O
Ministério da Justiça quer saber que dificuldades enfrentam os 4 mil e 700
refugiados de várias nacionalidades que vivem no país. Um estudo
sociodemográfico com o perfil dos refugiados deve ficar pronto em 18 meses e
vai auxiliar o governo a construir políticas públicas mais embasadas destinadas
a esse público. O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão presidido
pelo secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, e o Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) assinaram nesta quinta-feira, 11 de
abril, na sede do Ministério da Justiça, acordo com o Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas (IPEA) para realização da pesquisa.
O estudo vai identificar os
problemas e avaliar o alcance das ações de apoio do Governo Federal para
integração dessas pessoas na sociedade brasileira. O presidente do Conare,
Paulo Abrão, afirma que o governo dará salto qualitativo com a identificação das
reais demandas dos refugiados . “Há processos que não estão visíveis e
precisamos direcionar um conjunto de novas ações”, explica o secretário do
Ministério da Justiça.
O Representante do ACNUR,
Andrés Ramirez, que também assinou o documento, complementou que o levantamento
poderá aprimorar o programa voltado aos refugiados “na medida em que nos
permitirá ter maior clareza sobre sua situação num país tão grande e diverso”.
O IPEA , que coordenará o
estudo já possui experiência com levantamento de imigrantes, mas essa será a
primeira vez que o órgão trabalhará com refugiados. Para João Brígido Bezerra,
representante do IPEA, há levantamentos de gastos mostrando que há muito mais
investimento feito, além do orçamento já dispendido com os refugiados pelo Governo
Federal e ACNUR. “Queremos que essa parceria seja profícua para todas as
partes”, afirmou.
Ministério da Justiça
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