Governo fará força tarefa para regularizar situação dos
haitianos no Acre
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta-feira uma força tarefa do governo federal, com cinco ministérios e a Polícia Federal, para regularizar a situação dos haitianos que entraram ilegalmente no Brasil, criando um grave problema social no Acre. Cardozo disse que a partir de amanhã o efetivo da Polícia Federal será reforçado no estado para evitar a ação dos coiotes na fronteira do Acre e o movimento migratório ilegal.
Segundo o ministro, a partir de sexta-feira chegarão ao Acre representantes dos ministérios da Justiça, de Relações Exteriores, do Trabalho, da Saúde e do Desenvolvimento Social para atuar em parceria com o governo do Acre no atendimento aos haitianos. Ontem, o governo do Acre decretou estado de emergência social nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta-feira uma força tarefa do governo federal, com cinco ministérios e a Polícia Federal, para regularizar a situação dos haitianos que entraram ilegalmente no Brasil, criando um grave problema social no Acre. Cardozo disse que a partir de amanhã o efetivo da Polícia Federal será reforçado no estado para evitar a ação dos coiotes na fronteira do Acre e o movimento migratório ilegal.
Segundo o ministro, a partir de sexta-feira chegarão ao Acre representantes dos ministérios da Justiça, de Relações Exteriores, do Trabalho, da Saúde e do Desenvolvimento Social para atuar em parceria com o governo do Acre no atendimento aos haitianos. Ontem, o governo do Acre decretou estado de emergência social nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia.
- Tomamos um conjunto de medidas a partir da análise da situação dos
haitianos. O Brasil tem uma tradição, que temos de respeitar, de receber
migrantes, reconhecendo seus direitos e a possibilidade de aqui viverem dentro
do que a lei estabelece. Exatamente pela situação que acontece no Acre, vamos
fazer uma força tarefa com vários ministérios envolvidos, para cuidar do
problema - disse o ministro.
O movimento migratório de haitianos começou em 2010, depois do terremoto
que devastou o país e matou inclusive militares brasileiros da missão de paz e
a pediatra Zilda Arns. Em 2012, o governo estabeleceu uma cota que cem vistos
humanitários por mês, concedidos pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe. A
estimativa das autoridades acrianas é que cerca de 1.700 haitianos entraram
ilegalmente no estado nos três primeiros meses deste ano.
- Nós temos lá pessoas que estão em situação irregular no Brasil, não
têm carteira de trabalho e não têm condições de sobrevivência. Vamos fazer um
mutirão para emitir os protocolos que autorizam os haitianos a ter visto no
Brasil e as carteiras de trabalho para que eles possam trabalhar. Há muitas
empresas brasileiras que têm interesse nessa mão de obra. Vivemos no Brasil uma
situação de pleno emprego, e eles podem entrar e trabalhar dentro das
necessidades das empresas - argumentou Cardozo.
Segundo ele, o Ministério do Trabalho vai fazer uma política de
intermediação de mão de obra entre os haitianos e as empresas interessadas. O
ministro estima que em uma semana os haitianos começarão a receber carteira de
trabalho brasileira.
Em outra frente, profissionais do Ministério da Saúde farão um
mapeamento epidemiológico, em parceria com o governo do Acre, para atendimento
das pessoas doentes. O Ministério do Desenvolvimento Social manterá o apoio aos
imigrantes, que receberão alimentação enquanto não conseguem emprego. Cardozo
disse que cerca de 20 servidores federais dos cinco ministérios chegarão ao
Acre.
A Polícia Federal, segundo o ministro, vai atuar para coibir a ação dos
coiotes, que cobram caro para trazer os haitianos irregularmente para o Brasil.
Uma das linhas de ação, disse Cardozo, é ampliar o serviço de emissão de vistos
para os haitianos na Embaixada do Brasil em Porto Príncipe.
- Estamos analisando medidas que coíbam a entrada ilegal no Brasil,
incentivada por coiotes e por organizações criminosas, que se valem da miséria
e do desespero dos haitianos para colocá-los irregularmente dentro do Brasil. A
melhor maneira de fazer isso é ampliar a possibilidade de que os haitianos
entrem legalmente no Brasil. Temos um serviço na Embaixada em Porto Príncipe, e
a ideia é ampliar esse serviço e facilitar aqueles que querem vir para o Brasil
legitimamente - disse.
O governo deverá combater a entrada ilegal por via terrestre, afirmou o
ministro:
- A nossa ideia é favorecer a entrada legal para viabilizar medidas de
enfrentamento dos coites e dessas organizações criminosas que se valem do
desespero dessas pessoas e da situação terrível pela qual o Haiti passa.
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