Para estimular o debate
sobre o tráfico humano e o trabalho escravo na sociedade, o governo do Rio de
Janeiro (RJ) se engajou no movimento internacional Gift
Box, que utiliza caixas coloridas, em locais públicos, com relatos
de vítimas e simulação do processo de aliciamento dos traficantes. O projeto,
inédito no Brasil, começou na estação do teleférico de Bonsucesso, na zona
norte da capital, e passará por, pelo menos, mais cinco locais até agosto.
O secretário de
Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, disse, em nota, que a
campanha é importante para que o governo conscientize sobre o que é o tráfico
de pessoas, porque as pessoas são iludidas com propostas de salários altos e,
quando chegam nos locais prometidos, descobrem que foram enganadas. O objetivo,
acrescentou Teixeira, é que as pessoas, quando se depararem com a caixa,
percebam o impacto que é ser traficado e reflitam “que nem tudo são flores e
que o mundo real”.
Para o coordenador da Área
de Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz
Machado, a legislação brasileira ainda não está adaptada para a realidade do
tráfico de pessoas. Segundo ele, os registros oficiais indicam cerca
de 300 casos de pessoas traficadas.
A campanha passará, ainda,
pelas estações Central do Brasil e Cinelândia, no centro do Rio; Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense; Copacabana, na zona sul; e Campo Grande, na zona
oeste. A iniciativa servirá de teste para a maior divulgação durante a Copa do
Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Marcos Chagas
Agencia Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário