O grupo de oito senadores que apresentou um projeto bipartidário de
reforma migratória defendeu nesta quinta-feira seu plano para incorporar os 11
milhões de imigrantes ilegais que vivem "na sombra" nos Estados
Unidos.
Os senadores democratas Charles Schumer, Robert Menendez, Dick Durbin e
Michael Bennet, e os republicanos John McCain, Lindsey Graham, Marco Rubio e
Jeff Flake empreenderam uma campanha a favor do texto bipartidário, que esperam
se submeta a votação em junho.
Recebidos com um aplauso por grupos em favor da reforma migratória, os
oito defenderam em entrevista coletiva que se trata de uma lei que fortalece a
segurança na fronteira, ao mesmo tempo em que oferece uma via para que os
imigrantes ilegais se incorporem à sociedade.
"Todos queríamos não ter este problema, mas o temos, e temos que
regulá-lo porque deixar as coisas como estão, isso é a verdadeira
anistia", afirmou Rubio, ressaltando que, embora se tenha dito muitas
vezes, os EUA sempre foram um país de imigrantes.
"Deixemos que saiam das sombras, que passem pelo controle de
antecedentes penais, paguem uma multa, comecem a pagar impostos", disse o
senador de origem cubana, lembrando que, durante o período de transição até que
possam solicitar a cidadania, não poderão pedir ajudas federais nem benefícios
sociais.
Por sua parte, Schumer assegurou que é uma lei "equilibrada"
na qual se levam em conta as preocupações conservadoras sobre a segurança de
fronteira, mas também se oferece um caminho para facilitar a imigração legal,
porque a situação atual "não faz sentido".
"Nossa proposta assegura a fronteira primeiro, mas trata a situação
daqueles que estão vivendo na sombra como uma prioridade igual de
urgência", afirmou o democrata.
A proposta inclui US$ 3 bilhões para a segurança fronteiriça; US$ 1,5
bilhão para colocar muros e cercas na fronteira, e fundos para contratar 3.500
agentes, além de sancionar empresas que com pleno conhecimento deem emprego a
imigrantes ilegais.
Além disso, prevê um prazo de dez anos para a legalização dos imigrantes
ilegais, que além disso deverão pagar uma multa de US$ 2.000, pagar ou
demonstrar que pagaram impostos, e se submeter a verificação de antecedentes e
domicílio.
O senador republicano John McCain, que esteve envolvido em outras
tentativas de reforma migratória, assinalou que, embora "nem todo mundo
goste de todas as disposições", é uma oferta "global" que
oferece uma solução sobre o que trabalhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário