O presidente norte-americano, Barack Obama, admitiu pela primeira vez
nesta terça-feira que era pouco provável que a Câmara dos Deputados de maioria
republicana aprovasse a reforma da imigração antes do recesso de um mês em
agosto.
Em entrevistas gravadas para quatro telejornais hispânicos, Obama disse
acreditar que os republicanos precisam de mais tempo para lidar com as
preocupações relacionadas à segurança fronteiriça e à mudança demográfica nos
Estados Unidos.
"Não acredito que analisem (a reforma) antes do recesso de
agosto", declarou Obama em entrevista à afiliada da Telemundo em Dallas.
Depois que o Senado aprovou um exaustivo projeto de lei que inclui a
possibilidade de cidadania para milhões de imigrantes ilegais que vivem nos
Estados Unidos, Obama sinalizou que a Câmara tinha "tempo mais que
suficiente" para revisar a proposta e aprová-la antes do recesso de
agosto, quando os parlamentares abandonam Washington e voltam para seus
respectivos distritos.
Mas desde então, os republicanos da Câmara têm deixado claro que irão
propor as suas próprias reformas e também um plano para abordar o tema da
imigração em projetos de lei menores.
Obama, que fez da reforma da imigração a prioridade de seu segundo
mandato, disse que havia "perigo" ao tratar o tema da imigração em
partes separadas, mas se recusou a especular sobre o que aconteceria se a
Câmara dos Deputados não aprovasse o projeto de lei.
"Eu acho que há uma tendência para adiar as coisas difíceis até o
fim. E se você comer a sua sobremesa antes da comida, pelo menos em relação às
minhas filhas, às vezes não acabam comendo seus vegetais", disse Obama ao
canal Telemundo.
Roberta Rampton
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