Os principais desafios enfrentados pelas populações de muitos países
europeus — baixa fertilidade, envelhecimento e migração — podem ser resolvidos
e não devem ser vistos como uma ameaça. Essa foi uma
das afirmações de especialistas em uma reunião de dois dias em Viena, Áustria, e
foi organizada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), pela Comissão Econômica das Nações
Unidas para a Europa (UNECE) e o Instituto Internacional para a
Análise de Sistemas Aplicados (IIASA).
“Não há dúvida de que o envelhecimento da sociedade e os fluxos
migratórios crescentes acarretam muitos desafios, em particular para a
sustentabilidade dos sistemas de proteção social e para a capacidade de
integração das sociedades”, disse Werner Haug, Diretor do Escritório Regional
do UNFPA para a Europa Oriental e Ásia Central.
Mas, segundo Haug, o que também é claro é que essas dinâmicas
populacionais podem ser geridas e não precisam ter repercussões negativas para
a prosperidade e coesão da sociedade.
“A verdadeira ameaça é a falta de antecipação às mudanças demográficas e
de resposta em tempo hábil, com políticas que respeitem as escolhas dos
indivíduos e estão em plena consonância com os princípios de direitos humanos”,
disse Haug.
A reunião de especialistas faz parte de uma série de eventos relativos a
uma conferência regional de alto nível em Genebra, que será realizada nos dias
1 e 2 de julho e que visa chegar a um consenso sobre uma agenda para a
população da Europa, duas décadas depois de os líderes mundiais terem adotado
um Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, no Cairo, Egito,
em 1994
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