quarta-feira, 3 de julho de 2013

Card. Coccopalmerio: pobreza e desenvolvimento sustentável, desafios para a Igreja


Pode se dizer "mais justo e mais équo" o mundo "que se esquece de uma grande parte da humanidade e é incapaz de um uso racional e sustentável dos recursos, de uma melhor distribuição dos bens da terra, de tomar decisões de amplo alcance para conter os efeitos das mudanças climáticas que produzem efeitos devastadores nos territórios onde mais há risco de pobreza?"

Com essa interrogação, o presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal Francesco Coccopalmerio, abriu nesta segunda-feira o Seminário de alto nível que se realizou na Casina Pio V, no Vaticano – a prestigiosa sede da Pontifícia Academia das Ciências –, que teve como tema "Pobreza, bens públicos e desenvolvimento sustentável. Os desafios globais do novo milênio".

"A pobreza é um dos grandes desafios do novo milênio – disse o purpurado. Muitas aspirações bonitas, muitos programas, compromissos formais por parte de organizações mundiais e nacionais, permaneceram somente aspirações às quais propender, e a pobreza – num contexto também de crise econômica – aumenta e impõe a todos nós interrogações de tipo social, econômico, de justiça e, não por último, de caráter moral."

O presidente do dicastério vaticano recordou que "desde o início de seu Pontificado, o Papa Francisco tem enfrentado com constância, afinco e participação o tema dos pobres e da pobreza. Ele tem a convicção de que se trata de um desafio também para a própria Igreja: sobriedade e capacidade de escuta das exigências dos menos favorecidos devem ser as linhas mestras do comportamento dos cristãos".

"Mas hoje – continuou – o tema da pobreza se entrelaça também com outros temas interdependentes: o cuidado pelo ambiente, a sustentabilidade urbana, a sustentabilidade energética, o crescimento econômico que deve ser guia de critérios novos, o consumo do solo com tantas construções vazias e inutilizadas diante de tantas novas construções muitas vezes realizadas em áreas de risco", observou o Cardeal Coccopalmerio. (RL)

Radio Vaticano

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