadora formada por emigrantes da França, Estados Unidos, Áustria, Itália
e Suíça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário