sábado, 20 de abril de 2013

Plano bipartidário quer tirar da sombra os imigrantes ilegais nos EUA


O grupo de oito senadores que apresentou um projeto bipartidário de reforma migratória defendeu nesta quinta-feira seu plano para incorporar os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem "na sombra" nos Estados Unidos.
Os senadores democratas Charles Schumer, Robert Menendez, Dick Durbin e Michael Bennet, e os republicanos John McCain, Lindsey Graham, Marco Rubio e Jeff Flake empreenderam uma campanha a favor do texto bipartidário, que esperam se submeta a votação em junho.
Recebidos com um aplauso por grupos em favor da reforma migratória, os oito defenderam em entrevista coletiva que se trata de uma lei que fortalece a segurança na fronteira, ao mesmo tempo em que oferece uma via para que os imigrantes ilegais se incorporem à sociedade.
"Todos queríamos não ter este problema, mas o temos, e temos que regulá-lo porque deixar as coisas como estão, isso é a verdadeira anistia", afirmou Rubio, ressaltando que, embora se tenha dito muitas vezes, os EUA sempre foram um país de imigrantes.
"Deixemos que saiam das sombras, que passem pelo controle de antecedentes penais, paguem uma multa, comecem a pagar impostos", disse o senador de origem cubana, lembrando que, durante o período de transição até que possam solicitar a cidadania, não poderão pedir ajudas federais nem benefícios sociais.
Por sua parte, Schumer assegurou que é uma lei "equilibrada" na qual se levam em conta as preocupações conservadoras sobre a segurança de fronteira, mas também se oferece um caminho para facilitar a imigração legal, porque a situação atual "não faz sentido".
"Nossa proposta assegura a fronteira primeiro, mas trata a situação daqueles que estão vivendo na sombra como uma prioridade igual de urgência", afirmou o democrata.
A proposta inclui US$ 3 bilhões para a segurança fronteiriça; US$ 1,5 bilhão para colocar muros e cercas na fronteira, e fundos para contratar 3.500 agentes, além de sancionar empresas que com pleno conhecimento deem emprego a imigrantes ilegais.
Além disso, prevê um prazo de dez anos para a legalização dos imigrantes ilegais, que além disso deverão pagar uma multa de US$ 2.000, pagar ou demonstrar que pagaram impostos, e se submeter a verificação de antecedentes e domicílio.
O senador republicano John McCain, que esteve envolvido em outras tentativas de reforma migratória, assinalou que, embora "nem todo mundo goste de todas as disposições", é uma oferta "global" que oferece uma solução sobre o que trabalhar.

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