O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, entrou na quarta-feira no debate sobre a imigração, divulgando um relatório em que alardeia os benefícios econômicos das reformas e reunindo-se com parlamentares hispânicos, enquanto deputados republicanos tentam redigir uma resposta.
A reforma da imigração é uma das prioridades para Obama em seu segundo mandato, mas ele se manteve afastado do debate nos últimos meses para não atrapalhar sua aprovação no Senado, onde os democratas têm maioria. Agora o projeto seguiu para a Câmara, e Obama quer pressionar a oposição.
O relatório diz que a aprovação das reformas geraria um crescimento econômico de 3,3 por cento até 2023 e reduziria o déficit federal em quase 850 bilhões de dólares em 20 anos.
A reforma proposta por Obama abre caminho para a legalização e concessão de cidadania para estimados 11 milhões de estrangeiros em situação hoje irregular.
O deputado democrata Xavier Becerra, que participou da reunião de parlamentares com o presidente, disse que Obama "se disse aberto a fazer qualquer coisa que achássemos no Congresso que seria útil".
Enquanto isso, o presidente da Câmara, John Boehner, convidou os 233 deputados do seu Partido Republicano para discutir o projeto que veio do Senado com apoio bipartidário.
Grupos de partidários da reforma disseram ter a expectativa que o encontro revele com clareza se há suficiente apoio dos republicanos na Câmara para aprovar a medida. Mas Boehner teria dificuldades para convencer os deputados mais conservadores de que a versão em pauta não é uma mera anistia para os imigrantes clandestinos.
Um assessor republicano disse que a bancada precisaria decidir se uma lei de imigração mais limitada, com ênfase na segurança das fronteiras, deveria ser posta em votação no plenário antes do recesso de agosto, quando os deputados confrontarão suas bases eleitorais.
Segundo um recente estudo do apartidário Relatório Político Cook, que monitora disputas eleitorais parlamentares, só 24 dos 234 deputados republicanos representam distritos em que o eleitorado hispânico supera 25 por cento.
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