A meta da força-tarefa montada pelos governos federal e estadual, nas
cidades de Brasileia e de Epitaciolândia, no Acre, para a regularização de
haitianos que entraram irregularmente no país foi atingida ontem (17). A
informação é do secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, que coordena o
trabalho da força-tarefa. Segundo ele, foi regularizada a situação de 1.243
haitianos. "Receberam passaporte, CPF, Carteira de Trabalho e visto
humanitário", disse.
A força-tarefa, que está trabalhando há quatro dias, atua em três
frentes. De acordo com o secretário, uma é para a regularização, outra de apoio
social e humanitário e a terceira de intermediação de mão de obra. "As
tarefas de regularização estão completas. Na área social e humanitária foram
aplicadas as vacinas e a equipe médica tem feito atendimento individualizado
para quem eventualmente necessita. A Defesa Civil implantou um plano de ações
emergenciais de assistência e socorro que implica novas instalações, cuja
construção começou ontem (16) com novos banheiros. Hoje chegaram colchões.
Dentro do plano de Defesa Civil, existe um conjunto de procedimentos
relacionados a serviços de limpeza higiene e lavanderia", explicou Abrão.
O secretário informou ainda que 919 pessoas receberam 2.225 doses de vacinas
contra febre amarela, hepatite, antitetânica e difiteria. Além disso, foram
feitos mais de 200 exames de doenças sexualmente transmissíveis por adesão
voluntária. "As ações sociais se consolidam cada vez mais. Ontem, no fim
da noite, chegou uma equipe médica que trabalhou hoje no posto de saúde”,
disse. Ontem começou a obra de ampliação para melhorar as instalações de
higiene e acolhida dos haitianos", completou.
Na área de intermediação de mão de obra 1.098 imigrantes receberam
carteiras de Trabalho e já estão aptos ao emprego. "Com a oferta de
trabalho alguns empresários estão promovendo recrutamento aqui no Acre.
Quarenta e sete haitianos já partiram para o Paraná, 43 foram esta noite para
Santa Catarina e mais empresários chegaram aqui hoje”, declarou.
De acordo com o secretário, o perfil dos haitianos é de uma população
jovem, entre 18 e 28 anos de idade. "Formada majoritariamente por homens
com força de trabalho animada disposta a fazer o sonho de uma vida melhor no
Brasil. A grande maioria tem escolaridade de ensino médio e um outro grupo com
formação superior. No que se refere às habilidades profissionais, a maioria é
vocacionada para a construção civil. No outro grupo tem professores,
psicólogos, técnicos de enfermagem e de informática", disse.
Paulo Abrão informou também que o governo vai prestar assistência social
e humanitária até que os haitianos consigam colocação no mercado de trabalho.
"Para isso, o Ministério do Trabalho e Emprego está tomando providências
visando não somente à facilitação do trabalho autônimo como também à busca
ativa de empregos para eles", acrescentou.
O secretário disse ainda que a força-tarefa permanecerá até sábado (20),
no Acre. Depois, o atendimento será feito por uma equipe."Agora estamos
atendendo na Polícia Federal apenas o quantitativo de haitianos que chegam
diariamente. Tem sido uma média de 30 pessoas. O desafio agora é atender as
demais nacionalidades que também estão presentes no local", declarou.
Agencia Brasil
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