quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Venda de gente



O Brasil realmente está emergente: a entrada de pessoas oriundas de outros países no Brasil aumentou sensivelmente nos últimos anos. Todos os dias, grupos de pessoas das mais variadas nacionalidades entram pelas nossas fronteiras, todas com um destino certo, São Paulo.

A grande maioria são bolivianos que fogem de seu país em busca de uma vida melhor. Acabam virando presas fáceis nas mãos de coitotes (traficantes) e outros bichos que vivem de sugar a energia destes pobres seres.

A exploração começa já em seu país de origem, "coiotes" cobram destes, a "passagem" que inclui acompanhamento até a cidade de São Paulo, não fica barato, em conversa com vários deles, fiquei sabendo que fora o valor da passagem, pagam para o Coiote, que eles chamam de guia, a quantia em dólar que equivale aproximadamente R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Já chegam em São Paulo devendo, geralmente vão trabalhar em fábricas de confecções de fundo de quintal e a dívida a cada dia só aumenta. Pagam para se tornarem escravos em terras brasileiras, repetindo um fenômeno da época da colonização, onde os europeus foram as vitimas.

Mas não é só de bolivianos que os traficantes de pessoas se alimentam, os chineses descobriram o Brasil e estão fazendo o trajeto via Bolivia, destes os coiotes cobram mais caro, pra levarem até São Paulo o valor gira em torno de R$ 4000,00 (quatro mil reais por pessoa).

O Brasil pouco pode fazer para coibir esta imigração em massa. A legislação frágil sobre o tema deixa as autoridades do setor de segurança, de mãos atadas.

Hoje se a policia federal se deparar com um comboio deste, a única coisa que pode fazer é notificá-los e dar um prazo de 3 dias para que deixem o país.

A nossa fronteira é uma "alegria só", para traficantes, ladrões de veículos e toda sorte de contraventores, só em MT temos uma fronteira de aproximadamente 900 kilometros sem fiscalização alguma.

Digo sem fiscalização, pois não da pra considerar dez PRFs e mais dois ou três Policiais do GEFRON dentro de um conatainer, por dia como Segurança, de uma fronteira tão extensa.

Os organismos de segurança fazem o que podem com o que lhes é disponibilizado e em alguns órgãos seus gestores não podem nem falar sobre suas deficiências, pois caso o façam, sofrerão represálias, a ultima greve da Policia Civil confirma isso, na oportunidade um delegado se pronunciou sobre a dificuldade que sua delegacia passava e foi "coincidentemente" transferido.

Recentemente para piorar a situação, o presidente da Bolivia resolveu regularizar a situação de todos os veículos roubados no Brasil, que estiverem em solo boliviano.
Esta decisão aumentou significativamente dois tipos de crimes, o roubo de carros e o tráfico de drogas, pois o carro é moeda de troca na negociação de drogas naquele país.

A nossa situação me faz lembrar quando no governo Reagan, ele pediu conselho a um cacique que o visitava na Casa Branca e o velho índio tascou: "cuide do seu departamento de imigração".

Não defendo que sejamos draconianos como os EUA, mas um mínimo de segurança na fronteira é imprescindível.

Fica aqui um desafio para a bancada federal mato-grossense, colocar este assunto em pauta, pois até agora somente o senador Pedro Taques e Percival Muniz têm abordado o tema. E o nosso estado precisa que todos os parlamentares enfrentem este problema.

José Antonio dos Santos Medeiros é suplente de senador pelo PPS-MT

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