O
governo boliviano realizará um censo de estrangeiros após incidentes de
violência provocados por cidadãos de países vizinhos, registrados
principalmente na cidade de Santa Cruz (leste), informou o ministro de Governo
(Interior), Carlos Romero, citado neste sábado (20) por uma rádio
governamental.
"Há a necessidade de fazer um censo de
estrangeiros e depois confrontar os dados com seus antecedentes policiais e
judiciais de seus países de origem", afirmou Romero, explicando que a
medida faz parte de uma política governamental de emergência para frear
incidentes criminosos, associados ao crime organizado e ao narcotráfico.
O ministro Romero confirmou na sexta-feira
a detenção de dois colombianos e de um brasileiro, acusando-os de trabalhar
como sicários e de terem assassinado separadamente um peruano e um boliviano
nas últimas duas semanas.
Um dos crimes foi filmado por uma câmera de
segurança e foi divulgado por todos os canais de televisão privados e inclusive
no Youtube, provocando comoção entre a população.
A polícia local investiga outros quatro casos
com características similares.
A Direção de Migração do Equador informou
na sexta-feira que no país há cerca de 33 mil cidadãos estrangeiros que vivem
de forma legal e acredita-se que outros 5 a 6 mil estão em situação irregular,
boa parte deles peruanos, argentinos, brasileiros e colombianos.
A Bolívia, no coração da América do Sul, é um
dos principais produtores de cocaína do mundo, depois de Colômbia e Peru -
segundo dados da Organização das Nações Unidas - e um dos caminhos para o
trânsito da droga peruana com destino a Brasil e Paraguai, principalmente.
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